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Por que os funcionários destas empresas de bens de consumo são tão felizes

Alerta de Spoiler: a Fabricante da Paçoquita está nesta lista

Por Você S/A
Atualizado em 21 out 2024, 17h59 - Publicado em 28 dez 2018, 05h00
BRASAL REFRIGERANTES (Cristiano Mariz/Você S/A)
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Por que os funcionários destas empresas de bens de consumo são tão felizes

Por que os funcionários destas empresas de bens de consumo são tão felizes

Brasal Refrigerantes

Como o negócio da Brasal Refrigerantes, fabricante da Coca-Cola no Brasil, acompanha o PIB, a crise econômica pela qual o país passa afeta a empresa, que sentiu uma queda no consumo. No entanto, a prioridade foi manter os funcionários e fazer ajustes para melhorar a eficiência e economizar. O objetivo de reduzir gastos e não pes­soal tem um efeito positivo sobre o clima, fazendo com que os funcionários se sintam preservados, valorizados e vistos como a verdadeira prioridade da companhia. As melhorias nas condições de trabalho também contribuem para a sensação de importância, a exemplo da jaqueta da equipe de vendas, modificada após reclamações de que era desconfortável. Mudanças assim podem ser sugeridas e solicitadas por meio da caixa de sugestões #Inovaqui e por e-mail. A empresa também costuma lançar desafios que premiam as melhores ideias. O sólido programa de desenvolvimento de gestores também ajuda a manter o clima organizacional em alta, já que lideranças bem preparadas e inspiradoras são capazes de engajar as equipes, proporcionando satisfação a todos os envolvidos. | brasal.com.br/refrigerantes | Visita: Nina Neves, em Brasília (DF)


PONTOS POSITIVOS

Os funcionários que têm um ano de casa podem participar do recrutamento interno, que é praticado e altamente incentivado pelos gestores. Isso ajuda os
profissionais a aprender e a ser promovidos.

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PONTOS A MELHORAR

Apesar de haver creches conveniadas, os empregados gostariam de um espaço para os filhos dentro da empresa. Além disso, pedem a construção de uma academia interna para que tenham mais qualidade de vida. 


SANTA HELENA

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A greve dos caminhoneiros que aconteceu em maio e paralisou as rodovias do país durante 11 dias teve um impacto particularmente ruim para a fabricante de alimentos de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. É que o “Natal” (período em que há maior consumo e são feitas muitas contratações temporárias) da Santa Helena, a fantástica fábrica de Paçoquitas, é justamente no meio do ano, quando começam as festas juninas. “Em maio, quando começou a greve, nosso estoque estava em seu nível mais alto. Ficamos com 65 caminhões parados e perdemos 15 dias de produção”, diz Carlos Alberto Pereira, diretor de RH. Com problemas graves de desabastecimento das linhas, a empresa conseguiu recuperar um pouco o fôlego em julho, mas continuou sofrendo por seus produtos serem supérfluos. “Em uma crise de desabastecimento, os supermercados não pensam em estocar amendoim, paçoca. É um produto que, se você não comer hoje, não vai dobrar o consumo amanhã”, afirma Carlos. A meta de crescimento de 17% precisou ser revisada, mas segue acima de dois dígitos. O clima de incerteza foi amenizado por investimento e treinamentos, além de corte de gastos para manter o quadro de funcionários. | san­tahelena.com | Mariana Amaro, em Ribeirão Preto (SP)


PONTOS POSITIVOS

A confiança, a segurança e a autonomia são elogiadas por todos. Os gestores citam ainda o bom ambiente de trabalho, a valorização dos profissionais e o investimento em treinamentos e equipamentos.


PONTOS A MELHORAR

A produção gostaria de participar do estabelecimento de metas de operação. Os trabalhadores sentem falta de plano de carreira, e os gestores afirmam que a empresa tem hoje limitações físicas para crescer.

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AMÊNDOAS DO BRASIL

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A cada seis meses, quem trabalha na Amêndoas do Brasil, fabricante de produtos de castanha de caju, encara um ­check-up que inclui espirometria (análise de pulmão), audiometria e exame do coração, além de outros procedimentos para manter a saúde em dia. É verdade que a garantia do bem-estar é uma premissa necessária para a indústria de alimentos. Mas a Amêndoas do Brasil vai além dos cuidados básicos: disponibiliza ginecologista, fisioterapeuta e se preocupa com a ergonomia. “Os exames variam conforme as necessidades de cada área”, diz Sandra Oliveira, gerente de recursos humanos. O cuidado com os profissionais mais velhos também chama a atenção. A cada dois meses, a empresa oferece palestras de preparação para a aposentadoria, em que são abordadas questões como finanças pessoais, qualidade de vida, ocupação pós-trabalho e empreendedorismo. Nos murais da companhia, também são publicados informativos sobre o assunto. Ainda há uma preocupação com o meio ambiente: a empresa monitora o consumo de energia e água, controla a emissão de gases poluentes e acompanha o descarte de resíduos — uma tentativa de reduzir o impacto ambiental da produção. | amendoasdobrasil.com.br | ­Visita: Cibele Reschke, em Fortaleza (CE)


PONTOS POSITIVOS

A empresa disponibiliza internet sem fio ilimitada para os funcionários de campo nas áreas de lazer. Informações obtidas em entrevistas de desligamento são compiladas e analisadas semestralmente.

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PONTOS A MELHORAR

Gestores relatam que há pouca clareza quanto ao custo total do vínculo empregatício dos funcionários. E os próprios colaboradores também afirmam desconhecer o custo que representam para a companhia.


CERVEJARIA AMBEV

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Desde 2017, os treinamentos para a liderança na fabricante de bebidas Ambev começam com uma conversa sobre vieses inconscientes, os preconceitos étnico-raciais, de gênero e relacionados à condição física ou social que podem dificultar — ou impedir — um profissional de avançar na carreira. Para tentar fazer com que a diversidade realmente esteja representada em todos os níveis nos próximos anos, a empresa tem monitorado, por exemplo, a presença feminina em funções de chefia. E há muito espaço para crescer nesse campo, já que, em 2017, as mulheres ocupavam apenas 17% das posições de alta liderança da empresa, número que representa um aumento de 10% em relação ao observado em 2014. Considerando-se todos os cargos de gestão, as mulheres assumem cerca de 30% do total. As ações a favor da igualdade se estendem também a casais homoafetivos e pais solteiros: a licença-parental de seis meses vale para o principal cuidador da criança recém-nascida ou adotada. Essas práticas são valorizadas pelas equipes, que estão satisfeitas não só com as políticas corporativas da Ambev mas também com o bom momento da companhia. Mesmo em um ano fraco, como foi 2017, a receita líquida do negócio de cerveja cresceu 15%. | ambev.com.br | Visita: Marcia Kedouk, em São Paulo (SP)


PONTOS POSITIVOS

Recém-criado, o programa VOA permite a funcionários se voluntariar para ensinar gestão — de processos, pessoas e orçamento — e acompanhar a implementação de projetos em aproximadamente 200 ONGs.


PONTOS A MELHORAR

Existe em toda a companhia a percepção de que somente quem almeja um cargo de gestor é valorizado, e de que profissionais mais experientes perdem oportunidades para jovens menos capacitados.


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