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Vívian Rio Stella

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Doutora em Linguística pela Unicamp. Idealizadora, curadora e professora da VRS Academy, pesquisa e desenvolve trabalhos voltados à lifelong learning
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IA: letramento para ontem

Saber falar dessa tecnologia é tão importante quanto aprender a usá-la. E esse conhecimento pode fazer a diferença entre quem mantém ou perde o emprego.

Por Vívian Rio Stella, colunista da Você RH
3 set 2024, 17h02
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  • Uma mão de um robô próximo a teclas de um notebook
     (RyanKing999 / Getty Images/Reprodução)

    “Outro dia ficou fora do ar e eu me perguntei como trabalhar…”

    “Já não sei mais ficar sem…”

    “Tenho feito até roteiro de viagem e aula de inglês com IA.”

    Essas são algumas frases que me marcaram recentemente, em conversas com profissionais de diferentes áreas, sobre o uso de IA generativa, como ChatGPT, Gemini e tantos outros disponíveis.

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    Ao mesmo tempo, já ouvi frases como:

    “Mas você percebe quando alguém escreve usando IA?”

    “Será que não tem mesmo vieses em IA? E a ética como fica?”

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    “Vamos ficar mais ou menos inteligentes, usando IA?”

    E, nas grandes organizações, a discussão vem ocorrendo, até para decidir se vão ser criados modelos exclusivos para garantir a confidencialidade, se e em que contexto incentivar ou autorizar o uso – assim como há as que adotam com a maior euforia do mundo, como se todos os problemas fossem ser resolvidos.

    Tamanho é o interesse em entender como as pessoas têm (re)agido nesse mundo com IA que a Microsoft e o LinkedIn publicaram recentemente uma pesquisa sobre o uso da inteligência artificial no ambiente de trabalho.

     

    No estudo, 31 mil pessoas foram entrevistadas, em 31 países, incluindo o Brasil. Dentre os dados, três em cada quatro profissionais utilizam IA no seu dia a dia, facilitando tarefas, aumentando a criatividade e permitindo que as pessoas foquem no que realmente importa. No entanto, muitas pessoas têm medo de admitir que usam IA, receosas dos julgamentos das pessoas e até de que suas funções possam ser vistas como substituíveis pela tecnologia.

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    Essa preocupação é compreensível diante do novo. Resistir é um dos muitos comportamentos diante de algo que impacta nossos valores, nossos comportamentos e nossas relações com o que fazemos e com quem convivemos. 

    Mas é importante ressaltar que, no Brasil, temos pouco letramento digital, isto é, consumimos muito conteúdo, mas ainda precisamos entender mais sobre sua lógica de produção e como interpretar o que chega até nós. Os dados dizem muito sobre isso: 

    Não tem opção: o mundo será assim

    Como bem afirmou Carla Zotini em sua palestra no Summit de Segurança Psicológica, não teremos a opção de viver num mundo com ou sem IA, assim como não temos a opção de, hoje em dia, fazer cirurgias com ou sem anestesia. 

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    Mas diante de novas linguagens, novos modos de produção de conteúdos, constantes mudanças e hiperconectividade, é ainda mais valioso desenvolvermos pensamento crítico, sermos curadores do que acessamos, interpretarmos as informações com base no contexto em que ela é produzida e veiculada, sermos poliglotas na linguagem que circula em tantos canais e situações de interação. 

    Senão, nos restará uma posição de consumo passivo de conteúdos, um uso a partir de uma perspectiva ou apaixonada demais, dependente demais ou cética demais. O “ou” que nos coloca em posições opostas não contribui para o aumento do letramento e do uso consciente e criterioso dessa e tantas novidades que ainda estão por vir.

    Estar em contato com IA, informar-se, debater com as pessoas, experimentar para diferentes finalidades é uma das atitudes mais alinhadas à mentalidade de aprendizado por toda a vida. Ainda que gere desconfortos, que provoque confrontos com valores ou que nos coloque como aprendizes. Mas, sabendo se comunicar com ela e sobre ela, tudo fica mais fácil. 

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