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Ana Bernal é advogada criminal, palestrante, colunista, consultora e professora. Atua também como diretora-secretária geral da diretoria executiva da OAB São Paulo
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Os impactos da maternidade na vida e na carreira das mulheres

Mesmo com as mulheres ocupando muito espaço no mercado de trabalho, a maternidade ainda é um desafio. Mas empresas e famílias podem mudar essa realidade

Por Ana Bernal, colunista de VOCÊ RH
22 Maio 2021, 08h00

A mulher ficou confinada por séculos, dedicando-se exclusivamente ao cuidado da casa e dos filhos. Foi depois da primeira guerra mundial que as mulheres passaram a ganhar aos poucos o espaço no mercado de trabalho, no Brasil a inserção da mulher no mercado de trabalho foi tardia e, quando homens foram para frente de batalhas e retornaram com sequelas, e muitos vieram a óbito.

As mulheres não tiveram seus direitos inicialmente assegurados e havia uma enorme exploração da mão de obra feminina, ganhando menos que os homens e com carga horária muito superior, sendo exposta a insalubridade. Foi a Constituição de 1934 que garantiu jornada diária de oito horas, equiparação salarial, descanso semanal, férias remuneradas, licença-maternidade remunerada, proibição de mulheres em trabalhos insalubres, assistência médica e sanitária às gestantes, e impediu que fossem demitidas no período gestacional.

De lá em diante, as leis trabalhistas sofreram diversas alterações, assegurando direitos da mulher no ambiente profissional. Assim, ao longo dos tempos as mulheres, vieram conquistando paulatinamente espaço na sociedade e sua presença no mercado se consolidaram. Atualmente as mulheres no Brasil já são a maioria da população e uma grande parte é responsável pelo sustento de sua família. O que torna essa realidade repleta de desafios, ao tentar conciliar vida pessoal, profissional, com o papel de mãe, em especial a maternidade.

Ainda há obstáculos

Mas a desigualdade de gênero ainda existe e cria vários obstáculos para as mulheres no mercado de trabalho, e, ao se ampliar este papel da mulher no mercado de trabalho, mudaram-se conceitos de ser mulher, e surgiu a questão de a mulher retardar, a maternidade. Com o surgimento da pílula, a gravidez passou a não ser mais uma obrigação para elas e, sim uma opção, e com o auxilio da medicina, esta passou a ser planejada e muitas vezes desejada. E hoje a escolha da mulher em ter filhos depende daquilo que ela está envolvida e valorizando naquele momento, de suas preocupações em evoluir a carreira, ou em deixar passar o período fértil.

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Assim, a maternidade é um desafio para as mulheres, pois ainda exista a questão da dupla jornada e elas são, em maioria, as únicas responsáveis pelas tarefas domésticas e cuidado com os filhos. O resultado é que o percentual de mulheres executivas sem filhos é maior do que o de homens (45% executivas, para 19,3% dos homens).

Percebe-se que para os homens o trabalho e família são complementares. Para a mulher, as duas áreas são demasiadamente importantes, entrando muitas vezes, em conflito e, por esse motivo, cada vez mais brasileiras adiam a maternidade, para ter filhos após os 40 (quarenta) anos de idade. O Ministério da Saúde mostrou que as mulheres, que optaram pela maternidade após esta idade (40), aumentou para 49,5% em 20 anos.

Observamos que muitas vezes as mulheres carregam um sentimento de culpa, por supostamente, estar falhando como mães, ou profissionais. São sentimentos ambíguos, entre a carreira e a maternidade, que obriga a maioria das mulheres a se tornar equilibrista para conciliar as duas coisas de forma muito inspiradora. Afinal, as mulheres atualmente querem a conquista do sucesso profissional, estabilidade financeira, para então decidir formar uma família.

O desafio da maternidade

A maternidade, por vezes, vem como uma escolha para a mulher, entre filhos e carreira, entre esperança e medo, o que a maioria das profissionais sentem quando decidem ser mães. As mulheres que querem ter filhos, ainda sentem a necessidade de adiar a maternidade por receio de perder oportunidades enquanto tentam conciliar carreira e família. E dados apontam que uma maioria das profissionais deixa o emprego após o nascimento do primeiro filho

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Nesse sentido, algumas empresas estão preocupadas em reter seus talentos e desenvolvem políticas e programas que atendem a necessidades da mulher, proporcionado que ela concilie a vida profissional, pessoal e o papel de mãe, tais como, creche, espaço de amamentação, entre outros.

Entendemos que com uma divisão de tarefas de forma mais justa e parceria dentro do ambiente familiar, mais mulheres deixariam de ter dificuldade em conciliar trabalho e afazeres domésticos para  se dedicar a conquistas e a cargos sonhados – e isso também é fundamental para a mudança social.

Assinatura de Ana Bernal
(VOCÊ RH/Divulgação)
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