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Vívian Rio Stella

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Doutora em Linguística pela Unicamp. Idealizadora, curadora e professora da VRS Academy, pesquisa e desenvolve trabalhos voltados à lifelong learning

Entenda por que a pressa é a principal inimiga da comunicação

A pressa para se comunicar leva a mal-entendidos, retrabalho e perda de tempo. Saiba o que fazer para evitar esses problemas

Por Vívian Rio Stella, colunista de VOCÊ RH
17 jun 2021, 09h00
Imagem mostra mulher oriental, de óculos, em frente ao notebook, mordendo um lápis
 (Jeshoots/Unsplash)
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É tal a sua pressa de comunicação

Que eles se esquecem

De aprender primeiro a expressar-se.

Mário Quintana

A ineficácia na comunicação pode ocorrer por inúmeros fatores: inconsistência das informações, pouco comprometimento com o ato de comunicar ou com o interlocutor, problemas de relacionamento, comportamentos não assertivos ou pressa. De todas essas causas, a última é a que mais tem afetado profissionais dos mais diferentes ramos de atuação e se reflete em todos os tipos de comunicação, sobretudo nos e-mails e nas mensagens rápidas, devido à frequência com que a ferramenta é utilizada.

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Na correria do dia a dia, em vez de reler um e-mail, enviamos o texto assim que escrevemos “Atenciosamente” sem ao menos verificar a clareza, a concisão, a organização e a escolha das palavras. Automatizamos essa prática a tal ponto que parece que lutamos contra o tempo na ânsia de responder o máximo de e-mails no mínimo tempo possível. O grande alerta é que tudo o que é enviado por e-mail fica registrado e pode se tornar: motivo de discussões e mal-entendidos; causador de retrabalho; comprovação em tomadas de decisões ou até em processos judiciais.

Diante de tantas atividades distintas, preferimos trocar infindáveis mensagens sobre um mesmo assunto, como se essas idas e vindas de e-mails significassem agilidade, em vez de usar alguns minutos para conversar por telefone ou pessoalmente e resolver mais rapidamente o problema. Chegamos até a nos incomodar com aquela pessoa que nos interrompe para perguntar algo direto e pontual e pensamos “por que ele não manda um e-mail para falar sobre isso?”.

Falta de preparo

Mas essa pressa não se restringe à comunicação por e-mail. Há quem tenha inúmeras reuniões e, na pressa, não se prepare nem para conduzi-las nem para participar delas. Consequentemente, as reuniões duram mais tempo do que deveriam, afinal, estão todos com pressa para fazer as atividades prévias à reunião e usam o tempo dela para entender o tema do encontro, sem efetivamente se debruçar sobre o problema, perdendo (ou alterando) o objetivo inicial.

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O problema da pressa e falta de preparo não resulta apenas em perda de tempo e objetividade. Muitas vezes, a apresentação a ser feita para um cliente ou para uma equipe é preparada na véspera, aos 45 do segundo tempo, já que, com tantas entregas, as pessoas alegam ser quase impossível parar para preparar alguns slides. Muitos pensam: Isso pode ser feito depois. O problema é que a falta de preparo adequada impacta o desempenho e a imagem de quem apresenta e da empresa, podendo gerar impressões negativas que podem até mesmo dificultar o fechamento de um potencial negócio.

O feedback, então, quando feito, pode não ter exemplos claros do que o colaborador precisa desenvolver ou o plano de ação para acompanhamento posterior. Um possível impacto disso é, num eventual desligamento, o colaborador alegar que faltou comunicação do líder e o líder contra-argumentar: eu comuniquei, dei o feedback no dia tal!

Esses exemplos de situações cotidianas no ambiente organizacional só comprovam que a pressa não é apenas inimiga da perfeição, ela também é inimiga da comunicação eficaz.

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Essa constatação deve servir como reflexão para sairmos desse círculo vicioso. Por isso, quando se sentir com pressa para comunicar, pare e avalie o retrabalho, os potenciais conflitos e o impacto negativo na sua imagem profissional. Só assim será possível definir melhor o objetivo da comunicação, recorrer estratégias de linguagem a favor da clareza e concisão, usar suas habilidades comunicativas na máxima potencialidade e, assim, garantir melhores resultados e mais conexão com as pessoas que interagem com você.

Assinatura de Vívian Rios
(VOCÊ RH/Divulgação)
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