Assine VOCÊ RH por R$2,00/semana
Edwiges Parra Psicóloga e professora de educação executiva da FGV, especialista em saúde mental corporativa e dependências tecnológicas
Continua após publicidade

Precisamos falar sobre saúde mental no trabalho

Há cada vez mais pessoas deprimidas, estressadas e ansiosas. Entenda por que a crise econômica piora ainda mais esse cenário

Por Edwiges Parra, colunista de VOCÊ S/A
19 fev 2020, 12h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A psicologia está ganhando muita relevância neste mundo da Quarta Revolução Industrial (ou Nova Economia). Essa ciência cognitivo-comportamental – que estuda, entre outras coisas, o pensamento, a personalidade, os sentimentos e as sensações físicas provocadas pelas emoções – é indispensável para os tratamentos de saúde mental, um tema sobre o qual nunca se falou tanto.

    Publicidade

    O assunto começou a ser discutido no mundo corporativo em 2017, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma campanha mostrando que as empresas são responsáveis por promover a saúde mental dos funcionários. Desde então, a preocupação com o tema tornou-se presente em eventos e congressos do mundo todo.

    Publicidade

    Tanto que, no ano passado, o Fórum Econômico Mundial debateu o assunto e mostrou que os problemas de saúde mental custaram 2,5 trilhões de dólares globalmente (devido à queda de produtividade, aposentadorias precoces e despesas com tratamentos médicos).

    Aqui no Brasil, o INSS concedeu mais de 74 000 benefícios por afastamento no trabalho a pessoas com diagnóstico de transtornos de ansiedade nos últimos dois anos. A Organização das Nações Unidas (ONU) ressalta que alguns dos principais fatores de risco para saúde mental dos profissionais são assédio (moral ou sexual), bullying, excesso de trabalho, jornadas inflexíveis e ameaças de desemprego, por exemplo.

    Publicidade

    Trazendo a perspectiva global, mais de 300 milhões de pessoas sofrem com a depressão, principal causa de incapacidade. Além disso, mais de 260 milhões vivem com transtornos de ansiedade. Muitas dessas pessoas vivem com ambos os transtornos, de acordo com a OMS.

    Continua após a publicidade
    • Relacionadas

    O impacto da crise econômica

    Publicidade

    No Brasil, há um fator que aumenta os problemas de saúde mental: a crise econômica. Sentir-se assombrado pelo desemprego tornou-se um gatilho responsável para disparar sintomas ligados ao estresse e ansiedade. A crise tem sido um estopim para acionar e vivenciar a situação gatilho o tempo todo. Além disso, muitos enfrentam altas doses diárias de emoções como medo, angústia, frustração, receio, raiva, desmotivação, descontentamento e desesperança.

    Não é à toa que, segundo dados da OMS de 2017, 18 milhões de brasileiros convivem com a ansiedade, o equivalente a 9,3% da população – a maioria dos casos acomete as mulheres. Além disso, ainda de acordo com a OMS, 12 milhões de brasileiros (ou 5,8% da população) sofrem de depressão. Esta é a maior taxa da América Latina e a segunda maior das Américas, atrás apenas dos Estados Unidos.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Estima-se que entre 20% e 25% da população teve, tem ou terá depressão, sendo essa a doença psiquiátrica com maior prevalência no Brasil. Não por acaso, a OMS alerta que a depressão vai se tornar a doença mais incapacitante até 2020, ops… e o ano já chegou!

    Por isso, faço um convite a todos os líderes e funcionários que estão lendo essa coluna:  sem qualidade de vida pessoal e profissional, o bem-estar mental acabará irremediavelmente prejudicado. E minha missão, como nova colunista da VOCÊ S/A, é ajudar você a encontrar esse equilíbrio

    Publicidade
    (Divulgação/VOCÊ S/A)
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Você RH impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.