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Os 11 cargos temporários com mais vagas. Salários chegam R$ 8,5 mil

Com contratações temporárias em alta, Page Interim revela quais são os profissionais mais estratégicos para as empresas e por que eles são tão disputados

Por Camila Pati
Atualizado em 23 out 2024, 10h34 - Publicado em 8 Maio 2020, 11h00
 (Ruthson Zimmerman/Unsplash)
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São Paulo – Demandas pontuais por profissionais estratégicos surgiram nas indústrias que estão direta e indiretamente conectadas à pandemia de coronavírus e seus efeitos nefastos na saúde e na economia.

Para dar conta desse aumento em um cenário que pende cautela nas despesas, as empresas estão optando pelo modelo de contratação temporária. Levantamento divulgado pela Page Interim mostra que o movimento de contratações de terceiros e temporários aumentou, sobretudo em 11 cargos.

Os setores de TI, vendas, finanças, RH e saúde lideram a procura por profissionais, segundo Maíra Campos, diretora da Page Interim. “Desde a indústria de bens de consumo, a indústria de máquinas, de automação e toda cadeia que atende a hospitais e se relacionam com setor farmacêutico. Esses setores estão recebendo demandas adicionais e o profissional temporário entra para suprir essa necessidade”, diz a executiva.

Ela também coloca os supermercados como principais contratantes e empresas de cobrança. “Muitas empresas estão renegociando contratos, alterando prazos”.

A comunicação remota, atendimento ao cliente e de integração de ferramentas de comunicação internas também é uma área que, em muitas empresas brasileiras, precisa de reforço rápido. “Companhias caminharam 10 anos em dez dias, na área de tecnologia”.

Maíra cita, ainda, o setor de logística como um importante contratante de mão de obra especializada para cargos temporários.

O contrato é temporário, mas a oportunidade de efetivação é alta, 70% dos clientes da Page Interim efetivam os temporários. “A contratação temporária é um jeito mais seguro encontrado pela empresa para ir dimensionando e se ajustando melhor à demanda com mais planejamento”, diz.

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Trabalho por projetos está em alta entre os executivos por ser uma oportunidade de realização profissional em prazo determinado e perspectiva de recolocação.

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Por conta das restrições de circulação e recomendação de isolamento social, a maior parte das vagas – à exceção de profissionais do front como na área de saúde e de supermercados, por exemplo – é para começar em home office.

Confira abaixo o levantamento na íntegra com os cargos apontados pelo Page Interim como os mais demandados por área para contratações de terceiros e temporários: 

TI 

Cargo: analista de infraestrutura

O que faz: trabalha principalmente com o suporte a planejamento, seleção e manutenção de softwares, hardware e redes; também em suporte técnico, resolvendo chamados de instalação, configuração e solucionando as principais dúvidas da operação.

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Média salarial: R$ 4 mil a R$ 5,5 mil

Motivo para a alta: as emergentes necessidades de home office impulsionaram o aumento da demanda de profissionais para prestar suporte ao processo de migração. Conhecimentos adicionais em tecnologias cloud e de trabalho colaborativo também têm sido valorizados frente às adaptações ao trabalho remoto. 

Cargo: Desenvolvedor web

O que faz: desenvolvedores generalistas para ambiente web têm ganhado importância pela adaptabilidade a diferentes linguagens e necessidades, realizando entregas com alta qualidade e voltadas ao mercado digital.

Média salarial: A partir de R$ 6,5 mil

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Motivo para a alta: com migrações a ambientes web (sites e aplicações) dos mais diferentes negócios, os desenvolvedores web tornaram-se requisitados para compor equipes tecnicamente especializadas. O termo também vem se tornando mais conhecido devido à popularização de diversos cursos e da flexibilização de perfil de atuação dos profissionais da área.

Cargo: analista de user experience/ user interface

O que faz: profissional com proficiência em identificar problemas de uso em interfaces, criando hipóteses e testes para soluções. Realizam testes A/B e criam o design da experiência do usuário que amplifique métricas de acesso, utilização e retorno. Também são responsáveis pelo desenvolvimento de layouts, wireframes e protótipos.

Média salarial: a partir de R$ 5 mil

Motivo para a alta: diversas empresas estão reavaliando todos seus canais de comunicação e distribuição de bens e serviços. Com o isolamento social, cada aumento na taxa de conversão e resultados dentro da interação do usuário tem impacto positivo no resultado dos negócios. 

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Vendas 

Cargo: analista de customer service

O que faz: resolve questões de agendamento de pedidos, ocorrência de entregas e direcionamento de resolução. Prestam atendimento telefônico por diferentes canais. Fazem follow-up de todos atendimentos, buscando excelência e resolução efetiva.

