Conheça as 7 Melhores Empresas do agronegócio, segundo VOCÊ S/A
Em 1º lugar no setor do GUIA VOCÊ S/A As Melhores Empresas para Trabalhar 2019, a São Martinho se prepara para a transformação digital
São Martinho
Gigante do agronegócio atuante no mercado de processamento de cana, a São Martinho quer se preparar para a transformação digital. Uma área de inovação foi criada para estudar as possibilidades do setor e se aproximar de startups.
Além disso, a empresa investe em tecnologias para monitorar motoristas e máquinas rurais, especialmente para melhorar a segurança no trabalho e reagir rapidamente a incidentes. Agora, também no campo, há uma rede 4G, que colabora para tornar mais simples a comunicação entre as áreas e com o corporativo.
Mas as inovações não passam só pelo digital. Os funcionários elogiam, por exemplo, o desenvolvimento de produtos biológicos para diminuir o uso de agrotóxicos. Outro projeto proíbe a queima de cana. Para os empregados, o mais atraente na São Martinho é o que ela tem de mais tradicional: a estabilidade e a sensação de estar em família.
Mas sem deixar a carreira em segundo plano. Por meio das vagas internas, é fácil se movimentar e é possível conseguir bolsa para graduação ou pós. A companhia adota a metodologia Kaizen para melhorias e inovações. Quando a sugestão de alguém é aprovada, há apoio da empresa para colocá-la em prática.
PONTOS POSITIVOS
Os benefícios e o PPR, que vale como 15o salário, são elogiados. A troca de boas práticas entre áreas, com visitas entre unidades, funciona. O programa de saúde faz sucesso com campanhas antifumo e outras.
PONTOS A MELHORAR
Os turnos na operação poderiam ser 6X2 em vez de 5×1, já que são muito apertados (são 24 horas sem revezamento). A oferta de bolsas de estudos poderia ser maior, pois a concorrência é muito alta.
Agro Amazônia produtos agropecuários
Desde que a Agro Amazônia foi adquirida pelos japoneses da Sumitomo Corporation, em 2015, os investimentos no negócio são robustos, com perspectiva de abertura de filiais e de mais contratações. “Nosso momento é de saber onde vamos investir, enquanto outras empresas sofrem com a crise”, diz um gestor.
Para acompanhar o bom momento do agronegócio, a empresa investe na capacitação dos trabalhadores por meio de sua universidade corporativa, batizada de Portal EducAAr. A área de recursos humanos tem olho clínico para potenciais talentos e há possibilidade de coaching para formação de lideranças.
“O RH enxerga a aptidão de cada trabalhador para determinada função e pode sugerir orientação profissional para crescimento”, diz um empregado, que mudou de função depois de uma conversa com a área. O feedback é estimulado, seja como uma etapa na avaliação de desempenho, seja no dia a dia.
“Existe uma cultura de cooperação até entre filiais; todos se escutam e procuram se ajudar”, afirma a gerente de gestão com pessoas, Carla Marques. Essa proximidade ocorre, também, com a diretoria por meio do programa Dedo de Prosa, que seleciona pessoas de diversas regionais para falar com a alta cúpula da empresa.
PONTOS POSITIVOS
As iniciativas de voluntariado sugeridas pelos funcionários são incorporadas e apoiadas pela empresa. São vários projetos que envolvem as comunidades próximas às filiais da companhia.
PONTOS A MELHORAR
A empresa até divulga os resultados da pesquisa de clima, mas os funcionários gostariam de se envolver mais nos planos de ação para melhorias, com cronogramas definidos e divisão de tarefas.
O Telhar Agropecuária
A sede operacional da O Telhar fica em Primavera do Leste (MT), mas a maioria dos funcionários trabalha nas fazendas de soja, algodão e milho espalhadas pelo estado. Os procedimentos são monitorados para atender a critérios de segurança e sustentabilidade exigidos para certificações globais, como a BCI (algodão) e a RTRS (soja).
