Dia das Mães: Assine a partir de 10,99/mês
Imagem Blog

Isis Borge

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Executive Director Talenses & Managing Partner Talenses Group

Como se adaptar às mudanças do mercado de trabalho?

Teremos que conviver com gerações 100% digitais e desenvolver novas habilidades constantemente. A chave para isso está na vontade de aprender

Por Isis Borge, colunista de VOCÊ RH
Atualizado em 15 dez 2020, 13h13 - Publicado em 20 nov 2020, 11h00
Placa com a inscrição "time for change"
Pandemia nos convida a refletir sobre a inconstância do mundo (Alexas_fotos/Pixabay/Divulgação)
Continua após publicidade

A geração alfa é aquela que nasceu a partir do ano de 2010, “no mesmo ano do lançamento do Ipad” como menciona Joe Nellis, professor da escola de negócios de Cranfield. Essa é uma geração tida como 100% digital, que enxerga o mundo através de uma tela. É uma geração que ainda não está no mercado de trabalho já que o indivíduo mais velho tem 10 anos de idade. Mas dentro de alguns anos os representantes da geração alfa entrarão fortemente no mercado de trabalho e tendem a causar mudanças no comportamento das organizações.

Os indivíduos da geração alfa tem a tecnologia de forma onipresente no seu dia a dia, tem o domínio da tecnologia, apresentam uma maior preocupação com o meio ambiente e ao mesmo tempo, algumas pessoas sugerem que possa ser uma geração de relações menos próximas, que continuará a se importar com o propósito e que priorizará mais o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Ao mesmo tempo, quando analisamos a evolução da tecnologia no mercado de trabalho, vemos um crescimento tecnológico de forma exponencial enquanto que a capacidade de adaptação e aprendizado cresce de uma forma linear. Claramente existe um gap (espaço) na adaptabilidade humana à toda essa evolução tecnológica, isso indica que teremos uma escassez de mão de obra quando se trata de conhecimentos digitais. E essa maior dificuldade está mais relacionada às gerações anteriores à geração alfa.

Aprender o tempo todo

“A economia digital deixará 30% de pessoas desqualificadas em 2030” segundo previsões de Rainer Strack da Boston Consulting Group. Ao mesmo tempo segundo uma publicação do Fórum Econômico Mundial, 50% do trabalho que é feito por humanos hoje passará a ser feito por máquinas em 2025. O covid de certa forma ajudou nesse processo de digitalização, segundo uma pesquisa da McKinsey tivemos o equivalente a cinco anos de progresso de transformação digital em apenas 60 dias.

E como podemos nos adaptar a tudo isso que está por vir? Independentemente se somos da geração silenciosa, baby boomers, geração X, Y ou Z, precisamos mudar a nossa forma de aprender que consiste em ter uma curva de aprendizado mais rápida (o chamado “learning agility”) e a introduzirmos o conceito de aprendermos a aprender (a famosa expressão de “life long Learning”) Em suma, precisamos aprender o tempo todo e de forma mais rápida.

Continua após a publicidade

E essa é uma das principais razões que algumas universidades tradicionais vêm perdendo espaço para escolas que já adotam novas tecnologias de aprendizado, de cursos mais curtos, ministrados em pílulas, mais práticos e que são cursos normalmente relacionados à educação digital. O Google por exemplo anunciou que vai oferecer cursos de “graduação” de seis meses. São cursos que não tem o objetivo de substituir um curso superior mas que para as empresas de tecnologia terão o mesmo peso que os cursos tradicionais. Entre os cursos estão cursos de análise de dados, gestão de projetos e UX Designer.

Como se adaptar?

E se você leitor, assim como eu, tem uma carreira tradicional, o que devemos fazer para nos adaptarmos a tudo isso e não fazermos parte do percentual que ficará obsoleto? Vale lembrarmos que tendemos a viver mais, logo tendemos a estar ativos no mercado de trabalho por mais tempo, e com isso há grandes chances de estarmos nessa estatística.

Se você quer melhorar as suas habilidades digitais, faça um plano nesse sentido, pesquise o que existe de cursos no mercado. Comece com os mais generalistas voltados para transformação digital e aos poucos vá se inserindo em cursos mais complexos. Eu acredito que nenhum conhecimento é perdido, fazer cursos de assuntos fora da caixa sempre trará benefícios. Vale a pena buscar conhecimento, ir atrás de novos cursos para conseguir se manter atualizado e se comunicar melhor com esses profissionais da geração alfa, que serão profissionais muito tecnológicos. Todo conhecimento nos ajuda a abrir a mente, exercitar o cérebro e trazer insights que possam ajudar a sugerirmos mudanças no nosso dia a dia.

Continua após a publicidade

Eu sempre vejo uma grande riqueza no convívio entre gerações, vejo que empresas que têm representantes de todas as gerações em ambientes diversos e inclusivos, tendem a ter uma maior capacidade de criar e inovar. Ao mesmo tempo é fato que existem conflitos geracionais no dia a dia e imagino que com a entrada da geração alfa nos ambientes corporativos teremos ainda mais mudanças por vir. E entendo que não só os profissionais sentirão essas mudanças mas muitas empresas precisarão adaptar seus produtos e serviços para continuarem existindo. E nós profissionais também devemos ter esse olhar atento de como nos adaptarmos, aos poucos, para continuarmos evoluindo profissionalmente.

Quer ter acesso a todos os conteúdos exclusivos de VOCÊ RH? É só clicar aqui para ser nosso assinante.

Foto de Isis Borge
(Divulgação/VOCÊ S/A)

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Impressa + Digital

Receba Você RH impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.