Revitalizado há dois anos, o Farol Santander, edifício histórico do centro de São Paulo, tem um novo habitante: a Pi, fintech de investimentos online do banco Santander. Com 120 funcionários, a startup ficava em um coworking na Avenida Berrini, na zona sul da capital paulista. Até que Sergio Rial, presidente do Santander, decidiu transformar os andares ociosos do Farol em um complexo de startups.
“Quando ele me contou sobre a ideia, fomos ouvir o time. Fizemos uma pesquisa anônima e tivemos 70% de aprovação para a mudança”, diz o CEO Felipe Bottino. As principais preocupações da equipe eram facilidade de transporte, oferta de restaurantes e segurança. Havia ainda demanda por iluminação natural, pelo fim do carpete e por cápsulas de trabalho individuais.
“Tudo foi feito com 100% de apoio dos funcionários. Eles odiaram o primeiro projeto, por exemplo, de um escritório francês. Então, nós trocamos de arquiteto”, conta Felipe. A obra de 400 metros quadrados levou cinco meses para ficar pronta e apostou na mistura de itens modernos com antigos. Além das paredes de tijolos dos anos 50 à vista, há peças do mobiliário do extinto Banespa, como o relógio que aparece na foto da matéria.
“O antagonismo reflete nossa essência: somos uma fintech dentro de um grande banco”, resume o CEO. Com o novo endereço, a Pi economizou 60% em aluguel, o que vai lhe permitir oferecer produtos financeiros até 20% mais baratos do que os de corretoras da Faria Lima. A satisfação com o escritório, que antes era de 75%, saltou para 90%.
“É legal trabalhar num lugar icônico, com exposições de arte. Quando Tarsila para Crianças estava em cartaz, cruzávamos com a garotada pelos corredores. É um ambiente muito rico.” Além do Farol, o Santander reformou dois prédios vizinhos, criando o que apelidou de “quarteirão dos investimentos”. O objetivo do banco é transformar a região numa espécie de Times Square brasileira.
Quer trabalhar em um lugar assim? Dá uma olhada: