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Conheça os benefícios da mentoria reversa

Cinco executivos revelam os ganhos que tiveram ao receber insights de jovens profissionais

Por Karina Fusco
Atualizado em 5 dez 2020, 19h12 - Publicado em 30 abr 2018, 12h09

Ter um mentor para agregar conhecimentos à carreira é uma aspiração comum de quem quer se desenvolver profissionalmente. E não são apenas os mais experientes que podem inspirar os mais novos. Prova disso são os programas de mentoria reversa, cada vez mais comuns nas empresas, em que diretores e CEOs aprendem com os iniciantes. “Além de melhorar a comunicação com o público interno e a atração de talentos para a marca, a prática faz com que os gestores entendam o mercado e tenham informações importantes para liderar”, afirma Raphael Falcão, diretor da consultoria Hays Response e Experts. “Isso permite atrair um público diferente, que vai ser importante para a marca e para o negócio no futuro.” Veja o que cinco líderes aprenderam com seus jovens mentores.

 

A comunicação pode ser mais inclusiva

“Tanto nas experiências que vivenciei na Argentina como aqui no Brasil, meus jovens mentores me inspiraram a olhar de forma diferente para algumas questões da empresa, entre elas a comunicação. Entendi como é importante saber usar o tom certo nas diferentes situações. Às vezes, sem perceber, a dinâmica com que conduzíamos as reuniões fazia com que as mulheres se sentissem excluídas. Então, passei a guiar as conversas de forma mais inclusiva e vejo que não só elas, mas todos os funcionários estão mais à vontade para falar e participar. Os jovens querem uma liderança mais inspiracional e os executivos mais experientes podem assumir esse papel. Vi também que precisamos ter canais formais e informais para que todas as pessoas possam se expressar – e que isso faz com que elas sejam mais felizes no trabalho. Hoje, vejo que é possível ter um ambiente com pessoas mais sensíveis, solidárias, acolhedoras e inclusivas.” Fabian Gil, presidente para a América Latina da Dow

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Alessandro Belgamo, da Microsoft: “Percebi como a nova geração busca feedback contínuo e quer ter as metas muito claras” | Rodrigo Dionisio/Frame ()

Flexibilidade para mudar e evoluir

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“Com o programa de mentoria reversa, implantado no ano passado, percebi como a nova geração busca feedback contínuo e quer ter as metas muito claras. O senso de colaboração dos jovens é maior e eles desejam que seu trabalho tenha um propósito. Uma grande lição foi que a flexibilidade é capaz de trazer muitos benefícios. Após um insight de uma mentora, percebemos como a nossa reunião de início de ano com diretores e clientes poderia ser mais atrativa. No passado, os clientes participavam apenas da parte final. Agora, são integrados no início do evento. Com a simples inversão no processo, houve maior interação e o resultado foi mais satisfatório. As mudanças físicas também terão um toque da nova geração. Vamos criar um comitê para definir como serão os ambientes em nosso novo espaço. Queremos que as novas instalações representem a nossa cultura contemplando todas as gerações. Tudo isso é reflexo da mentoria, que nos faz evoluir.” Alessandro Belgamo, diretor de estratégia de negócios da Microsoft Brasil


 

Rodolfo Taboada Linhares, da IBM: “O processo foi essencial para eu definir, como gestor, uma nova forma de dar coaching” | Carlos Della Rocca (Alev Takil/Unsplash)

Reaprender a dar coaching

“Um dos pontos positivos que pude perceber nesse primeiro programa do qual participei foi a importância da inclusão. Ouvi a história de uma colaboradora que enfrentou discriminação racial desde a infância e, ao entrar no mercado de trabalho, teve experiências que a fizeram perceber que o seu crescimento profissional, diferentemente do de outros funcionários, dependeria também da cor da sua pele. Na IBM, ela verificou que sua competência seria o único critério para avançar na carreira. Como gestor, ouvir e entender suas dificuldades foi essencial para definir uma nova forma de dar coaching, poder ajudá-la e instruí-la de maneira natural. É importante trabalhar para que as oportunidades sejam iguais para todos, levando em consideração as dificuldades que essas pessoas tiveram e ainda têm na sociedade.” Rodolfo Taboada Linhares, diretor de tecnologia e de serviços de Tecnologia da Informação da IBM para América Latina


 

Pius Hornstein, da Sanofi: “Um dos aprendizados foi que podemos dar mais voz aos jovens e melhorar a comunicação bilateral” | Ken Chu ()

A gestão pode ser mais ágil e inovadora

“Um dos principais aprendizados que o programa de mentoria reversa, implantado na companhia em 2016, me trouxe foi de que podemos dar mais voz aos jovens profissionais e melhorar a comunicação bilateral. Dessa forma, conseguimos reter talentos, construir um plano de sucessão sólido e dar mais agilidade e inovação à nossa gestão. Esse tempo trabalhando junto com minha mentora trouxe valiosos insights para meu jeito de liderar. Hoje, os negócios são mais digitais e acelerados, assim como a troca de informação. Essa agilidade e flexibilidade das gerações mais novas contribuem muito para o estilo de liderança que queremos estimular na Sanofi.” Pius Hornstein, diretor geral da Sanofi

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Lair Hanzen, da Yara: “Vejo a reflexão, por parte da alta gestão, em relação aos modelos mentais já estabelecidos” | Alf Ribeiro ()

Aprender e ensinar sempre

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“A mentoria tem sido uma forma dinâmica, prática e interessante de me manter aprendendo, ensinando e colaborando. O programa formal de mentoria na Yara Brasil ainda é recente, mas já identificamos ganhos interessantes relacionados ao comportamento e posicionamento do grupo de trainees, por exemplo. O nível de maturidade deles aumentou significativamente e essas interações entre mentor e mentorado proporcionaram um coeficiente de crítica, visão sistêmica e responsabilidade perceptíveis. Também vejo a reflexão, por parte da alta gestão, em relação aos modelos mentais já estabelecidos e que, por vezes, norteiam nossa atuação. Com essa relação mais próxima com os jovens, aprendemos que o conhecimento é algo orgânico, fluido e contínuo.” Lair Hanzen, presidente da Yara Brasil e vice-presidente da Yara International

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