Média salarial: R$ 3 mil a R$ 4.5 mil

Motivo para a alta: com o aumento de demandas virtuais, que vão para além dos canais tradicionais, a preocupação com qualidade de atendimento ao cliente final e aos colaboradores também se intensificou. Então, houve crescimento na busca das empresas por estes profissionais. 

Cargo: analista de compras

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O que faz: prospecção e cotações no mercado; renegociações com clientes; compras internacionais e nacionais e gestão de carteira de fornecedores.

Média salarial:  R$ 4.5 mil a R$ 5.5 mil

Motivo para a alta: a redução de custos latentes e imediatos traz potencial para renegociações de contratos, planejamento de demandas e gestão de fornecedores. Então, a demanda profissional por analistas de compras aumentou. 

Finanças

Cargo: analista de cobrança

O que faz: responsável pela atividade de recebimento e cobrança; atendimento a clientes internos e externos; construção de indicadores para acompanhamento da carteira de cobrança; conhecimento de rotinas como régua de cobrança, controle de inadimplência, renegociação; gestão de contratos comerciais;

Média salarial: R$ 3 mil a R$ 6 mil

Motivo para a alta: no contexto atual, o mercado apresenta maior necessidade de profissionais que tenham habilidade de negociação para ajustes no fluxo de caixa, cobranças pendentes e planejamento para redução de PDD (provisão de devedores duvidosos).

Cargo: analista contábil a coordenador de controladoria

O que faz: realiza conciliações e relatórios; atendimento à auditoria externa e revisão das demonstrações financeiras anuais; aprovação e revisão de ordens de compra de acordo com classificação contábil, condições fiscais e financeiras com verba orçamentária e é responsável pela estrutura de rateio de custos (intercompany);

Média salarial: analista Pleno – R$ 5 mil a R$ 7 mil / coordenador – R$ 8 mil

Motivo para a alta: O momento demonstra maior necessidade de ter a contabilidade dos negócios em dia. O profissional torna-se importante por fazer a revisão e reportar as demonstrações financeiras, orientando as melhores estratégias para a empresa.

Cargo: analista de faturamento

O que faz: analisa e valida todo o fluxo de notas fiscais; audita a precisão das informações de faturamento e monitora a operação; configura contratos para faturamento e cobrança; auxilia nas tarefas relacionadas ao closing do mês;

Média salarial: analista jr. a pleno. – R$ 2 mil a R$ 4 mil / analista sênior – R$ 6 mil

Motivo para a alta: Com o contexto atual e as operações virtuais, o volume de emissão de notas pode aumentar, exigindo êxito e acompanhamento profissional.

Saúde 

Cargo: técnicos de enfermagem

O que faz: profissional presta assistência direta ao paciente, administrando medicações e curativos, aferindo a pressão e temperatura, coletando material para exames laboratoriais, realizar banho no leito de pacientes acamados, entre outras funções.

Média salarial: R$ 2.5 mil a R$ 3.5 mil

Motivo para a alta: são profissionais essenciais durante o momento atual do país, em relação à pandemia de covid-19. Com o aumento do número de pacientes, procuram-se mais profissionais para evitar o colapso do sistema de saúde e também para revezar jornadas de trabalho. Os decretos governamentais têm aumentado a busca pela contratação temporária na área.   

Cargo: psicólogo

O que faz: atua em propostas de terapia remota individual a grupos ou plantões psicológicos, realizando diagnóstico e tratamento dentro de linhas psicoterapêuticas.

Média salarial: R$ 4 mil e R$ 5.5 mil

Motivo para a alta: saúde mental é uma pauta cada vez mais vital nas empresas. Em momentos de crise e readaptação, este profissional tem sido cada vez mais procurado para promover escuta e diálogo frente aos desafios e ansiedades individuais decorrentes.

RH 

Cargo: coordenador a gerente de RH – foco em folha de pagamento e gestão de crise

O que faz: coordena estrategicamente todos os processos de folha junto a área Financeira – recolhimento de impostos, obrigações trabalhistas, cálculo e conferência de pagamentos; além disso, pode buscar novas parcerias com fornecedores (ex: benefícios) e propor otimização sistêmicas de diversos processos operacionais.

Média salarial: A partir de R$ 8,5 mil

Motivo para a alta: reavaliar recursos de folha é uma estratégica para o manejo de crise. O profissional que, dentro da legislação – lembrando da MP 936 recém-publicada – e ética profissional conseguir promover redução de custos junto às estratégias definidas pela empresa, torna-se altamente valioso neste momento

 

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