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Isis Borge

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Executive Director Talenses & Managing Partner Talenses Group
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Dia das Crianças: como contribuir para o futuro profissional dos filhos?

Um bom presente é mostrar, com a abordagem certa para cada idade, as oportunidades de carreira que esses "executivos do amanhã" podem encontrar na vida.

Por Isis Borge, colunista de VOCÊ RH
Atualizado em 9 out 2024, 18h14 - Publicado em 9 out 2024, 18h10
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  • Imagem de uma criança pequena brincando com uma garra robótica feita de papelão e seringa.
     (pinstock/Getty Images)

    Com a chegada do Dia das Crianças, é comum pensarmos em presentes e formas de comemorar a data. Entendo, porém, que esse também é um momento para pensarmos além: estamos preparando nossas crianças para o futuro? Em meio a tantas mudanças no mercado de trabalho, é fundamental que elas conheçam, desde cedo, as diversas possibilidades de profissões que existem, considerando funções novas, tradicionais e aquelas que estão às vésperas de surgir.

    Deveríamos abordar mais o tema com as crianças, de uma forma lúdica com os pequenos e mais realista e aprofundada com os adolescentes. O importante é que eles entendam a imensidão do mundo corporativo. E, muito importante: que nessa abordagem eles entendam que está tudo bem trilhar caminhos profissionais totalmente diferentes daqueles escolhidos pelos adultos ao redor – e que não existe mais “profissão de menino ou de menina”.

    É legítimo querer que nossas crianças tenham estabilidade financeira ou um caminho mais seguro. Mas impor escolhas, sem convidá-las a refletir sobre desejos, paixões e habilidades pessoais, é a receita certa para criarmos uma geração profissional de adultos frustrados, que viverão no modo automático. Podemos trocar a imposição pelo estímulo e a orientação para que pequenos, adolescentes e jovens se preparem adequadamente para desempenharem as funções escolhidas no melhor nível e irem em busca dos melhores reconhecimentos, inclusive financeiros.

    Para profissionais do futuro, carreiras do futuro

    Nessas conversas, recomendo a abordagem sobre a necessidade de desconstruir estereótipos de profissões tradicionais e abrir espaço para discutir novas carreiras. Mostre como, por exemplo, as áreas de sustentabilidade, bem-estar e tecnologia estão criando novas oportunidades, ou como departamentos altamente técnicos têm sido brilhantemente liderados por mulheres.

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    É importante lembrarmos, inclusive, que a maioria das profissões está sofrendo mudanças significativas de maneira acelerada, e os estudos do futuro do trabalho indicam fortemente que uma parcela significativa de profissões novas existirá quando a Geração Alfa chegar ao mercado de trabalho. Vale lembrar que esses futuros profissionais são nativos digitais, e a forma como estão acostumados a se conectar com o mundo é diferente, comparada a gerações anteriores. É vital que o mercado de trabalho se mantenha alinhado a isso.

    Ao apresentarmos essas possibilidades de maneira adaptada para cada faixa etária, ajudamos a formar adultos mais conscientes, reflexivos e preparados para fazer escolhas que estejam alinhadas com seus interesses e habilidades. Lembrando, também, da possibilidade de estimular o empreendedorismo e todas as habilidades técnicas para essa jornada, como conhecimento financeiro, de marketing e de vendas, por exemplo.

    Por muitos anos, o ensino regular tradicional preparou pessoas para serem colaboradores das empresas, sem mencionar a possibilidade de empreenderem. As novas gerações, no entanto, têm crescido questionando fortemente o status quo, desbravando o mundo corporativo com suas ideias, suas reivindicações e suas startups interessadas em resolver diferentes dores de empresas e pessoas.

    Abordagens diferentes para crianças e adolescentes

    Especificamente com relação a crianças menores, a conversa sobre profissões pode ser abordada de uma forma bem leve, quase como uma brincadeira. Podem ser jogos que simulem profissões e histórias sobre diferentes áreas de atuação. Até mesmo visitas a ambientes de trabalho, quando possível, são formas de introduzir conceitos no pensamento dos pequenos. O importante é despertar a curiosidade e mostrar que o trabalho pode ser divertido e satisfatório.

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    A conversa com os adolescentes, por outro lado, pode ser mais realista e aprofundada. Fale sobre as diferentes carreiras, as habilidades técnicas e comportamentais exigidas para cada área e o que o mercado tem valorizado no perfil dos profissionais. Lembrando, porém, que a ideia não é impor uma escolha precoce, mas sim oferecer informações que possam guiar os jovens rumo a suas próprias decisões.

    Educação financeira, habilidades de comunicação, resolução de problemas e trabalho em equipe são competências que podem ser desenvolvidas desde cedo. Isso também é possível com relação à inteligência emocional para lidar melhor com desafios, conquistas, frustrações e ansiedade, com atenção especial à própria saúde mental e o respeito com o outro.

    Como adultos, temos um papel crucial no desenvolvimento profissional das crianças, dos adolescentes e dos jovens que nos rodeiam. Não apenas com relação ao que ensinamos, explicamos e orientamos, mas também pelo exemplo. Como falamos sobre trabalho em casa? Estamos abertos a discutir novas possibilidades e a explorar juntos o que o futuro pode reservar? Qual é o nosso posicionamento diante da empresa, do líder e dos colegas que fazem parte do nosso dia a dia?

    Neste Dia das Crianças (e sempre), vale investir tempo nessas reflexões e práticas. Afinal, o melhor presente que podemos oferecer a quem estamos conduzindo é a liberdade de escolher os próprios caminhos, de maneira consciente e preparada.

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