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Conselhos estão se tornando mais estratégicos e relevantes, mostra estudo

Segundo especialistas, isso cria um novo mercado e exige conselheiros mais preparados para lidar com uma agenda temática mais ampla.

Por Redação
23 abr 2025, 12h23
Fotografia de balões de papéis coloridos.
 (Richard Drury/Getty Images)
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Os conselhos das empresas brasileiras deixaram de ser instâncias protocolares e estão se tornando mais estratégicos, efetivos e relevantes na tomada de decisões corporativas. É o que mostrou a 12ª edição de uma pesquisa anual da Korn Ferry sobre governança.

“Isso cria um novo mercado, demanda mais dedicação de tempo e exige conselheiros cada vez mais preparados para lidar com a complexidade dos negócios e com uma agenda temática mais ampla”, afirma Jorge Maluf, sócio sênior da Korn Ferry, em comunicado à imprensa.

Um fator que reforça a profissionalização dos conselhos é o aumento da avaliação formal dos colegiados. Em 2022, 54% das empresas adotavam esse processo. Hoje, são 62%. Esse crescimento seria um indício de que as organizações estão se dedicando mais a compreender a relevância dos comitês e aumentar o controle do board sobre si mesmas.

“Ainda há empresas que fazem [a avaliação formal] apenas por obrigação regulatória, sem compromisso real com a melhoria da governança“, afirma Maluf. “Mas o avanço é claro, e a tendência é que essa prática se consolide nos próximos anos.”

Atuação dos conselhos

A pesquisa também identificou um aumento na frequência das reuniões dos conselhos. Hoje, os conselhos brasileiros realizam 12 reuniões anuais, em médio. É um número superior ao praticado nos Estados Unidos e nos países europeus, por exemplo, onde os encontros costumam ser trimestrais ou bimestrais.

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Se antes as grandes decisões eram feitas exclusivamente pelos controladores e CEOs, agora passam efetivamente pelos conselhos. Segundo Maluf, dois fatores explicam essa mudança. Em primeiro lugar, os controladores estão gradativamente deixando as posições executivas e passando a atuar no conselho. Em segundo, “muitos aceitaram maior diluição da propriedade para financiar o crescimento, o que abriu espaço para os acionistas minoritários […] orientarem as práticas de governança”.

O estudo também mostrou que a presença de comitês de assessoramento está crescendo, principalmente os de estratégia e inovação – o que está diretamente relacionado ao aumento da relevância e do poder de influência dos conselhos nas decisões de negócio.

Diversidade nos conselhos

Ela ainda deixa a desejar, embora esteja aumentando. A pesquisa da Korn Ferry mostrou que 20% dos membros dos conselhos são mulheres, um número inferior ao registrado nos EUA (25%) e na Europa (39%). Entre os conselheiros independentes, 26% eram mulheres no ano passado. Hoje, esse número caiu para 23%.

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“Ainda estamos longe dos padrões internacionais, até porque em muitos países da Europa há cotas obrigatórias para diversidade nos conselhos, o que acelera esse processo [de diversificação]”, afirma Maluf. “No Brasil, esse crescimento ocorre de forma mais lenta e voluntária, mas já há sinais de mudança.”

A diversidade entre os conselhos brasileiros deve aumentar nos próximos anos, ao menos em companhias de capital aberto, por conta das novas exigências da B3.

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