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Isis Borge

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Executive Director Talenses & Managing Partner Talenses Group
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Como procurar um novo trabalho na quarentena?

Dez dicas para você continuar buscando oportunidades durante a pandemia e não desanimar

Por Isis Borge, colunista de VOCÊ S/A
8 Maio 2020, 06h00
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  • Muitas pessoas têm me acessado por estarem em busca de um novo desafio profissional. E a pergunta que todos fazem é: como eu devo buscar um novo trabalho em um período no qual a maior parte das empresas está em home office, muitas delas com o congelamento para novas contratações (o que, no jargão, chamamos de hiring freeze)?

    O primeiro ponto importante é que, mesmo em home office, algumas empresas continuam contratando e fazendo boa parte ou todo o processo de admissão e de integração de forma remota. E mesmo companhias que estão em hiring freeze têm algumas vagas que continuam em andamento por serem classificadas como críticas ou imprescindíveis. Existem também organizações que não podem estender uma oferta de trabalho devido ao congelamento, mas que seguem com as seleções e etapas de entrevistas visando ter um candidato escolhido para receber a oferta de trabalho assim que tiverem a liberação de contratação.

    Dessa forma, é importante continuar ativo nas buscas por uma oportunidade e não desanimar frente ao cenário incerto que estamos vivendo. Por isso, listei abaixo algumas dicas de como proceder com a busca nesse período.

    1. Atualize seu currículo (e se puder tenha uma versão em inglês também dependendo da sua área de atuação).

    2. Ative o seu network. Não é deselegante avisar as pessoas que está em busca de um novo desafio, pelo contrário, é importante avisar. Faz parte do cenário atual. Infelizmente, há pessoas sendo desligadas e esconder isso é um erro que dificulta que o profissional seja acionado para uma nova oportunidade de trabalho. Lembre-se que, geralmente, a primeira fonte de busca por um contratante a indicação. Se as pessoas souberem que você está procurando uma vaga, aumentam as chances de você ser indicado.

    3. Deixe o seu perfil do LinkedIn atualizado: ele deve ser um espelho do seu currículo físico. Tenha a atenção para garantir que as palavras-chaves relacionadas ao seu cargo estão lá. Por exemplo: se você era usuário chave (“key user”) do SAP, mencione isso no LinkedIn. Outro exemplo: você atua em finanças e tem o CRC ativo? Mencione isso no seu perfil também. Ou atuava com compras? Escreva quais tipos de itens você comprava. Por exemplo, MRO, matérias primas metálicas, matérias primas plásticas etc. Quanto mais informações constar, mais fácil de ser encontrado pelos recrutadores.

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    4. Nos seus dados pessoais, disponibilize e-mail e telefone celular. É comum que nós, recrutadores, tenhamos dificuldades de falar com um candidato encontrado pelo LinkedIn por falta de informações de contato. Ative seu celular para receber as notificações da rede. Assim, você verá  imediatamente se alguém te enviar uma mensagem por lá. E retorne as ligações de celular: pode ser um recrutador a sua procura.

    5. Importante: no campo do seu cargo, não coloque “em busca de recolocação”, escreva a sua funçao mais recente. E nunca deixe essa parte em branco, pois se buscarem os perfis colocando algum filtro no campo do cargo, o seu perfil não irá aparecer.

    6. Monitore as vagas em aberto em diversas plataformas. Pode ser nos sites das consultorias, como os da Talenses, da Mappit, da Assigna e demais empresas de recrutamento do mercado, como no próprio campo de vagas do LinkedIn e, claro, até nos sites das empresas alvo, pois muitas das vagas são publicadas diretamente lá. E lembre-se que é sempre válido se candidatar aos anúncios para ter uma maior chance de ser chamado.

    7. Lembre-se também que, no LinkedIn, você enxerga apenas até a sua terceira conexão e da, mesma forma, só tem o perfil visto por pessoas que sejam até a sua terceira conexão. O que isso quer dizer? Quanto maior for a sua rede de contatos, mais visível o seu perfil se torna para os recrutadores, e por consequência mais fácil você será encontrado. Não digo para sair adicionando qualquer pessoa na sua rede. Pelo contrário, é bom definir algum critério. Mas tente expandi-la adicionando pessoas que façam sentido, como: possíveis contratantes, colegas de faculdade, colegas de trabalho com quem você já teve alguma interface na carreira, headhunters, pessoas que atuem em empresas alvo (pois assim os recrutadores daquela empresa passam muitas vezes a ser suas segundas ou terceiras conexões).

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    8. Outra forma de ter o perfil visualizado no LinkedIn é por meio dos grupos. Participe daqueles que tenham a ver com a sua carreira ou localização geográfica, pois todos os integrantes dos grupos, quando buscam pessoas na rede, enxergam os demais integrantes no mesmo grau de preferência que as segundas conexões. Se atingir o limite de grupos possíveis, fique sempre nos grupos com o maior número de profissionais.

    9. Tente compartilhar conteúdos relevantes nas redes sociais  e evite entrar em polêmicas ou se mostrar uma pessoa negativa que só reclama. A chance de as pessoas terem uma boa impressão sua e de compartilhar seus artigos e posts, aumenta. Consequentemente, seu perfil será mais visualizado.

    10. Tenha uma foto no seu perfil de LinkedIn, de preferência, em que você esteja sorrindo e com uma apresentação mais profissional. Isso ajuda a tornar o seu perfil mais atrativo.

    Entendo que, embora o mercado não pare totalmente, está mais difícil encontrar uma nova vaga se compararmos com o início de 2020. Enquanto não tivermos confiança maior do futuro, o cenário continuará dessa forma.

    No entanto, vale a pena traçar um plano de recolocação, manter a disciplina, buscar o equilíbrio emocional, continuar fazendo contatos e buscando vagas. E aqui vai um sinal de esperança: estamos vendo o início da retomada na Ásia e a Europa também começa a mostrar sinais de melhoras. Esse momento é passageiro, vamos aproveitá-lo da melhor maneira possível.

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    Férias: boas práticas para profissionais e empregadores
    (Divulgação/VOCÊ S/A)
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