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Quais são os principais erros dos líderes no home office?

Exigir disponibilidade 24 horas e não respeitar o almoço: advogada alerta para comportamentos prejudiciais dos gestores no home office

Por Elisa Tozzi
17 jun 2021, 07h00

Nem todos os líderes estão preparados para encarar o home office e tem sido comum ouvir funcionários reclamando de gestores que não compreendem a necessidade de dar mais autonomia e flexibilidade para as equipes. Algumas dessas atitudes, no entanto, podem até ser vistas como assédio moral e causar problemas graves para as empresas. Em entrevista para VOCÊ RH, a advogada Cibelle Linero, sócia trabalhista do BMA Advogados, esclarece quais condutas devem ser evitadas.

Quais são os horários em que o líder não deve mandar mensagens ou cobrar os funcionários, já que estamos com mais flexibilidade no home office?

Ainda que o home office parta da premissa que o empregador não tem controle sobre o exato horário em que os empregados começam efetivamente a trabalhar, fazem pausas para descanso ou refeições e param de trabalhar, é essencial entender que home office não é e não deve ser interpretado como um regime de disponibilidade em tempo integral. Não ter a obrigação legal de controlar a jornada de trabalho passa longe de ser uma autorização para pedir trabalho a qualquer horário, a não respeitar descansos semanais e feriados.

É inadequado mandar mensagens ou cobrar os empregados fora de um “horário comercial” ou fora de um horário (mesmo não controlado) que compreenda uma expectativa de não mais de 8 horas diárias de trabalho. Mandar mensagens à noite ou de madrugada para os empregados que – antes do home office – não prestavam serviços nesses horários, deve ser evitado ao máximo. E, quando enviadas, não cabe ter expectativa de retorno. Importante repetir que home office não significa trabalho e disponibilidade em tempo integral, sem limites.

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Quais são as atitudes que os líderes não deveriam tomar no home office por serem consideradas assédio moral?

Tanto no regime presencial como no tele presencial, o empregador tem a obrigação de zelar pelo meio ambiente de trabalho, não permitindo condutas de seus líderes e de quaisquer empregados que possam transformar o ambiente de trabalho em um lugar hostil, com riscos à dignidade dos empregados. As atitudes inadequadas que podem atrair uma discussão sobre assédio moral são iguais nos dois regimes. No home office novas situações devem ser evitadas como, por exemplo, fazer comentários pejorativos ou piadas sobre a residência do empregado ou sua decoração e exigir disponibilidade por 24 horas, dentre outras.

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O gestor pode marcar reuniões sem se preocupar com intervalos como os de almoço?

Os empregados no regime de home office fazem jus ao intervalo para almoço e descanso tal como os empregados em regime presencial. É uma boa prática admitir um bloqueio de horário na agenda, destinado ao almoço, ou seja, um horário em que o empregador não solicitaria reuniões, conferências telefônicas, etc. Esse ponto é sensível, pois cada empregado tem a sua dinâmica de horários no home office,  menos sujeita à fiscalização do que no caso do regime presencial.

É importante o empregador encontrar meios de respeitar um horário para o almoço, mesmo que para tanto o gestor questione previamente o empregado sobre sua disponibilidade a cada reunião que pretenda marcar em horários que são usualmente destinados, por um cidadão comum em determinada localidade, ao almoço.

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