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Google tem mais de 100 vagas abertas para várias áreas

Daniel Borges revela como é o processo seletivo do Google – empresa busca também profissionais de RH

Por Marcia Kedouk
Atualizado em 3 jan 2022, 15h12 - Publicado em 22 nov 2021, 07h00
A foto mostra um homem branco sorrindo, com os braços cruzados e olhando para a câmera
Daniel Borges, líder de recrutamento do Google para a América Latina: "Há oportunidades para todos os perfis".  (Google/Divulgação)
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Google está com mais de 100 vagas abertas e procura profissionais de RH. As oportunidades são para trabalho nos escritórios da empresa em São Paulo e Belo Horizonte, a maioria no modelo híbrido, com dois dias por semana em home office. Há também posições 100% remotas.

A companhia, que opera no Brasil desde julho de 2005, emprega mais de 1.400 funcionários e mantém quatro espaços no país: um escritório de negócios em São Paulo e um centro de engenharia em Belo Horizonte, além do Google for Startups Campus e do Partner Plex, ambos em São Paulo.

Nesta entrevista exclusiva à VOCÊ RH, Daniel Borges, líder de recrutamento do Google para a América Latina, conta mais sobre as vagas, detalha o perfil de profissional de recursos humanos que a companhia procura, revela todos os detalhes sobre o processo seletivo e faz observações que valem não só para quem busca uma oportunidade no Google, mas em qualquer empresa.

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Por que o Brasil é um mercado estratégico para o Google?

Porque tem um ecossistema de usuários, clientes e parceiros em crescimento acelerado. De acordo com nosso relatório de impacto econômico de 2020, as ferramentas de pesquisa e publicidade do Google, Google Play e YouTube ajudaram a gerar US$ 67 bilhões em atividades econômicas para mais de 207 mil empresas brasileiras, editores de sites, criadores de conteúdo e organizações sem fins lucrativos.

O Brasil figura entre os cinco maiores mercados para nossas nove plataformas, que possuem mais de 1 bilhão de usuários, dentre elas a Busca e o Android. Entre janeiro de 2017 e maio de 2018, investimos mais de R$ 700 milhões em projetos como cabos submarinos e a nova região de cloud em São Paulo, entre outras iniciativas.

Como é o modelo de trabalho para as vagas abertas?

O Google adotará o formato híbrido, no qual a maioria dos funcionários estará três dias no escritório e dois trabalhando remotamente. [São mais de 100 vagas, que podem ser conferidas aqui].

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Dependendo da função, é possível se candidatar a uma vaga 100% remota, como é o caso de algumas oportunidades em engenharia de software e marketing de produto, estratégias e operações em Google Cloud. [É possível conferir as vagas com modelo remoto neste link].

Quais são as faixas salariais?

A companhia não divulga os valores dos salários e benefícios, mas podemos afirmar que têm um alto valor competitivo em relação ao mercado nacional e não serão afetados pelo novo modelo de trabalho.

Não existe uma fórmula mágica para ser aprovado. A empresa encara o recrutamento de maneira que possibilita conhecer a pessoa num ambiente de informações incompletas e saber como ela age, o que pode surpreender quem não está acostumado com o processo.

Daniel Borges, líder de recrutamento do Google para América Latina

Para profissionais de RH, qual o perfil buscado?

Temos vagas no modelo de trabalho híbrido, nos escritórios de São Paulo, para posições no time de recrutamento. As qualificações mínimas são bacharelado ou experiência prática equivalente; três anos de experiência em recrutamento, operações de pessoal, RH ou áreas relacionadas; experiência em recrutamento de pessoal em firma de recrutamento de executivos, agência de recrutamento ou equipe interna de talentos corporativos; e capacidade de falar e escrever em inglês fluentemente.

Os diferenciais para essas posições são experiência de trabalho em sourcing técnico ou não técnico, ou função de recrutamento; experiência no desenvolvimento de recomendações e implementação de soluções para promover melhorias contínuas aos esforços com base nas necessidades do cliente.

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E também experiência em trabalhar com objetivos estratégicos de demanda de pessoal, capacidade de se comunicar claramente em discussões e documentos escritos e de fornecer atualizações regulares e feedback de forma clara e diplomática.

