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Na Brasilata há estabilidade de emprego após 2 anos de casa

A empresa incentiva os funcionários a estudar, com bolsas que bancam até 50% das despesas

Por Tatiana Sendin
Atualizado em 5 dez 2020, 20h49 - Publicado em 26 mar 2013, 17h16
Latas da Brasilata (Divulgação/)
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Estrela (RS) – “Daqui só sai quem rouba, mente, briga de soco com um colega — ou morre”, diz um funcionário sobre a política da Brasilata de não demitir. Após dois anos de empresa, a fabricante de latas e embalagens garante a estabilidade do emprego — o que permite a permanência dos empregados após 25 anos de trabalho.

Alguns até se aposentaram, mas deram um jeito de continuar prestando serviço. Se por um lado isso passa segurança e tranquilidade para os trabalhadores, por outro empaca a carreira do time. “Leva dois anos e meio para deixar um profissional prontinho para trabalhar, e só depois ele vai subindo de nível”, diz um operário.

O crescimento acontece conforme o tempo passa: o funcionário estuda e consegue então preencher os requisitos dos cargos e funções das vagas que vão surgindo. “Eu cheguei ao nível máximo do meu cargo e agora terei aumento apenas quando virar coordenador — o que só vai acontecer se a companhia crescer”, diz outro profissional.

Isso pode ser malvisto para quem é de fora, mas não incomoda o time da Brasilata. Afinal, enquanto a promoção não vem, as pessoas se ocupam fazendo cursos ou substituindo colegas que saem de férias, mesmo que seja de outra função ou de outra unidade. Hoje, a empresa está presente em São Paulo (SP), Estrela (RS), Rio Verde (GO) e Recife (PE).

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No ano passado, entre transferências e movimentações laterais, 41 funcionários foram favorecidos e 69 foram promovidos. Quanto aos benefícios, os empregados elogiam a participação nos lucros (que já alcançou quase dois salários a mais), a cesta básica (distribuída apenas para quem não falta) e a ajuda com os estudos.

“Eu completei o Ensino Médio aqui”, diz um trabalhador. Outros garantem que a Brasilata pagou 90% da mensalidade do curso técnico no Senai e receberam um auxílio de 50% para fazer faculdade. Hoje, a companhia ainda tem 40 empregados com apenas o Ensino Fundamental, mas 163 já se formaram no curso superior e 82 estão cursando a universidade. 

PONTO(S) POSITIVO(S) PONTO(S) A MELHORAR
Mesmo em período de crise, a fabricante não dispensa os funcionários, o que lhes dá tranquilidade. Há incentivos ao estudo, com bolsas que chegam a 50%. A previdência privada é disponível apenas para alguns níveis e falta uma política de cuidados com o meio ambiente.
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