Relâmpago: Assine Digital Completo por 2,99
Imagem Blog

Isis Borge

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Executive Director Talenses & Managing Partner Talenses Group

Profissões obsoletas: estudo aponta riscos da transformação tecnológica

Uma das tendências principais do Relatório do Futuro do Trabalho tem relação com o conceito de "sociedade de inúteis", explorado no livro "Homo Deus".

Por Isis Borge, colunista de VOCÊ RH
Atualizado em 17 jan 2025, 15h19 - Publicado em 17 jan 2025, 15h17
Foto de vários Funcionários descendo a escada do escritório.
 (Robert Daly/Getty Images)
Continua após publicidade

Recentemente, o Fórum Econômico Mundial publicou o novo Relatório do Futuro do Trabalho. Sempre acompanho essa publicação porque a vejo como um estudo que destaca uma série de tendências que deveriam estar no radar de líderes e liderados interessados em fazer mais e melhor para que carreiras e organizações não se tornem obsoletas.

Uma das tendências que mais chamam a atenção no relatório é a da transformação tecnológica.

A expansão do acesso digital e a adoção de IA e sistemas autônomos estão remodelando o mundo do trabalho. Estima-se que 86% das empresas esperam que a IA e o processamento de informações transformem seus negócios até 2030.

Contudo, essa revolução é uma faca de dois gumes. Enquanto funções como especialistas em IA, machine learning e análise de big data estão entre as que mais crescerão, ocupações como caixas, assistentes administrativos e operadores de dados estão em declínio acentuado.

O relatório revela que quase metade das tarefas realizadas atualmente será transformada, com uma divisão mais equilibrada entre tarefas feitas por humanos, máquinas e colaborações híbridas. O desafio será encontrar maneiras de complementar as capacidades humanas com a tecnologia, em vez de substituí-las completamente.

Profissões obsoletas

Quando penso nessa questão na obsolescência, sempre lembro da primeira vez que li o livro Homo Deus, do Yuval Noah Harari, e me deparei com o conceito de “sociedade de inúteis”. Na época, fiquei chocada, mas reflexiva. Na obra, o autor argumenta que, com o progresso da tecnologia, especialmente em IA e robótica, muitas profissões atualmente desempenhadas por humanos se tornarão obsoletas.

Continua após a publicidade

Essa realidade pode levar ao surgimento de uma classe de pessoas economicamente “inúteis”, não porque elas não tenham valor como seres humanos, mas porque o mercado de trabalho não terá mais espaço para suas habilidades. Esse grupo seria composto por indivíduos que tiveram suas ocupações automatizadas e não conseguiram se reinventar no novo contexto. Veja alguns pontos que ele defende:

Automação e desemprego em massa

A automação não apenas transforma trabalhos repetitivos e manuais, mas também profissões intelectuais, como advogados, médicos e até mesmo artistas, devido à crescente capacidade de máquinas para aprender e tomar decisões complexas.

Revolução nas habilidades exigidas

No futuro, será essencial ter habilidades que máquinas não conseguem replicar, como criatividade avançada, adaptabilidade e inteligência emocional. No entanto, a requalificação de milhões de pessoas será um grande desafio.

Desigualdade crescente

A concentração de riqueza e poder nas mãos de quem controla as tecnologias avançadas pode agravar ainda mais as desigualdades sociais, criando uma divisão entre uma elite tecnológica e o restante da população.

Continua após a publicidade

Relevância é essencial

Mais do que o desemprego, Harari argumenta que a questão central será a relevância. Sem emprego, as pessoas podem sentir que perderam seu papel social, o que pode levar a crises de identidade e significado.

Cultura e entretenimento como “sedativos”

Harari sugere que, em um cenário em que uma parte significativa da população não encontra ocupação no mercado de trabalho, governos e indústrias podem recorrer ao entretenimento, jogos e experiências virtuais para manter essas pessoas ocupadas e tranquilas.

O autor não vê esse futuro como inevitável, mas como uma possibilidade a ser refletida e debatida. Ele enfatiza a importância de criar soluções que incluam essas pessoas no novo tecido social, seja por meio de políticas públicas, novas formas de ocupação ou até a reestruturação da economia e do conceito de trabalho.

Compartilhe essa matéria via:

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

ECONOMIZE ATÉ 82% OFF

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 2,99/mês

Impressa + Digital

Receba Você RH impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$35,88, equivalente a R$ 2,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.