São Paulo – Certamente um dos nomes mais falados dentro da Alcoa atualmente é o do Franklin. Falam dele e em nome dele. Franklin Feder, um americano naturalizado brasileiro, preside a operação da mineradora por aqui há sete anos e, desde outubro do ano passado, é presidente da multinacional para a América Latina e Caribe.
O motivo para muitos dos 5 500 empregados chamarem o executivo pelo primeiro nome deve-se a um cartão, uma espécie de “carta branca” para que os funcionários, em nome do chefe, chamem a atenção de colegas ou interrompam a produção caso percebam qualquer irregularidade que ponha em risco o bem-estar dos trabalhadores.
A autonomia dada aos colaboradores e a ênfase à segurança motivam os jovens. Eles também têm liberdade para dar sugestões. Nas diferentes unidades, a empresa possui mecanismos para que exponham suas ideias, façam críticas ou proponham melhorias. Em um desses programas, as melhores propostas concorrem a prêmios trimestrais. Os próprios funcionários podem reconhecer iniciativas positivas de seus colegas.
Eles têm à disposição o que chamam de ThanksCard. “É apenas um cartão. Uma pessoa pode dar, por exemplo, para alguém de outro setor que o ajudou em um projeto. Não custa nada para ninguém e gera gentileza”, afirma Vania Akabane, diretora de recursos humanos da Alcoa.
O que acaba com o clima de namoro entre os jovens e a mineradora é o salário. A política de pagar a mediana do mercado parece bem disseminada e compreendida, mas é motivo de reclamação. Os empregados lembram de colegas que foram contratados por outras companhias do mesmo setor e nem tiveram uma contraproposta salarial.
Apesar da choradeira, os jovens elogiam a concessão de bolsas, que começa a partir de 60% do curso, podendo aumentar conforme o resultado do funcionário na avaliação de desempenho. Cerca de 19% dos empregados já são favorecidos.