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Allianz Seguros: compra de parte da SulAmérica e home office permanente

Os desafios do CEO Eduard Folch, que mantém a comunicação transparente para engajar as equipes, e irá adotar modelo híbrido de trabalho no pós-pandemia

Por Elisa Tozzi
Atualizado em 23 out 2024, 10h19 - Publicado em 28 out 2020, 15h00
Eduard Folch, CEO da Allianz Seguros: aposta em lives para manter todos informados (Túlio Vidal/Divulgação/Divulgação)
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Com 2.700 funcionários no Brasil, a Allianz Seguros enfrentou diversos desafios durante a pandemia de covid-19. O primeiro deles foi colocar 100% do time – incluindo o pessoal de call center – em home office, tarefa que levou apenas uma semana para ser concluída. Depois dessa etapa, veio a prova de fogo: manter o engajamento, os resultados e integrar uma nova equipe oriunda da compra das operações de Automóvel, Residência, Condomínio e Empresas da seguradora SulAmérica.
Para dar conta de tudo isso, Eduard Folch, CEO da Allianz Seguros, apostou na comunicação e na proximidade. Os cafés com o presidente, por exemplo, continuam mesmo online. “Os encontros tê durado 1 hora e eu comento sobre as as novidades da integração e esclareço dúvidas relacionadas ao processo e ao futuro da Allianz”, diz o executivo.
Em entrevista para VOCÊ RH, Eduard ainda explica que a empresa adotará o modelo híbrido de trabalho, com os funcionários passando 60% do tempo no escritório e 40% em casa. 

