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Rafael Souto

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CEO e fundador da Produtive, consultoria especializada em gestão e transição de carreira, e membro do conselho da Amcham.

De RH a agente de mudança: redefinindo a cultura do trabalho

O protagonismo de carreira é o caminho para uma força de trabalho resiliente, inovadora e comprometida. E recursos humanos deve liderar essa transformação.

Por Rafael Souto, colunista da VOCÊ RH
8 nov 2024, 14h28
Foto de um Labirinto sendo resolvido.
 (XtockImages/Getty Images)
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Já não é de ontem que o cenário corporativo vem exigindo uma profunda reflexão sobre a cultura de trabalho e o papel dos recursos humanos como motor dessa transformação.

Mais do que nunca, a cultura organizacional precisa ser não apenas um reflexo da identidade da empresa, mas um catalisador para o desenvolvimento contínuo dos colaboradores.

Nesse contexto, o protagonismo de carreira, estimulado por uma cultura de desenvolvimento, surge como um dos principais alicerces para construir uma força de trabalho engajada, adaptável e inovadora.

O desafio da cultura tradicional

Historicamente, muitas organizações mantiveram culturas de trabalho focadas em hierarquias rígidas, nas quais o desenvolvimento de carreira era algo esperado, mas não necessariamente incentivado de maneira ativa.

Os profissionais de RH, por vezes, se limitaram a papéis administrativos ou de suporte, cuidando de processos seletivos, treinamentos genéricos e gestão de benefícios. No entanto, com a evolução do mercado e as demandas por um ambiente de trabalho mais dinâmico, essa abordagem tem sido amplamente revisitada, e não à toa tanto se fala em “RH estratégico” nos últimos anos.

Agora, as coisas ganham uma urgência ainda maior nesse repensar; afinal, as novas gerações que ingressam no mercado de trabalho trazem consigo expectativas diferentes, valorizando ambientes que oferecem oportunidades claras de crescimento, aprendizado contínuo e, principalmente, autonomia para gerir suas próprias carreiras.

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Nesse sentido, a transformação da cultura organizacional passa pela adoção de uma mentalidade que encoraje o protagonismo dos colaboradores, criando um ambiente onde o desenvolvimento pessoal e profissional seja constantemente fomentado.

Mas aí entra um embate que você, RH, com certeza já viveu: cultura é um projeto da área de recursos humanos? É só conversar com alguns profissionais da área para entender que um processo de transformação cultural envolve muito mais do que apenas uma área.

O RH como fomentador de transformação

Longe disso, sabemos que o papel do RH é o de arquitetar essa nova cultura, agindo como facilitadores e, especialmente, embarcando a liderança no processo de mudança. A chave para isso está em integrar as iniciativas de desenvolvimento de carreira à estratégia organizacional, garantindo que o crescimento dos colaboradores esteja alinhado com os objetivos da empresa.

Uma das principais formas de fazer isso, claro, é por meio das lideranças. Os líderes têm uma influência direta sobre a experiência e o desenvolvimento dos seus times, e é essencial que estejam preparados para atuar como mentores e coaches nesse processo. Isso implica diretamente a necessidade de treinar e capacitar as lideranças para que elas possam identificar e estimular o potencial de cada colaborador, criando planos de desenvolvimento personalizados que não apenas atendam às necessidades da empresa, mas também às aspirações individuais dos colaboradores.

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É também papel do RH rever processos internos que remetam à cultura antiga. Por exemplo, regras muito rígidas para movimentos de carreira, autorização do líder para que uma pessoa participe de um processo, regras de tempo de casa para poder mudar de posição. É hora de revisar processos, regras que jogam o indivíduo para o antigo plano de carreira velho, obsoleto e com cheiro de naftalina.

Em outras palavras, para mudar a cultura, o RH tem de ser um articulador também de processos internos que favoreçam isso, e também um promotor de novos desenhos organizacionais, arquiteturas mais flexíveis, como a carreira em nuvem, onde a pessoa pode contribuir lateralmente, rever regras em que o indivíduo fica muito rígido para poder contribuir com outra área, ou seja, favorecer movimentos que ajudem o protagonismo dessa cultura desejada. E o resumo desses dois temas, rever processos e favorecer novos desenhos organizacionais, são manifestações práticas para sustentar a filosofia da cultura de um novo mundo do trabalho.

Fomentando o protagonismo de carreira

O conceito de protagonismo de carreira envolve a capacidade dos profissionais de assumirem o controle de seu próprio desenvolvimento, tomando decisões conscientes sobre suas trajetórias e buscando ativamente as oportunidades de aprendizado e crescimento. Para que isso seja uma realidade, é fundamental que a empresa ofereça um ambiente que suporte e incentive essa postura.

Aqui, o RH tem um papel crucial na criação de políticas e programas que promovam essa cultura de protagonismo. Isso pode incluir a oferta de ferramentas e recursos para autodesenvolvimento, como plataformas de streaming, programas de mentoring e coaching, além de iniciativas de feedback contínuo. O objetivo é criar uma cultura na qual os colaboradores se sintam capacitados e encorajados a explorar novas competências, assumir novos desafios e, consequentemente, avançar em suas carreiras.

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O RH, ao assumir um papel de liderança nessa transformação, pode não apenas contribuir para a criação de um ambiente de trabalho mais positivo e engajador, mas também garantir que a empresa esteja bem posicionada para atrair, reter e desenvolver os talentos de que precisa para ter sucesso.

O protagonismo de carreira, apoiado por uma cultura de desenvolvimento, é o caminho para construir uma força de trabalho resiliente, inovadora e comprometida com o sucesso a longo prazo da organização. Cabe aos profissionais de RH liderarem essa transformação, integrando as melhores práticas de desenvolvimento à cultura organizacional e capacitando as lideranças. Assim, as empresas poderão construir um futuro onde o desenvolvimento contínuo e o sucesso dos colaboradores caminham lado a lado com os objetivos corporativos.

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