Liderança

5 motivos que estão levando os líderes mais tradicionais à extinção

Conheça os fatores que explicam por que as empresas com antigos modelos de gestão estão em colapso – e precisam se modernizar.

Por Alexandre Carvalho
16 abr 2025, 17h46

Ilustração de um homem das cavernas tocando a tela do computador.

Modelos de liderança que funcionaram por décadas estão enfrentando dificuldades diante da velocidade das transformações tecnológicas, da complexidade crescente dos mercados e da imprevisibilidade do ambiente de negócios. Atentas a esse cenário, a ACE Cortex e a MIT Technology Review Brasil, plataforma do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, identificaram cinco grandes tendências que estão redesenhando o perfil dos líderes empresariais. Essas mudanças já estão em curso — e exigem uma nova forma de pensar, agir e liderar.

Para Milena Fonseca, CEO da ACE Cortex, líderes que vivenciam imersões estratégicas ganham repertório para conectar tendências globais às estratégias do seu negócio. “O diferencial não está apenas no que eles já sabem, mas na capacidade de conectar pontos, enxergar o que outros ainda não viram e, assim, tomar decisões estratégicas de alto impacto.”

Segundo André Miceli, CEO e editor-chefe da MIT Technology Review Brasil, “as mudanças rápidas de hoje tornam obsoletos não só os conhecimentos técnicos, mas também os modelos tradicionais de gestão. Precisamos preparar líderes capazes de aprender com agilidade e, principalmente, fazer perguntas estratégicas que garantam a sustentabilidade dos negócios”.

Os meteoros na direção dos dinossauros

A partir desse diagnóstico, as duas instituições decidiram unir forças e elencar cinco grandes razões que explicam por que os líderes tradicionais estão sumindo:

1. Mudança nas habilidades necessárias
O Fórum Econômico Mundial prevê que, até 2030, 39% das habilidades essenciais para o mercado de trabalho irão mudar, impulsionadas pela revolução tecnológica e por novas exigências interpessoais. A necessidade de adaptação não é apenas reflexo da evolução digital, mas também da crescente complexidade dos ambientes de trabalho. Para sobreviver, as empresas precisam se tornar mais ágeis e fluidas — e isso começa pela liderança.

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2. Entropia de mercado: a desordem crescente
O conceito de “entropia de mercado” reflete a crescente imprevisibilidade e complexidade nos negócios. A rápida digitalização e a dissolução das barreiras entre setores dificultam a identificação clara de concorrentes, exigindo modelos de gestão mais flexíveis. Segundo o Fórum Econômico Mundial, até 2030, espera-se a criação de 170 milhões de novas funções e a eliminação de 92 milhões de postos de trabalho, resultando em um aumento líquido de 78 milhões de empregos, evidenciando a volatilidade do mercado.

3. A morte das estruturas rígidas
Modelos organizacionais tradicionais, caracterizados por hierarquias verticais e decisões centralizadas, têm se mostrado inadequados diante da velocidade das mudanças atuais. Empresas que mantêm estruturas rígidas enfrentam dificuldades para inovar e responder rapidamente às transformações do mercado, colocando em risco sua sobrevivência. O relatório do Fórum Econômico Mundial destaca que a lacuna de habilidades é a principal barreira para a transformação dos negócios, indicando a necessidade de estruturas organizacionais mais ágeis.

4. A nova geração de líderes
Geração Z e millennials estão assumindo posições de liderança, imprimindo uma nova mentalidade às empresas: menos hierarquia, mais colaboração, empatia e inteligência emocional. Essa transição exige que os líderes atuais saibam lidar com diferentes perfis, promovendo ambientes mais dinâmicos e integrados.

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5. Preparando os líderes do futuro
O mercado atual exige líderes capazes de formular as perguntas certas e tomar decisões fundamentadas. A formação de gestores com visão sistêmica, pensamento crítico e capacidade de adaptação é essencial para a continuidade das organizações. O relatório do Fórum Econômico Mundial enfatiza a importância de habilidades como pensamento analítico, criatividade e resiliência para prosperar no mercado de trabalho futuro.