50% dos profissionais querem procurar uma nova colocação em 2024, segundo a consultoria de recrutamento Robert Half. 64% gostariam de trocar de empresa, enquanto 36% desejam uma mudança de carreira. Estes são resultados da 26a edição do Índice de Confiança Robert Half, levantamento trimestral que reflete a percepção de 1.161 profissionais.
A pesquisa também identificou os principais motivos para a busca por mudança. Quem quer trocar de empresa está motivado a encontrar melhores oportunidades de crescimento, salários mais altos, benefícios mais atrativos e modelo de trabalho remoto ou híbrido.
Por outro lado, quem deseja trocar de área de atuação, segmento ou profissão aponta como principais motivos a realização pessoal, a qualidade de vida, a vontade de aprender algo novo e mais flexibilidade.
A pesquisa também investigou como os recrutadores avaliam profissionais com histórico de job hopping, ou seja, que trocam de emprego com certa frequência. 69% deles consideram o contexto e as razões para as mudanças do profissional antes de julgá-lo por ser um job hopper. 55% dos recrutadores se preocupam com a falta de estabilidade do candidato, enquanto 46% deles acreditam que o histórico pode indicar dificuldade de adaptação.
“Não temer o novo e buscar pela realização profissional nunca será avaliado como algo negativo, muito pelo contrário”, defende Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half América do Sul. “O mercado de trabalho está se transformando e, para além do tempo de permanência em cada oportunidade, o que ganha relevância é a demonstração dos aprendizados e conquistas de cada experiência. Entretanto, a carreira precisa ser encarada de forma estratégica e aqueles profissionais ‘pula-pula’ que não souberem justificar bem as mudanças ainda podem ser malvistos pelo mercado.”
Entre os profissionais desempregados, existe algum otimismo: 36% deles estão confiantes em conquistar uma recolocação no próximo semestre – um acréscimo de 3 pontos percentuais na comparação com o resultado da edição anterior do índice, lançada em setembro.
Este texto faz parte da edição 90 (fevereiro/março) da VOCÊ RH. Clique aqui para conferir os outros conteúdos da revista impressa.