Quais foram os desafios para colocar 100% dos funcionários em home office?
Diante da pandemia, o nosso principal objetivo foi garantir a saúde e o bem-estar de todos e, para isso, precisávamos agir rapidamente. Então, um dos desafios foi alocar 100% dos funcionários remotamente, incluindo o call center, em um curto espaço de tempo. Em apenas cinco dias, todos passaram a trabalhar de suas casas.
Com a necessidade do trabalho à distância, outro desafio foi a área de TI disponibilizar a infraestrutura necessária para que os funcionários pudessem exercer suas atividades plenamente. Nós realizamos uma força-tarefa para fornecer tudo que era preciso: máquinas, tokens 4G para quem não tinha acesso à internet em sua residência, licenças para acesso remoto e videoconferência e a liberação de uma ferramenta que permitisse o acesso ao ambiente da Allianz remotamente. Assim, os funcionários, mesmo os cerca de 500 que nunca tinham trabalhado à distância, puderam passar a atuar em home office.
E como foi a adaptação?
A equipe da Allianz soube enfrentar problemas comuns às demais empresas, como adaptações a novas ferramentas tecnológicas e, principalmente, a falta de contato pessoal e presencial no dia a dia de uma maneira muito positiva. E isso pode ser ilustrado por meio da conclusão da compra das operações de Automóvel, Residência, Condomínio e Empresas da SulAmérica, com um mês de antecedência, e envolvendo mais de 2.700 pessoas, como também pelos resultados alcançados.
Nós aumentamos o faturamento em carteiras que o mercado registrou queda, em relação a 2019 – fechamos o primeiro semestre de 2020 com crescimentos em Automóvel (alta de 12,5%), Residência (elevação de 47,1%) e Empresas PME (acréscimo de 2,4%), por exemplo. Vale ressaltar que esses dados não contemplaram ainda as operações adquiridas, pois eles são referentes aos seis primeiros meses do ano e a aquisição foi efetivada em 10 de julho.
Processos de aquisição, por si só, já geram apreensão nas equipes. Como foi conduzir isso à distância?
Usamos comunicação transparente, com mensagens unificadas, constantes, claras e diretas, como se estivéssemos nos escritórios. Em um processo complexo como este, os colaboradores precisam estar na mesma página e o acesso à informação é fundamental para engajamento de todos. A diferença é que, em vez das conversas e apresentações acontecerem presencialmente, nós estamos usando as ferramentas mais atuais que existem para compartilhar e integrar as culturas, treinar as equipes, assim como os canais de vendas.
Nestes um pouco mais de 100 dias de integração, preparamos uma série de eventos virtuais e realizamos uma maratona de lives conduzidas  pelo Comitê Executivo e outras lideranças da companhia para ficar próximo dos funcionários, de modo que se sintam envolvidos e bem informados sobre o status e as próximas etapas com muita transparência.
Quais práticas adotaram para conduzir integração das equipes?
Durante toda a integração,  tivemos o cuidado para valorizar e incluir o colaborador da Allianz e preparar um acolhimento caloroso para os da SulAmérica Auto e Massificados, que desembarcaram na nossa companhia. A nossa diretriz foi respeitar as diferenças e buscar empatia com os novos profissionais que tiveram o desafio de começar a trabalhar juntos sem nunca terem se encontrado presencialmente.
Para que isso fosse possível, preparamos toda a liderança da Allianz para  transmitir com segurança, clareza e de forma alinhada as mensagens institucionais e o posicionamento da empresa,  em relação ao processo de aquisição e todas as mudanças que uma integração deste tamanho e complexidade envolvem. Além disso, os funcionários estão participando de treinamentos online. Só o pessoal de vendas teve mais de 200 horas de desenvolvimento, por exemplo.
As transmissões ao vivo também foram escolhidas para que nos comunicássemos com os nossos canais de vendas, que são, principalmente, os corretores de seguros. Logo na sequência ao anúncio da aquisição, tivemos uma live cuja audiência foi de mais de 27.000 parceiros e, recentemente, promovemos outras seis, com focos regionais, levando em consideração as peculiaridades que possuímos de Norte a Sul do Brasil.
Para a retomada, a empresa está investindo num modelo híbrido de trabalho. Por que fizeram essa escolha?
O Grupo Allianz tem o projeto “New Work Model”, que deve ser implantado nos mais de 70 países onde a companhia atua. Esse programa divide a jornada do funcionário em 60% do tempo no escritório e 40% do tempo em casa. Acreditamos que a combinação das duas situações – trabalho presencial e remoto – é o futuro por alguns motivos. Primeiro é que os escritórios são espaços de colaboração e a socialização, o que tem valor dentro das empresas. Segundo porque o home office traz qualidade de vida ao deixar de lado o tempo gasto com a locomoção, que chega a 1h30 a 2h nos grandes centros.
Quais foram as lições de liderança que você aprendeu durante a pandemia?
Mesmo em um cenário desafiador, é possível manter o bem-estar, a produtividade, o atendimento aos clientes e o engajamento da equipe. No entanto, para que tenhamos resultados efetivos neste sentido, é necessário dar suporte ao time, por isso temos um programa de orientação psicológica, social, financeira e jurídica, com especialistas das áreas, para os funcionários e suas famílias.
Outro ensinamento que ficou é que circunstâncias incomuns, como uma pandemia, só são superadas quando trabalhamos com colaboração, senso de propósito, empatia e solidariedade. Foi assim que conseguimos permanecer resilientes e atravessar os últimos meses.
E, por último, mas não menos importante: execução e resultados independem de presença física. Para alcançá-los, precisamos de tomada de decisões ágeis, presença interativa, boas relações corporativas (mesmo que virtuais) e trabalho em equipe com comprometimento.
Quais são as expectativas da empresa quanto ao futuro dos negócios?
Estou bastante otimista. O ano de 2020 é um marco na história da Allianz no Brasil. Com a transação, iniciada em agosto de 2019 e efetivada no último mês de julho, nós dobramos de tamanho no país e, então, reconfiguramos o mercado de seguros local. Nós passamos a ser uma das três principais seguradoras em Ramos Elementares (Seguros Gerais), o que reflete em uma participação de mercado de aproximadamente 9%. Ao longo de 2021, continuaremos dando passos gradativos, porém, firmes no plano de integração das operações.  O mercado segurador brasileiro passou a atuar em uma nova realidade diante da covid-19 e as disrupções, sobretudo as ligadas à digitalização, refletirão em 2021 e nos próximos anos.

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