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Executive Director Talenses & Managing Partner Talenses Group
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Quer ser um bom líder? Siga esses onze passos para se destacar na pandemia

O mundo do trabalho se transformou completamente com a pandemia e nunca mais voltará a ser o mesmo. Por isso, os líderes precisam se adaptar

Por Isis Borge, colunista de VOCÊ RH
23 abr 2021, 09h00

Há mais de um ano estamos nos adaptando aos impactos da pandemia no mercado de trabalho. Nesse período, muitos líderes têm refletido sobre qual deve ser sua própria postura nos próximos meses, frente aos desafios atuais. Por isso resolvi reunir neste artigo alguns insights que podem ajudar os gestores a refletir ou tomar melhores decisões.

1. Daqui a cinco anos o mundo corporativo não será o mesmo

Uma pesquisa da McKinsey aponta que 90% dos executivos esperam que a pandemia mude a forma como as empresas fazem negócios nos próximos cinco anos. Mas apenas uma pequena parcela dos entrevistados declarou se sentir preparados para isso.

2. Os líderes também precisam ampliar seu leque de habilidades

Uma pesquisa realizada pela Talenses Executive, em parceria com a Fundação Dom Cabral, mostra que as três competências mais importantes em 2021, para quem ocupa cargo de liderança, são a boa comunicação, a resiliência e o trabalho em equipe. Já os tipos de conhecimentos mais relevantes são a gestão de pessoas, o planejamento estratégico, a capacidade de inovar, a habilidade com soluções digitais e o conhecimento sobre o mercado de atuação.

3. Não é prudente resistir aos avanços tecnológicos

Yuval Noah Harari, no livro 21 Lições para o século 21, cita que as pessoas tendem a estarem assustadas diante da tecnologia, mas que não adianta lutar contra os avanços tecnológicos e nem levantar bandeiras sobre a perda de empregos. Nada disso vai impedir o progresso. Em vez disso, devemos ficar atentos aos movimentos do futuro do trabalho e fortalecer o nosso pensamento digital, enquanto usamos a tecnologia e a inteligência artificial a nosso favor.

4. Muitos de nós estão no limite

Do meu lado, como headhunter, conversando com pessoas que atuam em cargos de liderança, costumo sempre perguntar sobre quais desafios e angústias essas pessoas têm enfrentado. A maioria das pessoas relatam cansaço devido a um grande número de videoconferências. Algumas têm se sentido inseguras diante da missão de inspirar pessoas nesse período de distanciamento social, com as equipes trabalhando de maneira remota. Ouvi relatos, também, de ansiedade diante das incertezas quanto ao futuro da economia e da organização empregadora.

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5. Os líderes também estão mais atentos às propostas do mercado

Vejo muitos líderes em um momento de reflexão se devem se manter leais ao atual empregador ou se devem buscar um novo desafio profissional. Percebo, ainda, que apesar de todas as incertezas, a maioria das pessoas está aberta a mudar de emprego se surgir um desafio interessante. A maior preocupação, diante de uma possibilidade de movimentação, tem sido a solidez das organizações e da posição ofertada.

Tenho notado também a precaução dos candidatos a cargos de liderança em checar se a organização está disposta a esperar que o executivo concretize as mudanças que forem necessárias em um prazo justo, sem esperar um resultado imediato. Em situações como essa, é esperado que o profissional apresente adaptabilidade e a capacidade de se reinventar.

6. O tema ESG precisa estar na pauta de qualquer executivo

O ESG também tem ganhado peso no contexto atual, em um momento em que as empresas cada vez mais olham para todo o ecossistema. Temos acompanhado nos jornais e nas redes sociais uma grande corrente do bem com adesão de grandes organizações dispostas a olhar para o todo, incluindo: comunidade nas quais estão inseridas; organizações de menor porte; fornecedores e clientes.

7. Retenção de talentos é prioridade

A retenção de talentos também virou prioridade das lideranças, com foco na continuidade da produtividade das organizações. Neste quesito, sempre acho prudente destacar que um dos principais fatores que faz alguém se demitir de uma organização é a liderança direta. Isso faz com que o líder tenha um papel fundamental no processo de encantar e reter talentos. A revisão das políticas de remuneração, benefícios e meritocracia também são fatores que ajudam na retenção de talentos, assim como a perspectiva de solidez da organização.

8. Bons líderes conhecem suas equipes

Um dia desses, li uma declaração do Joe Sullivan, que está à frente da área de talentos na ADP. Ele dizia que os melhores líderes sabem as forças dos membros de suas equipes, em quais projetos estão trabalhando e como essas pessoas estão se sentindo. Eu acredito que é um desafio e tanto ter esse mapeamento todo, mas certamente é algo para todos nós, líderes, considerarmos colocar em prática. E não somente com foco no aspecto do trabalho e sim também das vidas pessoais dos colaboradores.

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9. Estimule a unificação da cultura

A impressão de uma cultura única na empresa também é um ponto que tem sido bastante discutido. As empresas que já tinham uma cultura estabelecida tiveram vantagens durante esse período de pandemia. Enquanto as demais têm atuado com mais afinco de forma a estabelecer uma cultura de forma mais eficaz, mesmo com todos os desafios relacionados ao trabalho remoto de toda a equipe ou parte dela.

10. Coragem, agilidade e humildade são importantes diferenciais

Tenho visto muita discussão em torno do tema coragem e a agilidade na tomada de decisão. Certamente é um desafio em um cenário em que não temos todas as respostas e certezas. Atravessamos um momento em que a liderança precisa passar confiança sem parecer extremamente positiva ou descolada da realidade. Minha percepção é que líderes que pedem ajuda, envolvem mais pessoas na tomada de decisão e tem a humildade de deixar claro que não tem todas as respostas, têm conseguido engajar mais as pessoas em prol dos objetivos das organizações.

11. Desafios sempre trazem oportunidades

Como uma otimista, sempre gosto de tentar ver a metade cheia do copo. Por isso, na minha opinião, vejo que o coronavírus acelerou transformações tecnológicas importantes nas organizações além de permitir grandes quebras de paradigmas como o trabalho remoto. Noto o quanto a liderança, de uma forma geral, cresceu com todas as surpresas desse último ano, que foram verdadeiros MBAs para executivos em geral. O desafio foi ainda maior para aqueles da área de RH, que apoiaram com muito esmero toda a liderança em todos os desafios. Produtos e serviços têm sido repensados e o próprio hábito de consumo da população mudou, impulsionando as empresas a repensar seus portfólios. Líderes, que antes eram muito centralizadores, precisaram mudar suas posturas.

A população como um todo se tornou mais empática. Certamente, sairemos melhores disso tudo. A pandemia também permitiu que executivos, que raramente estavam em casa, tivessem um maior tempo em família. As pessoas de uma forma geral passaram a olhar mais para si e fizeram a reflexão do que de fato é importante para si mesmo.

Nesse momento, com parte da população já sendo vacinada, os discursos começam a se aproximar do sentimento de esperança de que dias melhores virão. Acredito que vamos ressurgir de tudo isso como pessoas melhores e mais fortes para esse novo ciclo.

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