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Executive Director Talenses & Managing Partner Talenses Group
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Como se adaptar às mudanças do mercado de trabalho?

Teremos que conviver com gerações 100% digitais e desenvolver novas habilidades constantemente. A chave para isso está na vontade de aprender

Por Isis Borge, colunista de VOCÊ RH
Atualizado em 15 dez 2020, 13h13 - Publicado em 20 nov 2020, 11h00

A geração alfa é aquela que nasceu a partir do ano de 2010, “no mesmo ano do lançamento do Ipad” como menciona Joe Nellis, professor da escola de negócios de Cranfield. Essa é uma geração tida como 100% digital, que enxerga o mundo através de uma tela. É uma geração que ainda não está no mercado de trabalho já que o indivíduo mais velho tem 10 anos de idade. Mas dentro de alguns anos os representantes da geração alfa entrarão fortemente no mercado de trabalho e tendem a causar mudanças no comportamento das organizações.

Os indivíduos da geração alfa tem a tecnologia de forma onipresente no seu dia a dia, tem o domínio da tecnologia, apresentam uma maior preocupação com o meio ambiente e ao mesmo tempo, algumas pessoas sugerem que possa ser uma geração de relações menos próximas, que continuará a se importar com o propósito e que priorizará mais o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Ao mesmo tempo, quando analisamos a evolução da tecnologia no mercado de trabalho, vemos um crescimento tecnológico de forma exponencial enquanto que a capacidade de adaptação e aprendizado cresce de uma forma linear. Claramente existe um gap (espaço) na adaptabilidade humana à toda essa evolução tecnológica, isso indica que teremos uma escassez de mão de obra quando se trata de conhecimentos digitais. E essa maior dificuldade está mais relacionada às gerações anteriores à geração alfa.

Aprender o tempo todo

“A economia digital deixará 30% de pessoas desqualificadas em 2030” segundo previsões de Rainer Strack da Boston Consulting Group. Ao mesmo tempo segundo uma publicação do Fórum Econômico Mundial, 50% do trabalho que é feito por humanos hoje passará a ser feito por máquinas em 2025. O covid de certa forma ajudou nesse processo de digitalização, segundo uma pesquisa da McKinsey tivemos o equivalente a cinco anos de progresso de transformação digital em apenas 60 dias.

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E como podemos nos adaptar a tudo isso que está por vir? Independentemente se somos da geração silenciosa, baby boomers, geração X, Y ou Z, precisamos mudar a nossa forma de aprender que consiste em ter uma curva de aprendizado mais rápida (o chamado “learning agility”) e a introduzirmos o conceito de aprendermos a aprender (a famosa expressão de “life long Learning”) Em suma, precisamos aprender o tempo todo e de forma mais rápida.

E essa é uma das principais razões que algumas universidades tradicionais vêm perdendo espaço para escolas que já adotam novas tecnologias de aprendizado, de cursos mais curtos, ministrados em pílulas, mais práticos e que são cursos normalmente relacionados à educação digital. O Google por exemplo anunciou que vai oferecer cursos de “graduação” de seis meses. São cursos que não tem o objetivo de substituir um curso superior mas que para as empresas de tecnologia terão o mesmo peso que os cursos tradicionais. Entre os cursos estão cursos de análise de dados, gestão de projetos e UX Designer.

Como se adaptar?

E se você leitor, assim como eu, tem uma carreira tradicional, o que devemos fazer para nos adaptarmos a tudo isso e não fazermos parte do percentual que ficará obsoleto? Vale lembrarmos que tendemos a viver mais, logo tendemos a estar ativos no mercado de trabalho por mais tempo, e com isso há grandes chances de estarmos nessa estatística.

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Se você quer melhorar as suas habilidades digitais, faça um plano nesse sentido, pesquise o que existe de cursos no mercado. Comece com os mais generalistas voltados para transformação digital e aos poucos vá se inserindo em cursos mais complexos. Eu acredito que nenhum conhecimento é perdido, fazer cursos de assuntos fora da caixa sempre trará benefícios. Vale a pena buscar conhecimento, ir atrás de novos cursos para conseguir se manter atualizado e se comunicar melhor com esses profissionais da geração alfa, que serão profissionais muito tecnológicos. Todo conhecimento nos ajuda a abrir a mente, exercitar o cérebro e trazer insights que possam ajudar a sugerirmos mudanças no nosso dia a dia.

Eu sempre vejo uma grande riqueza no convívio entre gerações, vejo que empresas que têm representantes de todas as gerações em ambientes diversos e inclusivos, tendem a ter uma maior capacidade de criar e inovar. Ao mesmo tempo é fato que existem conflitos geracionais no dia a dia e imagino que com a entrada da geração alfa nos ambientes corporativos teremos ainda mais mudanças por vir. E entendo que não só os profissionais sentirão essas mudanças mas muitas empresas precisarão adaptar seus produtos e serviços para continuarem existindo. E nós profissionais também devemos ter esse olhar atento de como nos adaptarmos, aos poucos, para continuarmos evoluindo profissionalmente.

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Isis Borge
(Divulgação/VOCÊ S/A)

 

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