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Rafael Souto

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CEO e fundador da Produtive, consultoria especializada em gestão e transição de carreira, e membro do conselho da Amcham.

Uso excessivo da IA está reduzindo nossa capacidade de pensar e inovar

Estudo do MIT aponta: se a inteligência artificial se torna substituta do pensamento crítico, podemos estar no caminho de uma obsolescência cognitiva.

Por Rafael Souto, colunista da VOCÊ RH
8 jul 2025, 18h07
Ilustração de um boneco de corda.
 (CSA Images/Getty Images)
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Em meio à revolução da inteligência artificial, um novo debate surge, tão importante quanto a própria inovação: o impacto do uso constante da IA na nossa capacidade de pensar, criar e inovar. Recentemente, um estudo do MIT levantou uma questão crucial: será que, ao delegarmos cada vez mais tarefas cognitivas à IA, estamos, sem perceber, diminuindo o nível de engajamento do nosso próprio cérebro?

A verdade é que a conveniência da inteligência artificial é inegável. Ela nos oferece respostas rápidas, automatiza processos complexos e nos liberta de tarefas repetitivas. Mas essa facilidade tem um custo. Ao terceirizarmos nosso raciocínio, nossa curiosidade e até mesmo nossa busca por conhecimento, corremos o risco de entrar em um modo de “piloto automático” mental.

Pense em mentes brilhantes como a de Albert Einstein. Você imagina Einstein terceirizando suas complexas teorias e hipóteses? Não. Ele dedicava tempo, pesquisa e profundo engajamento mental para amadurecer suas ideias, para testar suas convicções. A capacidade de formular uma pergunta complexa, de buscar respostas em diferentes fontes, de conectar pontos aparentemente desconexos e de persistir na pesquisa é o que move a verdadeira sabedoria.

E é exatamente essa capacidade que pode ser comprometida se não utilizarmos a IA com sabedoria. O perigo não está na ferramenta em si, mas na forma como a utilizamos. Se a IA se torna um substituto para o pensamento crítico, para a análise profunda e para a curiosidade inerente ao ser humano, estamos no caminho de uma obsolescência cognitiva preocupante.

Cérebros preguiçosos

Em um cenário no qual a inovação e a capacidade de solucionar problemas complexos são diferenciais competitivos, ter profissionais com cérebros “preguiçosos” é um risco enorme. Se nossas equipes perdem a habilidade de questionar, de explorar novas perspectivas, de desenvolver hipóteses e de amadurecer decisões, a empresa como um todo perde sua capacidade de inovar e de se adaptar.

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O desafio é encontrar o equilíbrio. A inteligência artificial é uma força transformadora, e negá-la é um erro. No entanto, usá-la sem consciência de seus potenciais efeitos colaterais na nossa cognição é um risco ainda maior. Precisamos garantir que a IA seja uma ferramenta para nos tornar mais inteligentes, curiosos e engajados, e não menos.

Que tal usarmos a IA para potencializar nossa mente, e não para nos tornar menos pensantes? O futuro da nossa inteligência coletiva depende das escolhas que fazemos hoje e, se seguirmos no rumo atual, a inteligência artificial gerará mais “emburrecimento” do que inteligência, de fato.

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