aniella Moura emendou um desafio no outro. Há três anos, quando atuava como gerente de recursos humanos da Natura, foi convidada a se mudar de São Paulo para Buenos Aires para assumir o cargo de diretora de RH para a América Latina na empresa. Na época, ela encarou o desafio depois de avaliar duas vertentes: a profissional, com uma promoção que fazia sentido para sua trajetória de carreira, e a pessoal, já que queria proporcionar uma vivência internacional para sua família. “Fiz todo um combinado com meu marido e meu filho, que decidiram me acompanhar. E foi incrível — uma das melhores experiências da minha vida”, conta.
Em março de 2021, outra oportunidade surgiu: a possibilidade de voltar ao Brasil e ocupar a posição de diretora de recursos humanos da Avon, que pertence à Natura &Co desde 2020. “Eu já tinha entregado grande parte dos meus desafios na América Latina”, afirma. “Além disso, havia uma questão pessoal, já que eu tinha conversado com minha família de passarmos um tempo determinado fora, que não duraria para sempre”, conta ela, que acumulou as duas funções durante o período de transição.
Para Daniella, essa motivação de se adequar às mudanças em busca de mais significado tem a ver com a crença de que seu propósito é “fazer o bem conectando e orientando pessoas” — além da formação em administração, a executiva também é coach. “Continuo no segmento de recursos humanos principalmente por acreditar que posso fazer diferença na sociedade em que vivo”, afirma ela, que atua na área há 20 anos, 15 deles na Natura &Co.
O desafio
Desde a integração à Natura em 2020, a Avon vem passando por um realinhamento para aderir à cultura organizacional do grupo. E o papel do RH nesse contexto é estratégico. De acordo com Daniella, suas prioridades permeiam ações em três grandes eixos da companhia: cultura organizacional, transformação organizacional e diversidade e inclusão. “Quando falamos de transformação, nos referimos a modos de trabalho, a como nos conectar de um jeito mais ágil, com menos hierarquia e maior autonomia dos funcionários para a tomada de decisão”, afirma.
Este trecho faz parte de uma reportagem da edição 78 (fevereiro/março) de VOCÊ RH. Clique aqui para se tornar nosso assinante