Assine VOCÊ RH por R$2,00/semana
Mercado e Vagas

A epidemia da solidão

Importante para conter o coronavírus, o isolamento social aumenta a sensação de vazio. Saiba quais são os impactos desse estado mental no trabalho

por Marcia Di Domenico Atualizado em 8 jul 2021, 16h29 - Publicado em
16 abr 2021
08h00

Esta reportagem faz parte da edição 73 (abril/maio) de VOCÊ RH

V

ivemos um paradoxo: nunca estivemos tão conectados e, ao mesmo tempo, tão sozinhos. As interações constantes via celular ou redes sociais, a forte polarização e o medo constante (de contaminação, da violência, de perder o emprego) têm levado as pessoas a se recolher cada vez mais, paralisando as relações e aumentando a distância entre nós. Não se trata de um cenário gerado pela pandemia, mas que certamente foi agravado pela crise do coronavírus.

No estudo Percepções dos Impactos da Covid-19, do Instituto Ipsos, que ouviu participantes em 28 países, o Brasil é o local onde as pessoas mais se sentem solitárias: 50% das que responderam à pesquisa têm essa sensação. Turquia (46%) e Índia (43%) vêm na sequência. Para 52% dos brasileiros, a pandemia aumentou o sentimento de solidão (a média global é de 41%), e para 46% teve reflexo negativo na saúde mental.

Considerada um sintoma do nosso tempo, a solidão faz parte da vida e pode nos atingir em diversos momentos, sobretudo naqueles que demandam adaptação a algum tipo de transição, como uma separação, a morte de alguém próximo ou uma mudança de cidade ou de emprego. Nessas situações, é normal sentir-se isolado com as próprias dores.

A experiência da solidão é totalmente subjetiva; não tem definição fácil nem contornos definidos. Não é simplesmente estar sozinho, algo que pode ser encarado com felicidade por muitas pessoas que precisam de um tempo só para si. A falta de companhia se torna um problema quando envolve tristeza, melancolia, medo, sensação de vazio e vergonha — muito por causa da percepção socialmente errada de que se alguém está sozinho é porque fracassou.

Continua após a publicidade

Mas a solidão também é feita de sensações mais difusas. “Tem a ver com desamparo, com a sensação de não pertencimento, de não ser importante para ninguém e de não ter com quem contar”, diz Elson Asevedo, psiquiatra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Além disso, é importante distinguir entre o isolamento físico (que é, objetivamente, o que vivenciamos na pandemia) e o isolamento afetivo (que traz a sensação de estar solitário). “A falta de relacionamentos significativos é a principal causa da solidão”, diz o psiquiatra.

As faces do problema

A solidão se tornou pauta de saúde pública em países como Canadá, Austrália e Dinamarca, que vêm criando campanhas e alianças para a formulação de políticas com foco na redução de danos à saúde física e mental ligados ao isolamento. No Reino Unido, onde 9 milhões de pessoas (quase 15% da população) declararam se sentir sozinhas a maior parte do tempo, foi criado o Ministério da Solidão, em 2018, com foco em endereçar ações para aliviar o peso que ela impõe à vida das pessoas e ao sistema de saúde. Afinal, solidão não é doença, mas é considerada fator de risco para várias.

Pesquisas científicas indicam que pessoas que se sentem solitárias têm risco maior de desenvolver transtornos de ansiedade, depressão, distúrbios do sono e dor crônica. Um estudo de 2016 da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, relacionou a solidão a um aumento de 30% no risco de ter doenças do coração ou um acidente vascular cerebral.

Em uma pesquisa da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, conhecida por ser a mais extensa já realizada sobre longevidade — mais de 700 participantes foram acompanhados ao longo de
75 anos —, os pesquisadores descobriram o segredo das pessoas que vivem muito: cultivar relacionamentos sólidos e felizes. “Boas conexões sociais são um fator protetor da saúde, enquanto a solidão e as relações tóxicas encurtam o tempo e a qualidade de vida”, diz o psiquiatra Robert Waldinger, diretor do estudo, em sua palestra no TED em 2017.

Para o psiquiatra Elson, o isolamento afetivo, quando se torna crônico, representa um risco à saúde porque dificulta a adoção de rotinas saudáveis e afeta a motivação pessoal para se cuidar. “Manter relacionamentos verdadeiros é tão importante para a saúde integral quanto ter uma alimentação equilibrada, praticar atividade física, não fumar nem abusar do álcool. Trata-se de um dos pilares da medicina do estilo de vida, uma nova abordagem médica que se foca na adoção de bons hábitos como uma forma de prevenção e tratamento de doenças ligadas ao estilo de vida [como as cardiovasculares, a obesidade e o câncer], que são cada vez mais prevalentes”, diz.

