São José dos Pinhais (PR) – Talvez você não saiba, mas a franquia O Boticário é a maior do Brasil em número de lojas e a maior do mundo no ramo de perfumaria e cosméticos. Mas a empresa, com sede em São José dos Pinhais (PR), não vive só de um nome.
Há dois anos, O Boticário deixou de ser uma companhia e se tornou um grupo, agregando duas outras marcas — a Eudora, que também comercializa fragrâncias e cosméticos, mas para outro público, e a Skingen Inteligência Genética, focada em soluções personalizadas de dermatologia.
O novo posicionamento tem feito o grupo crescer 30% ao ano, sabendo que há ainda 40% de demanda não atendida. Para acompanhar esse ritmo, a empresa tem investido na preparação das lideranças.
No ano passado, realizou encontros entre a diretoria executiva e os gestores, nos quais abordou as estratégias do grupo para que todos tivessem conhecimento das principais diretrizes do negócio e como transmitir a cultura no curto, médio e longo prazo.
Também em 2011 aconteceu pela primeira vez uma reunião entre os gerentes para padronizar os parâmetros de desenvolvimento das equipes, fazendo com que todos começassem a pensar no processo de sucessão. O cenário de crescimento exigiu ainda que o grupo aumentasse agressivamente seu quadro de funcionários.
Só no ano passado, foram abertas 1 898 vagas. Com o grande volume de posições em aberto, foi preciso contratar profissionais do mercado para todos os níveis — somente 29% das vagas foram preenchidas com o time interno. Por um lado, a entrada de gente nova oxigena a empresa, que conta com pessoas com diferentes experiências.
Por outro, mexe com a cultura sólida de uma companhia que já tem 35 anos de mercado. Apesar de não ser uma tarefa fácil, o grupo tem obtido sucesso em sua transformação. Além de manter sua presença no time das melhores empresas para trabalhar no país, no ano passado uma pesquisa interna mostrou que 78% dos empregados se sentem alinhados com a organização.
PONTO(S) POSITIVO(S) | PONTO(S) A MELHORAR |
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A empresa está cada vez mais profissionalizada e as movimentações estimulam os funcionários, que sentem a possibilidade de crescer com o grupo. | Os profissionais reclamam que o auxílio-creche não é um benefício estendido aos homens, mas a empresa já está revendo essa política. |