“São garantias de que nossos processos seguem padrões internacionais”, afirma Ivan Rasador Konig, presidente da empresa. A companhia tem investido em máquinas de última geração e em infraestrutura nas fazendas. O plano é que os alojamentos dos empregados tenham ar-condicionado em breve.
“As condições de trabalho são excelentes, temos o que precisamos para entregar boas colheitas e resultados”, diz um deles. Há bons espaços de convivência nas fazendas, com locais para descanso e lazer.
“Nosso trabalho exige muito fisicamente. Ter esses locais para relaxar nos intervalos ajuda”, diz um agricultor. Com base na avaliação de desempenho 360 graus, são mapeadas as competências a ser aperfeiçoadas e criado um plano de desenvolvimento individual. “É difícil encontrar mão de obra qualificada no campo, então investimos em capacitação e retenção de nosso time”, afirma Lilian Carrijo, gerente de RH.
PONTOS POSITIVOS
É oferecido café da manhã planejado por nutricionista em cada fazenda da empresa. Os trabalhadores têm folga de um dia útil uma vez ao mês para resolver questões pessoais e aproveitar a família.
PONTOS A MELHORAR
A companhia ainda não conta com um programa estruturado para receber e premiar sugestões dos profissionais. As ideias surgem e são debatidas informalmente no ambiente de trabalho.
Louis Dreyfus Company
Trabalhar com medo de demissões em massa ou de fechamento de áreas não faz parte da rotina dos profissionais da Louis Dreyfus Company (LDC). Pelo contrário, eles têm percebido a ampliação do quadro de funcionários.
O plano de carreira é elogiado — estruturado, possibilita ao trabalhador se preparar com o auxílio da empresa, que fornece subsídios para que ele continue estudando. Para isso, basta entrar em acordo com o gestor e escolher algo que tenha relevância para a área de atuação.
É destaque na rotina da LDC a autonomia que os funcionários têm para resolver tarefas e o reconhecimento pela entrega à companhia. O clima organizacional e o acesso a qualquer pessoa, independentemente da posição hierárquica, também são lembrados como fatores positivos.
O programa People Committee, realizado a cada seis meses com a participação de níveis de coordenação, gerência, diretores e presidente, mapeia os profissionais com potencial para assumir cargos de liderança. O feedback é estimulado na empresa e é formalmente posto em prática duas vezes por ano. Contudo, ele é apenas top-down. “Quando acontece 360 graus, é apenas por iniciativa do gestor”, afirma um empregado.
PONTOS POSITIVOS
Há preocupação com a segurança no local de trabalho, tanto para quem está em ambiente fabril quanto no escritório. A criação de comitês de diversidade e adaptação do espaço para PCDs são destaques.
PONTOS A MELHORAR
O estilo de gestão varia muito, o que dificulta o desenvolvimento dos profissionais e a condução das tarefas. Seria interessante que houvesse mais incentivo a ações de integração entre os times.
SLC Agrícola
Como uma das maiores do mundo no plantio de algodão, soja e milho e pela boa produção no último ano, a SLC Agrícola acabou se beneficiando da alta do dólar nas negociações de commodities. A companhia tem sede em Porto Alegre (RS) e possui 16 unidades em seis estados brasileiros.
Os profissionais contam que, desde o começo da carreira, no programa de trainee, têm autonomia e prezam pela confiança que recebem. “Se você tem uma ideia, pode realizá-la. Temos liberdade para ir até um diretor ou mesmo até o CEO e apresentar sugestões”, afirma um empregado.
Para fomentar novas propostas, a empresa possui o Programa de Inovação, com prêmios para as mais interessantes — que podem render de 300 a 5 000 reais em bônus. Mas o incentivo para a participação no projeto não é só financeiro. Os funcionários gostam de ver as melhorias acontecendo no dia a dia, como um ajuste em uma máquina ou o novo bicicletário na sede.