Continua após a publicidade

Importante destacar que a solidão não é uma vilã e pode ser uma experiência bastante positiva. “Quando a pessoa não precisa buscar válvulas de escape para evitar ficar na própria companhia, a solidão é saudável e serve ao autoconhecimento e ao crescimento pessoal”, diz Desirée Cassado, psicóloga especializada em terapia comportamental na The School of Life Brasil. É uma vivência de solidão que favorece a contemplação, a criatividade e a inovação, como afirma o filósofo sul-coreano Byung-Chul Han no livro Sociedade do Cansaço (Editora Vozes, 35 reais).

Todo mundo sofre

Motivado pela crescente atenção que o tema solidão ganhou no mundo — no Fórum de Davos de 2019 foi centro de discussões pelo impacto que representa na saúde física e mental de todas as gerações e, portanto, nas sociedades e economias —, o escritor Celso Grecco, fundador da Atitude Pensamento Estratégico, conduziu a pesquisa Projeto Solidão, em fevereiro de 2020. Foram entrevistadas 2.010 pessoas com o objetivo de entender as causas desse estado emocional e conscientizar para a importância de reconhecer o peso da solidão na vida dos brasileiros.

Partindo de insights entregues pelos próprios participantes do estudo, Celso chegou a sete fatores principais que, isoladamente ou em conjunto, contribuem para que uma pessoa se sinta sozinha — a que ele chamou de espectros da solidão. Além disso, a pesquisa mapeou o sentimento com a crise da covid-19. Antes da pandemia, 50% dos entrevistados diziam que já haviam sofrido com a solidão. Depois da pandemia, o sentimento se agravou para 61% das pessoas. “A pandemia aprofundou o mal-estar e trouxe à tona a preocupação com a solidão e seus efeitos, mas a verdade é que já existia uma epidemia de solidão em curso muito antes de entrarmos em isolamento social”, diz Celso. E são os jovens a população que mais sofre com o problema: de acordo com as informações colhidas por Celso, a faixa etária de 18 a 24 anos é a que se sente mais vezes sozinha.

Assim como no Projeto Solidão, os dados que surgem de outras pesquisas sobre o tema surpreendem ao mostrar que nem sempre os idosos — o clichê da solidão — são os que padecem por estar sozinhos. A verdade é que não existe uma faixa etária que mais se sente assim no mundo de hoje; todos encaram o problema em alguma medida. Na pesquisa britânica BBC Loneliness Experiment, de 2018, um terço dos 55.000 entrevistados ao redor do mundo disse se sentir solitário a maior parte do tempo. Entre os que têm de 16 a 24 anos o índice foi de 40% e, entre os adultos acima de 75 anos, foi de 27%. Em uma pesquisa de 2020 do Grupo Consumoteca, 32% da geração Z (com até 26 anos hoje) disse se sentir muito sozinha durante a pandemia e o isolamento social.

Se para os mais velhos e aposentados pesam a perda de identidade social conferida pelo trabalho, a angústia de se sentirem ultrapassados e, em muitos casos, o abandono e a negligência da família, os millennials e a geração Z têm o domínio da tecnologia a seu favor para se comunicar, mas sofrem por não contarem com redes de apoio reais e com laços afetivos sólidos. A pouca idade também pode significar falta de ferramentas de autoconhecimento e equilíbrio emocional para lidar com as dores e a insegurança que são, ao mesmo tempo, causa e consequência da solidão.

Continua após a publicidade

Com boa parte dos empregados na faixa dos 25 anos e sabendo da dificuldade de muitos para falar das próprias angústias com os pais e os colegas de trabalho, a área de RH da transportadora digital Vuxx aposta na construção de uma relação de confiança para que eles se abram sobre suas aflições. Para isso, CEO, gestores e equipes se reúnem periodicamente para interagir e alinhar expectativas. Valéria Nunes, gerente de RH da Vuxx, explica que foi criado um programa de mentoria virtual, que atende todas as áreas e cargos, para sanar dúvidas sobre os rumos individuais da carreira e a sensação de estagnação que muitos estavam vivendo devido ao distanciamento físico — a percepção foi levantada nas avaliações periódicas de satisfação. Também foram criados eventos virtuais para aliviar o peso do isolamento, como happy hour mensal, café da manhã semanal e amigo-secreto de guloseimas. “Manter uma comunicação eficiente traz proximidade, alivia a ansiedade e outras dores que muitos estão vivendo neste momento”, afirma Valéria.

