Liderança, gestão de pessoas e IA serão prioridade das áreas de T&D em 2026
Levantamento da Conquer in Company mostrou também que superar a falta de interesse dos profissionais é o maior desafio de quem planeja treinamentos.
Liderança, gestão de pessoas e habilidades em inteligência artificial serão os temas prioritários das equipes de treinamento e desenvolvimento (T&D) ao longo do ano que vem, segundo um levantamento realizado pela escola de negócios Conquer in Company, que ouviu 800 profissionais de RH.
Os maiores desafios da área seria superar a falta de interesse dos profissionais nas ações de desenvolvimento das empresas (dificuldade apontada por 16,9% dos entrevistados) e garantir a aplicação e a manutenção do aprendizado no trabalho (dificuldade apontada por 15,9%).
Quase metade dos profissionais (45%) afirma que, todo ano, dois a cinco treinamentos são cancelados ou adiados em suas empresas por falta de quórum ou de prioridade por parte da organização. Um em cada cinco diz que o número de cancelamentos pode chegar a dez por ano.
Embora muitos respondentes ouçam dos colaboradores que o conteúdo dos treinamentos é útil (37,5%), também são comuns feedbacks como “fico perdido depois do curso, sem saber como aplicar” (13,3%) e “os treinamentos são maçantes e tomam muito tempo do meu dia” (14,4%). Além disso, 12,5% dos entrevistados escutam com frequência que não há relação entre o que é ensinado e a rotina de trabalho.
“O sinal é claro: mais do que oferecer treinamentos, é preciso investir em uma cultura de aprendizagem contínua e propósitos compartilhados, que engajem os colaboradores de forma efetiva”, afirma Giovana Chimentão, diretora de Educação da Conquer. “Quando o aprendizado é percebido como relevante para o dia a dia do profissional e conectado aos objetivos da empresa, os resultados são muito mais consistentes e duradouros, o que faz com que todos saiam ganhando.”
Práticas comuns – e o que pode melhorar
Segundo o estudo da Conquer, apenas 11,8% dos profissionais de RH recorrem a dados de negócio e planos da própria empresa para visualizar necessidades relacionadas a T&D – e somente 8,5% trabalham com ferramentas de análise de pessoas e matriz de competências. (30% dos entrevistados afirmam que suas organizações sequer mapeiam as competências de seus colaboradores.)
Mensurar o impacto das ações de desenvolvimento também é um ponto problemático. Só 3% dos RHs realizam cálculos de ROI para avaliar os treinamentos. Talvez por isso, segundo os especialistas da escola de negócios, 46% dos respondentes sentem que as organizações colocam pouco em prática o que é aprendido nesses encontros.
Os rituais de desenvolvimento mais comuns nas empresas seriam reuniões 1:1 (apontadas por 25,3% dos entrevistados) e conversas de feedback (23,4%). Ações como o acompanhamento de PDI (14,6%) e sessões de revisão de metas e objetivos (14,5%) são menos frequentes, o que demonstra a dificuldade de manter práticas de T&D estruturadas e contínuas.
Se pudessem promover ajustes na área, 36,4% dos profissionais mudariam o foco de “dar treinamentos” para “gerar desenvolvimento contínuo”, enquanto 28,8% gostariam que a área fosse vista mais como um investimento estratégico, não como despesa para as empresas.
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