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Executive Director Talenses & Managing Partner Talenses Group
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Sete boas práticas para reduzir a ansiedade no retorno ao escritório

Muitos profissionais estão voltando agora ao presencial — e experimentando sintomas como crises de pânico e ansiedade. Saiba como as empresas podem ajudar

Por Isis Borge, colunista de VOCÊ RH
Atualizado em 11 abr 2022, 16h49 - Publicado em 30 mar 2022, 12h41
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idando com pessoas todos os dias, vejo que muitas têm relatado um estado de ansiedade acima do normal nesse retorno ao modelo presencial de trabalho. Muitas empresas já iniciaram ou sinalizaram o desejo de retomada à rotina dos escritórios, seja em formato híbrido, seja 100% presencial.

Modelo 100% presencial deve ser repensado

Nesse movimento, o que eu tenho visto é o crescimento da procura de muitos profissionais por trabalhos que sejam 100% remotos ou que exijam a presença física do colaborador no escritório, no máximo, duas ou três vezes por semana. Poucos candidatos demonstram disposição para avaliar propostas para trabalhar apenas presencialmente. É claro que algumas funções não são elegíveis ao trabalho à distância, mas, quando houver essa opção, sugiro avaliar como uma boa alternativa.

Cada colaborador tem sentimentos e reações particulares

Por tudo isso, escrevo esse texto como um alerta. Ao ouvir muitas pessoas relatando um desencadeamento de sintomas físicos de doenças devido a essa angústia do retorno aos escritórios, acredito ser importante alertar os gestores para ficarem mais atentos aos seus times e, se necessário, buscar formas de acalmar as equipes para que esse retorno seja suave e gradual.

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Os sintomas mais comuns que têm chegado a mim são aceleração cardíaca, excesso de suor, náuseas e tonturas. Alguns têm demonstrado sintomas de síndrome do pânico, entre outros desafios relacionados ao bem-estar mental. Parece um exagero, mas não é. Nas duas últimas semanas, contei: foram mais de vinte pessoas relatando um ou mais dos sintomas que citei. Eu acho, de verdade, que essa é uma amostra significativa.

Ao investigar as razões que fazem as pessoas terem essa ansiedade acima do normal, tenho escutado diversos relatos, desde o receio de julgamento externo quanto a forma pessoal de trabalho até situações de estresse relacionado ao deslocamento entre casa e escritório, seja por causa do trânsito intenso, seja pela lotação do transporte público. As pessoas simplesmente se desacostumaram a estar em ambientes cheios. Além disso, ainda existem aquelas que permanecem receosas quanto ao contágio, principalmente as que têm comorbidades.

É fundamental que o líder esteja próximo do time

Eu sou partidária do diálogo aberto com os times. Tenho aconselhado os gestores a procurar mapear, entender e acolher essa ansiedade nos membros da equipe. Dependendo do quadro geral ou individual, vale a pena pegar leve, combinar um retorno gradual. A ideia, com essa iniciativa, é estimular a pessoa a entender o que pode estar por trás dessa ansiedade, enquanto avalia os benefícios de ter um ou mais dias de contato presencial com os demais membros do grupo.

Eu defendo ser positivo o retorno ao escritório, pelo menos em alguns dias da semana, para resgatar o espírito e a cultura corporativa. Isso sem falar na oportunidade de troca de experiências entre as diferentes gerações. É fundamental, por exemplo, que os profissionais mais juniores passem pela experiência no escritório, ao lado da equipe, absorvendo o que os mais seniores têm a compartilhar. Presencialmente, muitas chamadas de vídeo ou mensagens de texto podem ser facilmente resolvidas com alguns breves minutos de conversa. Os almoços corporativos e as pausas para um café também são momentos para fortalecer a união entre os times.

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Sete boas práticas para reduzir a ansiedade da equipe no retorno ao escritório

A verdade é que, da mesma forma que, há dois anos, foi difícil nos acostumarmos ao isolamento da noite para o dia, agora é importante darmos um tempo para que as pessoas se acostumem com a nova mudança: o retorno aos escritórios. Por isso, compartilho algumas boas ideias que reuni nos últimos dias durante conversas com alguns gestores.

1. Pesquisa de Clima

Esse mapeamento é muito importante sempre. Mas, nesse momento que estamos vivendo, ele pode ser útil para identificar se as pessoas estão experimentando os sintomas do estresse do retorno. É uma excelente ferramenta de escuta.

2. Iniciativas de bem-estar físico

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Durante a pandemia, as pessoas passaram a valorizar muito o próprio bem-estar. Então, se possível, é importante levar essa valorização para dentro do escritório por meio de atividades, como ginástica laboral, massagens, dinâmicas diferenciadas para iniciar o dia, oferta de frutas, entre outras.

3. Cartilha do trabalho presencial

Pode parecer um exagero, mas muitas pessoas foram contratadas sem nunca terem ido ao escritório físico do empregador. Então, é natural que algumas tenham dúvidas sobre regras básicas, como vestimenta, horários de entrada, saída e pausa para o almoço. Nesses casos, uma cartilha com informações básicas sobre a rotina da empresa no presencial é sempre uma boa solução. Melhor pecar pelo excesso de informações do que pela falta delas.

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4. Cuidados com a saúde mental e emocional

Aderir a plataformas ou convênios para terapias é importante nesse momento. Isso porque nem sempre as pessoas se sentirão confortáveis de expor ao gestor ou aos colegas de trabalho que não estão se sentindo bem. Porém, podem se sentir mais à vontade na conversa com um profissional da saúde especializado. Nesse sentido, vale, ainda, investir em campanhas de conscientização. A propagação de informações sobre saúde mental e emocional tende a ajudar as pessoas a se perceberem melhor e auxiliar quem está próximo de uma maneira mais eficiente.

5. Métricas de desempenho

Ter métricas claras e tangíveis de desempenho, independentemente se o trabalho é presencial ou remoto, ajuda as pessoas a entenderem o que, de fato, é esperado delas. Com isso, elas poderão ainda conseguir mensurar como está a própria jornada dentro da companhia, o que, de certa forma, pode contribuir para reduzir a ansiedade.

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6. Cultura organizacional

Esse retorno ao escritório é um excelente momento para reforçar a cultura organizacional, que pode ter se perdido um pouco nesse período de trabalho à distância. Isso pode ser feito por meio de eventos mensais que reúnam todo o time.

7. Respeito pela individualidade

É um momento de respeitar o tempo de cada pessoa. Nada precisa ser forçado ou imposto na base de ameaças. Atitudes como essas só pioram o quadro dos que estão ansiosos com esse retorno. Deixe o canal aberto para que as pessoas se sintam à vontade para se abrir. No fundo, todos sabem que é importante voltar. Talvez, alguns colaboradores só precisam de mais tempo para aceitar essa realidade.

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Aos poucos, com planejamento e empatia, tudo vai entrando nos eixos. Em breve, estaremos de volta à vida corporativa, às risadas nos almoços e ao convívio dentro dos escritórios.

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