Os sete espectros da solidão

A pesquisa Projeto Solidão, feita pelo consultor e escritor Celso Grecco com 2.010 pessoas no Brasil, mapeou as sensações que pioram o isolamento

1. Inadequação
Envolve a sensação de não pertencer, de estar excluído ou não se ver representado onde circula e de ter que “vestir uma máscara” para fazer parte do grupo. Tudo isso dificulta a construção de vínculos afetivos e de confiança. Nas empresas, manter-se vigilante e coibir a prática de assédio e bullying, assim como criar políticas de diversidade para incluir e melhorar as condições de trabalho de mulheres, negros, pessoas LGBT+, com deficiência e profissionais de diferentes gerações, por exemplo, é um caminho sem volta para garantir a segurança psicológica dos funcionários e a sustentabilidade do negócio.

2. Abandono
Afeta principalmente os idosos (que podem se sentir um fardo para a família), as crianças e os jovens (que se ressentem da falta de tempo e atenção dos pais, sempre mergulhados no trabalho ou no celular). A hiperconexão, aliás, é fator de risco para a desconexão emocional e o desamparo frequentemente associados à solidão. Isso porque convida ao isolamento, dificulta a interação social e o reconhecimento das emoções próprias e dos outros.

3. Redes sociais
São um lugar de encontro, mas também empurram para a solidão porque fomentam a comparação e o julgamento, espalham positividade tóxica e reforçam o culto às conquistas individuais e ao sucesso a qualquer custo, gerando sentimentos de inferioridade e inadequação. Na análise de Celso, até os serviços de streaming de filmes e músicas, vistos como salvação em tempos de distanciamento físico, contribuem para o estado de solidão uma vez que criam a ilusão de preenchimento da vida e do tempo vazio com informações e emoções de toda sorte, convidando ainda mais ao recolhimento.

Continua após a publicidade

4. Relação com tempo e espaço
A velocidade da vida urbana, a imposição do imediatismo, de ter que fazer muitas coisas ao mesmo tempo e se adaptar rapidamente a tantas mudanças deixam a sensação de nunca dar conta, de estar para trás, desatualizado. Isso coloca o corpo e a mente em estado de alerta constante, vivendo no automático, olhando para todos os lados e esquecendo de observar a si mesmo e a seu entorno próximo.

5. Insegurança
Com toda a instabilidade do mundo BANI (frágil, ansioso, não linear e incompreensível, traduzido da sigla em inglês), a covid-19, a crise profunda no país e a polarização das discussões, é natural que o brasileiro enxergue ameaças por toda parte. Além da percepção de estar desprotegido e de ter que se virar sozinho, há o medo de se expressar e de ser massacrado por suas opiniões. Para não passar por isso, é comum acabar mais isolado.

6. Irrelevância
Relacionamentos superficiais e utilitários — como muitas vezes são os nutridos nas redes sociais e no ambiente de trabalho — geram sentimentos de invisibilidade e insignificância. Surge a sensação de não fazer diferença para a vida do outro e de não ter com quem contar. No contexto profissional, a percepção de ser apenas um número ou uma peça do negócio, além da falta de reconhecimento e de autonomia, derruba a autoestima, o engajamento e a produtividade.

7. Ansiedade de performar
Do ponto de vista dos indivíduos, essa ansiedade está ligada ao mito da produtividade, à supervalorização do sucesso e das realizações individuais, ao medo de errar e de mostrar vulnerabilidade. E, do lado das organizações, é representada em modelos de gestão baseados em cobrança e controle, nocivos para as relações e para a felicidade porque pressionam o indivíduo e o desencorajam a expressar opiniões e vontades. Quem mais sofre com isso são os jovens: 50% dos pesquisados de até 25 anos disseram que se cobram demais para realizar seus objetivos e acertar sempre. Nas outras faixas etárias, o índice foi de 45%, em média.

Tempo de cuidar

As empresas, pelo enorme papel social que têm e pela responsabilidade no cuidado com os funcionários, devem agir neste momento tão delicado. “É preciso naturalizar as conversas sobre saúde mental, monitorar como as equipes estão se sentindo e educar as pessoas para a importância de desenvolver autoconhecimento e competências socioemocionais, fundamentais para lidar com os desafios do mundo de hoje e do futuro, inclusive a solidão”, explica a psicóloga Ana Carolina Peuker, CEO da Bee Touch, que faz avaliações psicológicas para pessoas e empresas.

Continua após a publicidade

O Itaú Cultural está tomando esse cuidado. Assim que foram decretadas a pandemia e a necessidade de isolamento social, a área de recursos humanos quis entender como cada funcionário poderia ser afetado pela situação atípica. Nas reuniões online semanais para tratar de projetos, programação do espaço e outras questões do dia a dia de trabalho, chefes e equipes falavam também das aflições que cada um vinha enfrentando no home office. Os insights orientaram a criação de ações voltadas para o bem-estar. “Organizamos rodas de conversa sobre gestão do tempo, educação online dos filhos e temas ligados à saúde mental, como exaustão e ansiedade, meditação e terapias alternativas”, diz Érica Buganza, gerente de RH. Além disso, os treinamentos e a festa de fim de ano continuaram acontecendo, no formato remoto. De uma pesquisa feita para avaliar a relação com o home office veio a constatação de que muitos sentiam falta de ir ao escritório físico — alguns por não contarem com estrutura adequada para trabalhar em casa, outros porque estavam sentindo o peso do isolamento. “Para aumentar o bem-estar, controlamos a ida à sede limitando aos casos realmente necessários, para não haver aglomeração”, diz Érica.