Outro diferencial é compreensão dos conjuntos de habilidades técnicas e das ferramentas necessárias para encontrar candidatos, por exemplo técnicas de pesquisa booleana (pesquisa que utiliza os operadores AND, OR e NOT na combinação de palavras-chave para adição, alternância ou negação entre os termos) e sistemas de rastreamento de candidatos. [As vagas para RH podem ser conferidas neste link]

Existe algum requisito básico para todas as vagas?

Capacidade de comunicação em inglês é um requisito para todas as vagas. Para algumas posições de início de carreira pode ser necessária formação superior ou experiência profissional em desenvolvimento de software backend. Mas há diversas vagas e vários níveis de senioridade que não necessariamente precisam de diploma superior. Ou seja, serão aceitas experiências equivalentes na área.

Como o Google adotará o modelo de trabalho híbrido, será necessário ter disponibilidade para residir em São Paulo ou Belo Horizonte. Mas, dependendo da função, é possível se candidatar a uma vaga 100% remota.

Como são as etapas do processo seletivo?

É possível se inscrever diretamente na página de carreiras do Google para o Brasil, aplicando filtros como habilidades e qualificações, nível de experiência e título da vaga.

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As etapas podem mudar dependendo de alguns fatores técnicos ou logísticos. Mas algumas das maneiras como avaliamos os interessados são com um breve teste online que pode ser solicitado depois do envio do currículo.

Antes da etapa das entrevistas aprofundadas, a pessoa normalmente tem uma ou duas conversas mais curtas por telefone ou vídeo, geralmente com alguém do time de recrutamento e com a pessoa responsável pela equipe que está contratando. Essa fase serve para avaliar as principais habilidades necessárias à função.

Nas entrevistas aprofundadas, que variam entre três e quatro durante um ou mais dias, o processo é rigoroso, mas fazemos questão que sejam atividades amigáveis e calorosas, dando a oportunidade de nos conhecerem melhor também.

Ninguém consegue sustentar um papel por muito tempo após a contratação, e há oportunidades para todos os perfis.

Daniel Borges, líder de recrutamento do Google para América Latina

Há algum tempo, as entrevistas no Google passaram a ser temidas por incluírem perguntas que não têm uma resposta objetiva, pois servem para testar habilidades como raciocínio, criatividade e flexibilidade. As entrevistas continuam medindo essas competências de forma não tradicional?

Durante o processo de entrevistas, fazemos perguntas que envolvem a solução de um problema. Nesse sentido, estamos interessados em saber como as pessoas questionam, interpretam, pensam em soluções e as comunicam de maneira clara e objetiva.

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Não existe uma fórmula mágica para ser aprovado. A empresa encara o recrutamento de maneira que possibilita conhecer a pessoa num ambiente de informações incompletas e saber como ela age, o que pode surpreender quem não está acostumado com o processo.

É importante se informar o máximo possível sobre a empresa e chegar na entrevista preparado. A honestidade e a autenticidade são muito importantes. Portanto, ser fiel ao seu estilo de trabalho e às suas habilidades é o melhor caminho.

O que mais vocês avaliam nos candidatos?

Não importa se a vaga é para um gerente ou um estagiário, ou qualquer que seja a área de atuação, há quatro atributos que são sempre fundamentais: liderança, competência técnica, habilidade de solução de problemas e “Googliness”, ou seja, elementos que ilustram nossa cultura e que são constantemente transformados à medida em que novos paradigmas do negócio vão se apresentando.

Buscamos pessoas que adicionem aos nossos valores e cultura, ou seja, que queiram transformar a sociedade por meio da tecnologia, que se comuniquem bem e que trabalhem bem em grupo – e isso independe da formação e da trajetória de cada um.

Se a posição que estamos recrutando é júnior, olhamos mais o comportamento do que a experiência prévia, incluindo fatores como o raciocínio lógico (como a pessoa traça as soluções para resolver os problemas) e liderança, que tem a ver com iniciativa – como começa um projeto e engaja outros para aquele objetivo em comum.

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O que um candidato nunca deve fazer em um processo seletivo?

Mentir sobre sua formação e sobre suas habilidades. Ninguém consegue sustentar um papel por muito tempo após a contratação, e há oportunidades para todos os perfis. O mais importante é a autenticidade e a honestidade.

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