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Psicóloga e professora de educação executiva da FGV, especialista em saúde mental corporativa e dependências tecnológicas
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Por que o psicólogo é o profissional mais importante do momento

A psicologia está ganhando protagonismo na pandemia por ser uma ciência fundamental no combate ao crescimento das doenças mentais

Por Edwiges Parra, colunista de VOCÊ RH
Atualizado em 24 ago 2021, 19h29 - Publicado em 20 abr 2021, 08h00

Passados 59 anos desde a formalização da profissão de psicólogo, a ciência da psicologia assume seu lugar como protagonista no apoio para a sociedade brasileira lidar com a maior crise humanitária de saúde dos últimos 100 anos. A temática está tão em alta que a psicologia foi uma das três carreiras com o maior aumento na concorrência da Fuvest de 2020, ficando atrás apenas de medicina e fisioterapia.

A psicologia ainda é nebulosa para aqueles que a entendem como uma ciência subjetiva. Para deixar o conceito mais claro e combater distorções cognitivas (erros conceituais de aprendizagem), crença e estigmas, trago aqui uma descrição da Psicologia.

Começo pela etimologia da palavra, que nos apresenta a origem e o significado correto sobre aquilo que desejamos saber. A raiz da palavra Psicologia é grega, sendo que “psyché” significa alma ou mente, e, “logia”: estudo ou conhecimento. Assim, podemos entender o termo como a ciência que faz o “estudo da alma” ou ao “conhecimento da mente”.

Muitos filósofos e pensadores gregos, egípcios, indianos e chineses se preocuparam em investigar e descrever o funcionamento da mente humana. Porém, no ocidente, a psicologia enquanto ciência foi estabelecida pelo alemão Wilhelm Wundt.

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 O que a psicologia estuda?

 Segundo a APA (American Psychological Association), a psicologia é responsável pelo estudo da mente e do comportamento humano, englobando todos os aspectos da experiência humana e de seus processos cognitivos. No campo de estudo, entram facetas do comportamento observável, que se refere às atividades que desenvolvemos diariamente, como estudar, dormir, trabalhar, praticar esportes e a forma como nos relacionamos com outras pessoas, por exemplo. Há também as atividades internas, menos perceptíveis ou tangíveis, representadas pelos processos subjetivos (não palpáveis) e privados, como pensamentos, emoções, sonhos e memórias, entre outros.

Atualmente, a psicologia pode ser entendida tanto como uma ciência quanto como uma profissão. A ciência preocupa-se em expandir o campo de estudo investigando as evidências empíricas e formulando novas teorias ou reformulando as teorias já existentes.

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As áreas de atuação da psicologia e os preconceitos enfrentados

A psicologia atua em diversas áreas como: Saúde Mental, Trânsito, Social, Educacional, Esportes, Hospitalar, Jurídica, Social, Neuropsicologia, Orientação Vocacional, Meio Ambiente e na área Organizacional e do Trabalho – esta última tem pouca expressividade no Brasil devido ao preconceito sobre sua efetividade nas relações do trabalho. O que é exatamente o oposto de países como Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Alemanha e Suíça. Por lá, estudos sobre as relações de trabalho, saúde mental dos trabalhadores, síndrome de burnout, regulação emocional e produtividade têm bastante relevância.

O curioso – e um tanto dicotômico – é que as áreas da administração e de recursos humanos são admiradores das teorias e metodologias ligadas às questões do universo da psicologia, tais como Inteligência Emocional, Comunicação Não Violenta, Plano B, Segurança Psicológica, Cultura Organizacional e Teoria da Motivação representadas pelos psicólogos Adam Grant, Daniel Goleman e Marshall B. Rosenberg.

A Psicologia Organizacional se ocupa em aplicar a psicologia aos problemas organizacionais. Não lida diretamente com os problemas emocionais dos indivíduos, mas o psicólogo tem condições de diagnosticar uma situação que necessite de um acompanhamento.

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Além disso, visa compreender o comportamento do indivíduo e o movimento das relações humanas com o objetivo de aumentar a qualidade de vida das pessoas no ambiente de trabalho. O foco dessa área, portanto, são a pessoas e seu bem-estar psicológico.

O interesse por compreender o mecanismo cognitivo do ser humano vem seduzindo outras ciências como Medicina, Economia, Neurociência, Tecnologia, Nutrição, Inteligência Artificial e outras áreas, desde Moda e Consumo, passando por Marketing e Games. Isso porque se notou a importância de estudar o cognitivismo – a crença de que boa parte do comportamento humano explica como as pessoas pensam a partir da forma como interpretam o mundo a sua volta.

A influência da crise 

A crise econômica de 2014 no Brasil em 2014 trouxe aumento expressivo do índice de desemprego e, consequentemente, gerou sérios prejuízos à saúde mental dos trabalhadores e, consequentemente, da sociedade. Tanto que o índice de afastamento por diagnóstico de transtornos mentais em 2016, segundo o INSS, assumiu o posto de 3º lugar.

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Além disso, naquele mesmo ano a depressão representou 37,8% dos casos de afastamentos por transtornos mentais e comportamentais registrados e foi a terceira maior causa de afastamentos registrada pelo INSS. Outras causas de afastamentos são: estresse, ansiedade, transtornos bipolares, esquizofrenia e transtornos mentais relacionados ao consumo de álcool e cocaína. Em 2016, 199.000 pessoas se ausentaram do trabalho e receberam benefícios relacionados a estas enfermidades.

As empresas não estavam preparadas para lidar com esse cenário de doenças invisíveis, não compreendidas, cheias de tabus e de preconceitos.

A avalanche de doenças mentais na pandemia

No ano da pandemia, a concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez devido a transtornos mentais e comportamentais bateu recorde. Em 2020, foram 576.600 afastamentos, segundo dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho — uma alta de 26% em relação ao registrado em 2019.

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Quando olhamos para o auxílio-doença, os afastamentos por causa de transtornos mentais, como depressão e ansiedade, registraram a maior alta entre as principais doenças indicadas como razão para o pedido do benefício. O número de concessões passou de 213.200 em 2019 para 285.200 em 2020 – um crescimento de 33,7%, que superou os problemas osteomusculares e do sistema conjuntivo e, até, as lesões causadas por fatores externos, como os acidentes de trabalho.

Infelizmente, os prejuízos à saúde mental serão ainda mais sentidos nos próximos dois a cinco anos. Por isso, as empresas devem contemplar em seus planos de recuperação e crescimento os cuidados efetivos na promoção da saúde mental, o que pode ser feito com a contratação de profissionais especializados em saúde mental para dar apoio a seus funcionários garantindo um ambiente saudável e sustentável.

O objetivo dos psicólogos é melhorar as condições humanas, orientando-se por princípios éticos que devem evitar problemas e danos às pessoas em seu ambiente de trabalho, O que queremos é ajudar as pessoas e as organizações a atingir seus objetivos, com equipes motivadas e saudáveis.

Estamos aqui para isso. Contem conosco!

Assinatura Edwiges Parra
(VOCÊ RH/Divulgação)
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