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Na Flexform, investir na saúde de funcionários é bom negócio

Para diminuir os casos de obesidade, sobrepeso e hipertensão, a Flexform criou seu centro de saúde e decidiu mudar radicalmente o cardápio do refeitório

Por Ursula Alonso Manso
Atualizado em 5 dez 2020, 19h15 - Publicado em 7 Maio 2015, 00h00

São Paulo – Fundada em 1965 por Er­nesto Iannoni, a Flexform foi se especializando na fabricação de cadeiras e poltronas executivas. Durante anos, a empresa in­vestiu em projetos ino­vadores e foi pioneira em registros de patentes, mas faltava melhorar a gestão de pessoas — algo que passou a ser prioridade em 2010, quando Pascoal Iannoni, filho do fundador, assumiu a presidência da companhia.

Sem um projeto inicial estruturado, a Flexform foi buscando referências no mercado e observando as melhores práticas exercidas pelas melhores empresas. Uma delas, que parecia bastante simpática, foi adotada imediatamente: re­chear o café da manhã dos funcionários com bolos, frios, embutidos e biscoitos, que também podiam ser consumidos ao longo do dia.

“O restaurante da fábrica, que antes oferecia refeições mais simples, foi transformado num self-service, com opções que privilegiavam apenas o paladar”, diz Daniela Lima, gerente de recursos humanos.

A medida agradou, claro, mas não demorou para a Flexform perceber os efeitos nocivos: os funcionários, na maioria sedentários, estavam engordando visivelmente e fre­quentando mais o ambulatório por causa de pressão alta.

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“Isso era preocupante, já que nossa população é bastante jovem, com 28 ou 29 anos, em média”, afirma Daniela. Em 2012, para ter a exata noção do tamanho do problema, a empresa realizou o primeiro diagnóstico de saúde de seus funcionários. Era hora de agir.

A solução

No primeiro diagnóstico de saúde, a Flexform encontrou 30% de funcionários com sobrepeso e 20% de obesos. Isso sem contar os casos de hipertensão e diabetes. “Os resultados surpreenderam negativamente”, diz Daniela. “Tínhamos, ainda, seis casos de funcionários com depressão.”

A primeira medida foi cancelar os contratos de terceirização e montar o próprio centro de saúde e segurança do trabalhador. “Contratamos médico, enfermeira, psicóloga organizacional e promovemos uma costureira que havia cursado serviço social ao cargo de assistente social”, diz Daniela.

Depois disso, a empresa convidou os funcionários a participar de grupos de obesidade e sobrepeso, depressão, hipertensão e diabetes — nestes dois últimos, eles diariamente tinham de passar pelo laboratório para exames. A nutricionista da Flexform elaborou um cardápio light e começou a monitorar eventuais extravagâncias dos obesos e dos acima do peso. 

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“Também iniciamos um ciclo de palestras sobre saúde envolvendo, inclusive, os familiares, já que de nada adiantaria reduzir o sal e estimular o consumo de frutas na empresa se em casa o funcionário fizesse o contrário”, diz Daniela. “Promovemos também campanhas de vacinação e começamos a estimular a prática de esportes, realizando a primeira caminhada patrocinada pela empresa na cidade.” A cada três meses, os funcionários eram submetidos a novos exames médicos.

O resultado

Num primeiro momento, a empresa recebeu muitas reclamações por meio da ouvidoria. “Teve até funcionário dizendo que era redução de custos”, afirma Daniela.

A empresa reuniu todo o time para esclarecer os objetivos e aproveitou para implantar a “Sexta-Feira Feliz”, um dia na semana em que o funcionário teria à disposição opções mais atraentes ao paladar. “Além disso, deixamos claro que não se tratava de uma proibição. Caso o empregado quisesse trazer guloseimas de casa, ele poderia, mas sabendo dos riscos.”

Em 2014, a Flexform fez o segundo diagnóstico de saúde. Os resultados surpreenderam positivamente. Os casos de hipertensão tiveram  queda de 38%; e os de obesidade, de 15%. Aproximadamente 85% dos funcionários reduziram o consumo excessivo de sal, 16% reduziram  a ingestão de refrigerantes e 13% buscaram atividades físicas. Tudo isso se refletiu na diminuição de 34% nos casos de absentismo relacionado a problemas de saúde. 

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“Em 2015, formaremos novos grupos com os funcionários que entraram na empresa nos últimos dois anos e foram enquadrados em grupos  de risco”, afirma Daniela. “Vamos introduzir a ginástica laboral e, como a Flexform está num espaço de 55 000 metros quadrados, planejamos a construção de pista para corrida, caminhada e bike, além da instalação de aparelhos para ginástica, que os funcionários poderão usar após o expediente ou no fim de semana.”

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