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Isis Borge Executive Director Talenses & Managing Partner Talenses Group
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O que fazer depois de uma demissão? Dez passos para dar a volta por cima

A notícia de uma demissão sempre gera um baque no psicológico e na autoestima. Entenda quais são as atitudes para conseguir superar esse momento

Por Isis Borge, colunista de VOCÊ RH
26 mar 2021, 12h57
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  • Não existe nenhum demérito em ter sido demitido. Todos estamos sujeitos a uma demissão pelas mais diversas razões. Ainda que você se sinta responsável pela situação, identifique os aprendizados, levante a cabeça e siga em frente com a certeza de que é uma fase natural na carreira de muitas pessoas e que, em breve, o cenário pode mudar, principalmente se você tiver estratégia na busca pela recolocação.

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    Pensando nisso, segue um guia com um checklist de ações que você pode colocar em prática nessa fase:

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    1. Aceite a situação sem ficar se martirizando

    Compartilhe a situação com as pessoas que são importantes para você. Esteja aberto ao acolhimento de quem está próximo. Esconder que foi demitido é uma das piores coisas a se fazer. Guardar rancor do antigo empregador também não ajuda em nada. Busque entender os motivos que causaram o seu desligamento. Avalie se houve sinais de demissão que você não enxergou a tempo.

    2. Faça um plano de contingência

    Em geral, o tempo médio de recolocação demora de dois meses a um ano. Em alguns casos, um pouco mais. Como você não sabe quanto tempo a fase vai durar, reveja todos os seus gastos e corte tudo que não for essencial. Tente renegociar todos os gastos fixos que forem permanecer. Essa é uma boa fase para reavaliar a necessidade de alguns supérfluos que, às vezes, levam o nosso dinheiro sem que a gente perceba. Também nos ajuda a dar mais importância para coisas que não custam dinheiro.

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    3. Atualize seu currículo

    Uma das principais dicas de currículo é: não padronize o documento. Para cada vaga é importante personalizá-lo com palavras-chave e qualificações e informações que estejam alinhadas com a oportunidade. Outra dica importante está relacionada ao tamanho. Seja qual for o seu tempo de carreira, é aconselhável que o currículo tenha, no máximo, duas páginas – três em casos muito extremos. No lugar de reduzir um que já esteja pronto, sugiro começar a produzir outro do zero.

    4. Atualize o seu Linkedin

    Caso você não tenha uma conta nessa rede social profissional, essa deve ser uma prioridade. No preenchimento da página, tenha atenção especial na inserção das seguintes informações:

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    Ao escolher uma foto, prefira alguma em que você esteja sorrindo, que passe uma imagem positiva. Sugiro, ainda, que você preencha todos os campos que forem sendo sugeridos pela rede social até aparecer a expressão “perfil campeão”. Isso tende a potencializar a visibilidade do seu perfil.

    No LinkedIn é possível participar de grupos. Inscreva-se no maior número de grupos possíveis entre os que tenham relação com o seu perfil e com os seus objetivos de carreira. Na dúvida, escolha os que tenham o maior número de participantes. Geralmente, ao procurar indicações de profissionais, as pessoas visualizam até o terceiro nível de conexão e, também visualizam os membros dos grupos dos quais participam.

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    Com o perfil já atualizado, amplie o número de conexões, mas sempre com algum critério. Procure adicionar pessoas conhecidas, as que atuam no seu setor ou em empresas que sejam seu alvo. Quanto maior a sua rede, maior a visibilidade do seu perfil para essas pessoas e para as conexões dessas pessoas também.

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    5. Ative o networking

    Criar e manter o networking é um passo importantíssimo! As pessoas precisam saber que você está em busca de uma nova oportunidade profissional. Reative contatos com ex-gestores, pares, subordinados, colegas de faculdade, pós-graduação, de entidades de classe e de grupos de temas profissionais que você tenha participado. Fale com tranquilidade sobre a demissão e que está prospectando novas oportunidades de mercado. A maior parte das pessoas se recoloca por indicações de conhecidos.

