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Isis Borge

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Executive Director Talenses & Managing Partner Talenses Group

Alta liderança: o que os investidores esperam

As empresas devem ir além dos relatórios financeiros: a governança, a longevidade do negócio e o perfil da liderança são pontos-chave.

Por Isis Borge, colunista da Você RH
Atualizado em 30 jun 2025, 14h01 - Publicado em 30 jun 2025, 14h00
Imagem de um empresário com o dedo indicador tocando no ícone de um foguete decolando representando sucesso nos investimentos.
 (Fasai Budkaew/Getty Images)
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De forma geral, investidores se interessam por empresas que têm potencial de expansão do negócio e de aumento de lucro, sem que isso gere um crescimento proporcional de custos operacionais. Ter um modelo de negócio escalável, com processos replicáveis e algum grau de previsibilidade nas receitas costuma atrair a atenção de quem investe.

A resiliência da companhia também é importante. Isso quer dizer o quanto essa empresa consegue manter a performance e se adaptar rapidamente em momentos desafiadores. O tema de governança também é ponto-chave: mesmo que a empresa seja pequena, é sinal de maturidade corporativa ter processos estruturados, um conselho consultivo, relatórios financeiros confiáveis e uma visão clara do conceito de conformidade.

Espera-se que a empresa esteja sendo gerida com base em princípios, valores e normas. Não deve haver sinais de fraudes ou situações que possam drenar o caixa da companhia ou expor a organização a uma crise reputacional.

Na sequência, vem a análise da visão de futuro para saber se o negócio caminha para a relevância ou a obsolescência.
Não precisa, necessariamente, ser um oceano azul, na ótica do teórico de negócios e professor de estratégia W. Chan Kim, da Coreia, mas precisa mostrar consistência. E, se for um mercado em declínio, espera-se que os executivos estejam liderando movimentos de diversificação e inovação que ajudem a garantir a longevidade da empresa.

Eles querem líderes que gerem valor sustentável

Além do modelo de negócio, investidores observam quem são as pessoas à frente da companhia. Têm mais valor os executivos com visão de longo prazo e histórico de execução consistente, além de habilidade para desenvolver sucessores e atrair, contratar e reter talentos. Afinal, o time certo é o que diferencia empresas medianas de negócios de alta performance.

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É fundamental, ainda, saber repassar a estratégia de forma clara para os acionistas, enquanto engaja e motiva as camadas da organização em um propósito comum. Outro ponto de atenção: abertura ao novo e disposição para aprender, experimentar e adotar novas ferramentas – como as de inteligência artificial – demonstram preparo para liderar no presente e no futuro.

Investidores querem ver que os executivos não estão apenas pensando no bônus do ano, mas sim em gerar valor sustentável. Parece óbvio, contudo ainda é comum encontrar líderes priorizando seus próprios interesses. Ter mecanismos de alinhamento, como participação acionária, metas de longo prazo e cultura de prestação de contas ajuda a agregar segurança para quem está investindo.

No processo de preparar a liderança, o RH tem um papel central. Na ótica técnica, todos devem ser treinados em conhecimentos financeiros para saber mensurar e comunicar o impacto de suas ações no lucro da companhia. E tão importante quanto isso é investir no desenvolvimento das competências comportamentais. Estimular a visão de negócio, a comunicação estratégica e a inteligência emocional é um caminho.

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Expor os executivos a conselhos consultivos, mentorias externas, vivências com investidores e ciclos de feedback estruturados ajuda a ampliar a consciência sobre o impacto da atuação desses profissionais. Esse desenvolvimento deve ser contínuo, com incentivo ao uso de tecnologias e ferramentas de apoio à gestão.

Em resumo: as empresas que estão pensando em atrair investidores devem ir além dos relatórios financeiros e voltar sua atenção para o perfil da liderança. Investidores buscam confiar nas pessoas que conduzem a organização para terem a segurança de que o capital será aplicado de forma estratégica.

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Este texto é parte da edição 98 (junho e julho) da Você RH. Clique aqui para conferir outros conteúdos da revista impressa.

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