O pessoal também valoriza que haja companheirismo, segurança e respeito nos ambientes da empresa, seja na sede, seja nas fazendas. Em uma área majoritariamente masculina, os gestores conversam com as profissionais mais jovens sobre carreira e equidade de gênero.
PONTOS POSITIVOS
Nas fazendas, o pessoal com menor escolaridade é incentivado a avançar nos estudos além do ciclo básico. Para aqueles matriculados na graduação e pós-graduação, é possível contar com subsídio da empresa.
PONTOS A MELHORAR
os funcionários mais novos gostariam de ter plano de previdência privada desde cedo, tendo em vista a preocupação com as reformas do governo. Também há pedidos para mudanças no pacote de benefícios.
BUNGE
O ano passado foi um período de apertar os cintos no gigante do agronegócio Bunge. Depois de ver seu lucro cair pela metade em 2017, a empresa americana anunciou um plano global para reduzir os custos em 250 milhões de dólares até o final de 2019.
O trabalho começa a dar resultados, uma vez que, no primeiro trimestre deste ano, a multinacional reverteu o prejuízo e registrou lucro líquido de 45 milhões de dólares. Para isso, a Bunge realizou algumas mudanças em sua estrutura. Uma delas foi a diminuição das divisões operacionais de cinco para três, que hoje compreendem América do Sul, América do Norte e Europa/Ásia.
Áreas consideradas estratégicas para os negócios, como recursos humanos, tecnologia e finanças, foram centralizadas por região. “O processo gera um estresse, mas percebemos que houve aumento da proximidade e da sinergia entre os times”, afirma um funcionário.
A capilaridade da empresa, que possui 100 locais de trabalho espalhados pelo Brasil, tem seu custo: os empregados pedem mais intercâmbio entre as unidades para compartilhar boas práticas e desburocratizar processos. Por fim, um dos pontos elogiados é a participação nos lucros, que pode chegar a quatro salários por ano.
PONTOS POSITIVOS
O Dia da Família, em que os filhos podem visitar o trabalho dos pais, agrada. O salário, considerado acima da média pelos funcionários, e o plano de saúde robusto também são elogiados.
PONTOS A MELHORAR
Os empregados reclamam do orçamento destinado a cursos e a bolsas de estudo, considerado bastante limitado. A criação de uma creche dentro das unidades também é uma demanda.
Adama Brasil
Diferentemente de outros setores da economia, a crise no agronegócio é cíclica e a cada cinco anos é possível identificar ondas de queda e crescimento. A Adama Brasil, produtora de agroquímicos, está em fase de avanço: o faturamento triplicou e o quadro de funcionários dobrou — para 2020, as contratações em vendas devem subir 10%; e as na produção, 25%.
A empresa conta com um programa global de inovação para auxiliar na melhora contínua das filiais, além de plataforma de treinamento EAD. Os empregados são incentivados a ter contato com a alta liderança por meio de cafés, almoços, comitês e um chat com o presidente.
Nessas ocasiões, podem tirar dúvidas e sugerir ideias. Os feedbacks fazem parte da rotina e a companhia oferece treinamentos sobre o assunto e material de orientação de boas práticas durante a conversa, como folhetos e e-learning.
Além dos benefícios tradicionais, os profissionais têm direito a desconto em medicamentos, inglês in company, auxílio-creche, kit maternidade, presente de casamento, serviços de bem-estar, como massagem e manicure, complemento de renda para funcionários afastados pelo INSS e serviço de orientação psicológica, jurídica, financeira e nutricional.
PONTOS POSITIVOS
Os funcionários sentem que têm espaço para planejar a carreira. Na avaliação anual, os gerentes são incentivados a falar do Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) com os times.
PONTOS A MELHORAR
As equipes operacional e gerencial questionam os salários praticados. Para elas, os valores são bons, mas estão abaixo da média quando comparados com outras empresas do mesmo setor na região.
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