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Diana Gabanyi

Por The School of Life Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
CEO da The School of Life

40% dos profissionais não veem a colaboração como cultura da empresa

E isso é preocupante. Sem apoio mútuo, há risco de competição desleal à procura de protagonismo. E falta de sincronia nas equipes.

Por Diana Gabanyi, colunista de VOCÊ RH
Atualizado em 18 abr 2025, 18h43 - Publicado em 18 abr 2025, 17h30
Dois balões que se conectam.
 (Richard Drury/Getty Images)
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Recentemente, tive a oportunidade de acompanhar a gravação de um comercial de televisão cinematográfico.
Para entregar 30 segundos de um filme de grande impacto, 90 pessoas participaram das gravações in loco. Com tempo cronometrado para gravar – máximo de oito horas –, presenciei a colaboração acontecer de perto, em uma jornada que teve início às 4 horas da manhã.

Vi todos em um comprometimento coletivo para atingir um objetivo macro. Era nítido o empenho conjunto para concluir a tarefa na hora certa, no tempo que o personagem principal tinha disponível, com a luz do dia favorável para a gravação… Parecia não haver espaço para que todo o esforço e os milhões investidos na produção fossem em vão. E, realmente, não foram.

Com o passar das horas, como é de se esperar em projetos de trabalho mais desafiadores, deu para sentir que a equipe começava a dar sinais de cansaço e estresse. No entanto, tão logo uma atitude ou fala mais ríspida se manifestava, sempre surgia um colega que ainda armazenava um pouco de serenidade para apaziguar a situação e ajudar todos a reencontrar o eixo.

A colaboração minimiza as consequências da desorganização

Sim, situações de estresse são possíveis até mesmo nas equipes mais alinhadas. Tenho notado isso em muitos grupos corporativos. É algo normal. Somos humanos. Cada um de nós reage de maneiras diferentes ao esgotamento físico, mental e emocional, mas, se não houvesse colaboração, as desorganizadas reações poderiam se proliferar, colocando tudo a perder.

Enquanto observava toda essa colaboração, que fazia 90 pessoas trabalharem juntas e de maneira sincronizada, fiquei pensando como seria produtivo se, no dia a dia das organizações, o trabalho sempre fluísse dessa maneira. Para ir mais a fundo, conversei com algumas pessoas daquela equipe. Eu queria tentar entender como aquela colaboração acontecia.

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O papel do líder

A resposta se resume em: um líder agregador, que se comunica bem com a equipe e sabe ouvir o que os outros têm a dizer. Alguém que transmite com clareza e objetividade informações sobre a função de cada membro, o que é esperado de cada profissional e qual é o impacto da ação individual no todo. Metas, objetivos e reconhecimentos também são fatores bem definidos e propagados.

Para mim, ficou claro que a baixa qualidade da comunicação e colaboração são fatores que têm deixado muita gente infeliz no trabalho. É como se uma situação conduzisse à outra. A má comunicação tende a fazer com que equipes operem em uma dinâmica de incertezas, suposições, fofocas e interpretações equivocadas. É uma rotina com grandes chances de induzir as pessoas a trabalhar de maneira individualizada, em uma competição interna pouco saudável. Tudo isso, no final de cada dia, pode resultar em erros e retrabalhos.

Vale destacar que, de acordo com uma pesquisa da The School of Life em parceria com a Robert Half, mais de 40% dos 774 profissionais entrevistados não reconhecem a colaboração como parte da cultura da empresa em que atuam. Outro dado indica que apenas 43,81% dos 387 líderes e 34,48% dos 387 liderados acreditam que em suas companhias há comunicações adequadas a respeito de informações importantes, como metas, objetivos, mudanças, orientações e atualizações diversas.

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São dados que me preocupam, pois aprendi com as boas ideias da psicologia e filosofia que circulam pela The School of Life que, como humanos, somos criaturas naturalmente limitadas. E é quando colaboramos que temos a oportunidade de, confiando na habilidade do outro, superar nossas próprias fraquezas. Unimos forças, perspectivas e talentos individuais em uma trama de conquistas compartilhadas.

Tem a ver com reconhecer que, em conjunto, ultrapassamos em muito o que poderíamos realizar sozinhos. É quando experimentamos a dinâmica em que o triunfo de um contribui para o sucesso de todos. Abrimos espaço para que o nosso egoísmo seja superado por uma lealdade maior. Afinal, disse Aristóteles: “O todo é maior do que a soma das partes”.

Como trilhar esses caminhos de crescimento e desenvolvimento sem uma boa comunicação? Eu não acredito que isso seja possível. E você?

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