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Por The School of Life
Diretora criativa da The School of Life
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O autoconhecimento é a chave para a liderança humanizada

Só quem tem um relacionamento honesto e íntimo consigo mesmo é capaz de se conectar genuinamente com o outro e liderar de maneira empática

Por Jackie de Botton, diretora e sócia-fundadora da The School of Life
Atualizado em 8 dez 2020, 15h26 - Publicado em 15 out 2020, 07h00

Se você, assim como eu, tem acesso a uma quantidade avassaladora de conteúdos de desenvolvimento pessoal, já deve conhecer a mensagem atual: em grande parte, a felicidade reside na nossa habilidade de conexão com o outro e na capacidade de se colocar na perspectiva de uma pessoa bem-sucedida. Em resumo: algo fácil de ler ou escrever, porém muito difícil de colocar em prática. Mas te convido a refletir a respeito de alguns caminhos que podem facilitar esse processo. E, seguindo essa mesma linha de raciocínio, compartilho que, recentemente, ouvi a seguinte frase: “Nunca fomos tão livres e nunca nos sentimos tão impotentes”.

A afirmação é do belga Paul Verhaeghe, escritor, doutor em psicologia clínica, professor da Universidade de Ghent e palestrante de vários dos grandes eventos da The School of Life em Amsterdã. Com essa frase, ele me levou a refletir que o autoconhecimento é o caminho mais eficiente para se distanciar desse paradoxo entre ser livre e não conseguir agir.

Devemos aprender a identificar, controlar e moldar nossas emoções e nossos pensamentos, porque ninguém mais pode fazer isso por nós. Só quem tem um relacionamento saudável, honesto e íntimo consigo é capaz de se conectar genuinamente com o outro e liderar de maneira empática, seja em casa, no passeio do final de semana ou no trabalho.

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Onde tudo começa

Com os antigos filósofos aprendi que tudo começa com o autoconhecimento, inclusive essa conexão (real) com o outro. Conheça profundamente a si mesmo: suas armadilhas; seus lados sombrios; e suas qualidades. Assim, o relacionamento com colegas de trabalho, parceiros amorosos ou amigos certamente vai melhorar. Arrisco a dizer que até o relacionamento com a sua família pode evoluir, ainda que nesse núcleo as relações costumem ser tão difíceis quanto importantes tendo em vista que são a base do nosso sistema de referência.

É por meio do autoconhecimento que chegamos à calma interior, satisfação, direção e inteligência emocional. Contando com a sorte – que podemos identificar como um bônus ocasional – ao nos conhecermos melhor teremos acesso à chave para uma vida bem vivida.

Pensando no ambiente corporativo, a falta de autoconhecimento dos líderes gera impactos negativos no engajamento e na produtividade dos profissionais. Isso porque quando não conhecem as próprias reações diante da vida, dos desafios e do outro eles se tornam muito ineficazes na arte de gerenciar a máquina mais complicada e valiosa que existe dentro de uma organização: a mente humana.

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Novos tempos

O tempo da autoridade e da submissão acabou. Na empresa, além do dinheiro, as pessoas esperam encontrar uma fonte de companheirismo, realização, autonomia e significado. Elas querem ter liberdade para se expressar e colocar em prática seus interesses e talentos, com o aval de um gestor que apoia, inspira e lidera pelo exemplo. Caso contrário, correm o risco de encerrar o expediente com a constante sensação de que o dia não valeu a pena ou que estão trabalhando no lugar errado.

Estamos na “Era dos negócios psicológicos”, da valorização da inteligência emocional no trabalho. Os lucros, que no passado eram feitos por meio do trabalho braçal do ser humano, se concretizam atualmente por meio da inteligência, nos diferentes níveis hierárquicos. A questão é que a mente é um instrumento muito delicado. Se alguém a incomoda com uma pergunta inadequada, um comentário inapropriado ou um feedback sem argumentos sólidos, ela pode desligar ou entrar em greve sem aviso prévio. Quem perde com isso? A empresa.

Muito do que acontece de errado dentro de uma organização está relacionado ao baixo autoconhecimento das pessoas, que é a base da inteligência emocional. É importante que, além de focar em estratégias, tecnologias e análises de concorrência, as empresas comecem a pensar também em gentileza, empatia, diplomacia, calma e confiança, entre outros temas que envolvem pessoas e as relações entre elas. A iniciativa é cada vez mais necessária e um claro sinal de que a organização se importa genuinamente com o seu bem mais precioso: o ser humano.

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