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    6. Faça um plano de carreira

    Esse é o momento para elaborar ou revisar o seu plano de carreira. Se você pudesse escolher, onde trabalharia? Em qual função? Por que escolheria essas empresas? O que te chama atenção nelas? Guiado por essas perguntas, faça uma lista de empresas e funções target, aquelas que serão o seu alvo. E mapeie pessoas em comum que possam trabalhar nessas companhias ou conhecer alguém que trabalhe nelas. Com gentileza, humildade e bom senso, peça ajuda. Há muitos caminhos estratégicos para entrar em contato com um possível contratante. Acompanhe as vagas abertas por essas empresas que são públicas e cadastre o seu currículo no trabalhe conosco dessas companhias.

    É importante mencionar que o período de recolocação também é uma oportunidade de avaliar a possibilidade de mudar o rumo da carreira. Já pensou, por exemplo, em empreender? Também existem oportunidades em consultorias, no mundo acadêmico, em conselhos consultivos, entre tantos outros caminhos. Já vi casos de muitas pessoas em que o desemprego as colocou em um caminho diferente, não óbvio, em um primeiro momento, mas que as fizeram felizes.

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    7. Conheça-se

    Faça uma análise sincera das habilidades que precisam ser desenvolvidas em você. Corra atrás desse aperfeiçoamento. Pode ser por meio de cursos, pedindo ajuda de um profissional ou pegando dicas com alguém que tenha a habilidade que você precisa. Lembre que, nos tempos atuais, existem muitos cursos gratuitos, aplicativos e sites sobre os mais diversos temas.

    8. Prepare-se para os processos seletivos

    Toda sexta-feira, eu coloco aqui no blog dicas que podem te ajudar em diferentes fases da carreira, incluindo fases importantes como os processos seletivos. Além do blog, eu acho sempre bem ricas as reportagens da revista Você RH, que sempre apresenta análises muito atuais e úteis sobre o mercado de trabalho. O LinkedIn também é uma ótima fonte de informações sobre processos seletivos. Mas você também pode dedicar um tempo para fazer testes de autoconhecimento e aprimorar o seu aprendizado para se sair bem nos próximos processos seletivos.

    9. Esteja disponível

    Esteja atento ao seu telefone celular, não deixando de retornar ligações perdidas. Acompanhe o seu e-mail e a caixa de mensagens do LinkedIn e das redes sociais em geral. Assim você não correrá o risco de perder contatos. Como recrutadora, já passei pela frustrante experiência de não conseguir colocar um candidato no processo por não ter conseguido entrar em contato com ele mesmo após diversas tentativas de contato.

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    10. Enquanto espera, invista no seu bem-estar

    No mais, aproveite o tempo livre para investir em você. Faça coisas que te deixem bem ou que você não tinha tempo de fazer, ressignifique a sua vida e o seu dia a dia. Em geral, novos começos são bons se encarados como uma nova fase. Pode ser muito difícil perder o sobrenome profissional por um tempo, as pessoas costumam sentir orgulho de falar eu sou o fulano da empresa X.

    Aproveite a fase para pensar em como ser uma pessoa melhor em todos os sentidos e esteja preparado, pois, em breve, outro ciclo irá iniciar. Leia livros, assista coisas que te façam bem. Isso te deixará mais leve e fortalecido para estar bem nos processos seletivos futuros.

    Nesse período de pandemia e desemprego, tenho visto também algumas pessoas enfrentando quadros de depressão. Observe-se. Caso perceba que algum pensamento não está sendo bom e que você pode estar tendo alguma dificuldade para mudar a forma de ver as coisas, não hesite em pedir ajuda!

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    Nessa fase também é comum que você desperte o interesse por profissionais que trabalham no mercado de recolocação, como headhunters, job hunters, coaches e profissionais de outplacement. Antes de aceitar ajuda, porém, procure entender qual é a diferença entre eles e, então, defina qual deles é o mais indicado para te ajudar.

    Espero que esse checklist possa ajudar de alguma forma nessa fase. E faço votos para que, em breve, você esteja em uma nova fase profissional.

    Assinatura de Isis Borge
    (VOCÊ RH/Divulgação)

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