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Por que somos bons em fazer melhor as coisas erradas

A aprendizagem transformacional é importante para sairmos de nossa bolha e vermos que é preciso abrir espaço para novas ideias

Por Rose Souza, CEO da Companhia de Idiomas
Atualizado em 24 out 2024, 08h05 - Publicado em 20 jan 2023, 06h59
A imagem mostra duas mãos rodeadas por nove borboletas
 (Annie Spratt/Unsplash/Divulgação)
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odos os dias eu me pergunto: “O que eu não estou vendo?”. Tenho medo de achar que, em vez de estar contribuindo para a disrupção, na verdade apenas faço algo como “juntando gente boa pra produzir DVDs cada vez mais bacanas, com processos mais simples, a um custo menor. E me empolgar tanto com tudo isso a ponto de não perceber que as pessoas não estão comprando DVDs há bastante tempo.”

“Nós somos muito bons em fazer coisas velhas e familiares mais rápido ou em fazer as coisas erradas melhor.” (Olli-Pekka Heinonen e Hermanni Hyytiälä)

Essa frase tem a ver com gestão, com liderança, e também com aprendizagem.  A aprendizagem incremental é aquela que nos possibilita melhorar o que fazemos, que adiciona informação e conhecimento. É quando aprendemos técnicas e até simplificamos processos. Parece bom, e é.

O problema é que nos tornamos especialistas dentro de nossas bolhas das áreas, da empresa, do segmento.  Dentro da bolha, por vivermos mais ou menos as mesmas coisas, concordamos umas com as outras, pensamos meio parecido, nos apoiamos e nos fortalecemos nas nossas certezas. Se discordamos, chegamos a um consenso. Temos ideias, aplicamos, ajustamos, mas não percebemos que nosso foco estreito e aprofundado, nosso apego ao que nos é familiar, nossa relativa preguiça, potencializada pela falta de tempo de construir outra coisa, tudo isso junto nos faz acreditar que estamos construindo algo incrível. Só que não.

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A aprendizagem transformacional é aquela que nos possibilita identificar e repensar o que estamos fazendo. Quando temos um ambiente que nos estimula a esse tipo de aprendizagem, vem uma coragem não sei de onde para propor novas rotas, para fazer novas conexões, para testar o que antes era só teoria.

Vem uma vontade genuína de mudar a vida, de pivotar, de construir e não só reformar. É quando nos desapegamos de crenças, sentimentos, atitudes, ações, produtos, mercados, certezas, pessoas, abrindo espaço de acolhimento interno para:

  • Descobertas
  • Sentimentos diversos que antes eram rejeitados
  • Atitudes corajosas que antes eram tolhidas ainda no pensamento
  • Incertezas que antes eram consideradas fraquezas profissionais
  • Pessoas que chegam em nossa vida, como resultado de incríveis coincidências

O ambiente pode contribuir. Mas a aprendizagem transformacional só ocorre quando nos conectamos com nosso aprendiz interno, que nasceu com a gente, mas que foi sendo sufocado por tantos comandos, controles e expectativas externas. Como resgatar e fortalecer esse aprendiz em nós, e nas pessoas à nossa volta?

Vi um post no perfil do mentor Éddy Augusto que representa um pouco essa ideia: “Sabe quando um trem está lotado e ainda assim as pessoas estão tentando entrar, enquanto outras precisam sair e não conseguem? Aprendi que até pra liberar espaço é preciso de espaço”.

Como você se esvazia, libera espaço no seu “HD”?

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Como você acolhe a aprendizagem incremental, buscando também a transformacional?

Como você cria iniciativas de aprendizagem transformacional em sua empresa?

Que em 2023 nós saibamos criar e nutrir iniciativas de aprendizagem nas nossas vidas e nas organizações onde trabalhamos.

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