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59% dos médicos jovens citam burnout como razão para antecipar aposentadoria

Pesquisa revela que a decisão de encerrar a carreira não é apenas por questão financeira ou de tempo, mas também de saúde mental.

Por Izabel Duva Rapoport
Atualizado em 27 out 2025, 18h37 - Publicado em 27 out 2025, 18h00
Estetoscópio preto e prata em tecido branco
 (Lucas Santos / Unsplash/Reprodução)
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Enquanto parte dos médicos projeta descanso e realização pessoal, muitos se deparam com o esgotamento precoce ou burnout (59% entre profissionais com menos de 45 anos), disparidades de gênero, instabilidade econômica e até mesmo a idade como critério decisivo para permanecer ou não na profissão.

Segundo o estudo Médicos e a Vida após a Medicina, do Medscape, entre os mais jovens (abaixo de 45 anos), o cuidado com a saúde mental aparece bem próximo com o desejo de ter mais tempo para a família (56%, contra 42% dos mais velhos). Já mulheres médicas relatam índices ainda mais altos de desgaste: 57%, contra 51% dos homens. Além disso, elas demonstram menor confiança na estabilidade econômica do futuro, reflexo de desigualdades estruturais e pressões distintas dentro da área.

“Os resultados da pesquisa revelam que a aposentadoria médica não é apenas uma decisão financeira ou de tempo, mas também de saúde mental e equilíbrio de vida”, afirma Leoleli Schwartz, editora sênior do Medscape em português. “O burnout, especialmente entre os médicos mais jovens, aliado a desigualdades de gênero e a insegurança econômica, influencia significativamente quando e como os profissionais planejam encerrar a carreira”, reforça a executiva.

As expectativas também variam conforme idade e gênero. Entre os profissionais abaixo dos 45 anos, a média de aposentadoria projetada gira em torno dos 60 anos, enquanto médicos mais experientes demonstram disposição para seguir até os 70, 80 ou mais – 21% dos homens pretendem trabalhar até os 80 anos ou além, contra apenas 10% das mulheres.

Planos para depois da aposentadoria

O estudo ainda aponta diferentes planos para o “pós-medicina”: 25% desejam atuar em meio período, 14% planejam migrar para áreas como docência, consultoria ou gestão, e 30% projetam encerrar a carreira definitivamente. Esse contraste evidencia as diferentes formas de encarar a longevidade profissional e o impacto da medicina na vida pessoal.

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A renda projetada também reforça desigualdades: homens estimam precisar de R$ 25 mil mensais, enquanto mulheres calculam cerca de R$ 19 mil, resultando em uma média geral de R$ 23 mil. As principais fontes de renda mencionadas incluem poupança e investimentos (82%), pensão do governo (64%), previdência privada (48%) e imóveis (42%). Apesar da busca por estratégias diversificadas, a dependência da previdência estatal ainda é marcante. Além disso, embora 67% dos médicos confiem em levar uma vida gratificante após a medicina, apenas 36% contam com o apoio de consultores financeiros para planejar essa fase.

Expectativas para o futuro

Quando questionados sobre como se sentirão ao deixar a profissão, as respostas revelam ambivalência: 43% acreditam que se sentirão bem, 18% aliviados e 13% tristes. Entre os mais jovens, predomina a expectativa de alívio, enquanto médicos acima dos 60 anos relatam receios ligados à perda de identidade profissional. Viagens (85%) e atividades de lazer (78%) são os principais planos para o tempo livre, seguidos de entretenimento (57%), enquanto apenas 24% consideram mudar de cidade ou país após encerrar a carreira.

Mais de 6 em cada 10 médicos (62%) consideram que a idade é fator determinante para exercer a profissão, e a maioria acredita que a partir dos 75 anos o profissional já está “muito idoso” para atuar. Feita com 1.240 médicos de diferentes regiões brasileiras e especialidades, a pesquisa completa pode ser encontrada no site oficial.

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