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Relações humanas são a nova vantagem competitiva, afirma Esther Perel

A psicoterapeuta e escritora belga, responsável pelo podcast Where Should We Begin, falou para 500 líderes e profissionais de RH no Flash Humanidades.

Por Redação
27 Maio 2025, 14h35
Fotografia do evento.
 (Flash/Divulgação)
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Em sua primeira visita ao Brasil, a psicoterapeuta e escritora Esther Perel foi a grande atração da quarta edição do Flash Humanidades, encontro promovido pela Flash, plataforma de gestão da jornada de trabalho. O evento, realizado no hotel Unique, em São Paulo, na última quinta-feira, reuniu mais de 500 líderes e profissionais de RH e teve como tema central “Além da tecnologia: o poder das emoções nas organizações”.

Reconhecida mundialmente por seu trabalho com relacionamentos e dinâmicas interpessoais, Esther trouxe ao palco uma perspectiva diferente sobre o futuro do trabalho, as transformações culturais nas empresas e a centralidade das relações humanas no ambiente corporativo. Logo no início de sua fala, foi categórica: “O futuro do trabalho não é algo distante. Está acontecendo agora. Grandes revoluções tecnológicas sempre geram incerteza — e estamos vivendo isso plenamente”.

Fotografia do evento.
Evento foi promovido pela Flash, plataforma de gestão da jornada de trabalho. (Flash/Divulgação)

Com livros traduzidos em mais de 30 idiomas e um dos podcasts mais escutados do mundo, Where Should We Begin, Esther Perel tem compartilhado sua experiência como psicoterapeuta com grandes organizações globais. Durante sua participação no Flash Humanidades 2025, ela abordou temas fundamentais como pertencimento, reconhecimento, confiança e a chamada “economia de identidade”.

“Costumávamos trabalhar principalmente para ganhar a vida. Ainda trabalhamos para ganhar a vida, mas muitos trabalhamos para ter um sentido na vida. Isso é algo muito diferente. Tanto o casamento quanto o trabalho costumavam ser economias de produção. Você tinha filhos, você ganhava a vida. E tudo se resumia ao que você produzia”, explicou. 

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E, segundo Esther, mudamos para algo que ela classifica como fenomenal, que é esperarem que o trabalho seja um lugar onde as pessoas vão experimentar propósito, pertencimento, significado, realização e comunidade. 

Habilidades relacionais

Ao discutir a transformação das chamadas soft skills em competências estratégicas, Esther Perel propôs uma mudança de paradigma. “Habilidades relacionais não são acessórios, são o novo resultado final. Representam a vantagem competitiva das empresas”, declarou. Segundo ela, a inteligência relacional será cada vez mais valorizada nas organizações contemporâneas.

Ao ser questionada sobre os impactos da inteligência artificial nas relações humanas, a psicoterapeuta introduziu o conceito de “atrofia social”. “Estamos perdendo a capacidade de lidar com o improviso, com o outro. A vida digital nos oferece interações preditivas e sem atrito, mas estamos esquecendo como lidar com os solavancos da vida real”, alertou, sendo ovacionada de pé pelo público.

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A especialista também abordou questões urgentes como saúde mental no trabalho e diversidade. Para Esther, é necessário que as empresas vão além do compliance e criem rituais de conexão entre colaboradores. “Essas coisas sempre foram feitas, não apenas de forma abstrata. Cada cultura tem rituais e práticas que ajudam as pessoas a se unirem, se conectarem e construírem algo juntas. Não há razão para que as empresas não sigam essa trajetória que foi definida em todas as culturas há séculos”, ressaltou.

Defensora da diversidade e inclusão

Ao falar sobre diversidade, ela destacou a importância de reconhecer a complexidade dos diferentes grupos dentro das organizações. “Levar a vida toda para o trabalho é inevitável. Precisamos criar espaços de apoio e também de escuta mútua entre quem vive realidades diferentes”, defendeu.

Em um dos momentos mais emblemáticos de sua participação, Esther Perel propôs uma solução simples e poderosa para fortalecer os relacionamentos no trabalho: contar histórias. “Uma boa cultura organizacional é feita de boas histórias. Se você promove engajamento, terá alto desempenho. E as histórias são o tecido que sustenta esses vínculos”, disse. Para incentivar essa prática, ela lançou recentemente o jogo Where Should We Begin: At Work, que convida colegas a compartilharem experiências em equipe.

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Ao encerrar sua participação, Esther Perel deixou uma reflexão sobre o ritmo acelerado das transformações no mundo do trabalho. “Dentro de dois ou três anos, algo imenso vai acontecer. E ninguém será capaz de prever. Por isso, é urgente criar pequenos grupos significativos — lugares onde possamos suprir nossas necessidades mais humanas”.

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