 

Atenção constante

As oportunidades para criar conexão entre os colegas no trabalho — tanto no trabalho remoto quanto no retorno gradual ao escritório físico — é algo para o qual o RH precisa atentar constantemente durante essa pandemia. ”O resgate do convívio com o uso de ferramentas digitais e a volta aos poucos ao trabalho presencial podem diminuir os efeitos da solidão na saúde física e psicológica, mas teremos que reaprender a nos relacionar para deixarmos de nos sentir tão sozinhos”, diz Celso.

Na Superlógica, empresa que desenvolve softwares de gestão financeira, esse desafio é frequente — ainda mais porque o time está gostando da experiência do trabalho à distância. “No último ano, sabendo que a maior parte estava satisfeita com o home office, embora sentindo falta da interação com os colegas, a preocupação foi evoluir a cultura da empresa para o ambiente remoto, e assim manter aceso o senso de afeto e de pertencimento, mesmo de longe”, diz Alexandre Norberto Rodrigues, COO e diretor de RH. Um passo inicial foi a criação de um aplicativo próprio para reunir as pessoas por grupos de interesses — vinhos, séries e animais de estimação, por exemplo — e incentivar trocas. O expertise em organização de eventos foi usado para realizar festa de fim de ano, saraus e apresentações online em que as atrações são os próprios funcionários mostrando seus talentos. Eles também passaram a utilizar uma plataforma, originalmente usada por quem joga videogame, para otimizar o trabalho em equipe, agilizar a comunicação e compartilhar conteúdos, palestras, vídeos e fotos.

Criar essa descontração é também a aposta da startup de mobilidade Quicko, que teve metade da sua força de trabalho contratada à distância durante a pandemia. Mantendo 100% do time remoto há um ano e sabendo que a maioria dos funcionários mora sozinha, a empresa pensou em ações que ajudassem a firmar conexões, como a pausa para o café (virtual). O momento, sagrado em praticamente todos os ambientes de trabalho, acontece agora por videoconferência. Happy hours e eventos como festa junina, Halloween e Carnaval também foram feitos à distância, com direito a kit fantasia e bebidas enviadas pela empresa para a casa dos empregados. “Acaba sendo uma maneira de descontrair, apresentar os mais novos e incentivar a integração”, afirma Luciana Ferreira, gerente de pessoas. Em uma plataforma de gestão de trabalho em equipe, o time criou grupos de compartilhamento de receitas, músicas, filmes e outros interesses. “Estimulamos a constante troca entre os funcionários, inclusive de talentos. Um de nossos gestores, por exemplo, dá aulas de ioga online uma vez por semana”, conta Luciana.

Como você está?

A chave na construção de ambientes e rotinas que façam as pessoas se sentirem pertencentes e menos isoladas está na liderança. São os gestores que, no dia a dia, interferem mais para manter as equipes unidas e os indivíduos satisfeitos. Mas essa tarefa tem se mostrado complexa na pandemia. “Quando pergunto àqueles que estão liderando à distância se vêm ligando para as equipes para saber como elas estão, a maioria diz que não”, diz Renata Rivetti, diretora da Reconnect, consultoria especializada em felicidade no trabalho. “Os líderes acompanham os resultados e se comunicam por e-mail e mensagens, mas não sabem o que as pessoas estão passando. É preciso entender que confiar na liderança é essencial para a alta produtividade e o comprometimento.”

Isso porque a felicidade no trabalho está relacionada a como as pessoas se sentem, e não necessariamente ao que recebem da empresa. Se estiverem solitárias, o sentimento irá se refletir nas atividades do trabalho e poderá gerar problemas de engajamento, entregas e desenvolvimento profissional. “Mais importante do que um bom salário, bônus ou ajuda para montar o home office, o que muitos profissionais querem é perceber que pertencem à empresa e que seu trabalho tem um significado”, diz Renata. Sempre essencial lembrar que faz parte do papel do RH — e de todos os líderes — promover culturas positivas e psicologicamente saudáveis, em que os profissionais saibam que são vistos como pessoas, com suas subjetividades e vulnerabilidades, e não como instrumentos usados para bater metas.

 

Quer ter acesso a todo o conteúdo exclusivo de VOCÊ RH? Clique aqui para se tornar nosso assinante

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Você RH impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.