Para mapear como os jovens estão se sentindo no mercado de trabalho, a Deloitte realizou a pesquisa Millennial Survey 2020. A consultoria ouviu 18.400 pessoas em 43 países – no Brasil, foram 1.013 participantes ouvidos antes e durante a pandemia.
Os resultados demonstram que os jovens brasileiros estão estressados. Em dezembro de 2019, 57% dos millennials se sentiam assim a maior parte do tempo e o índice era ainda mais alto na Geração Z: 63%. Essa sensação caiu um pouco durante a pandemia, mas ainda há muita ansiedade principalmente quanto ao bem-estar dos familiares, que é a principal fonte de estresse da moçada. E um fato curioso é que os jovens do Brasil acreditam que a sociedade está se tornando menos civilizada.
Medo do desemprego
Outro ponto que merece atenção é o medo do desemprego: os brasileiros são os que mais temem ficar sem trabalhar, tanto entre os millennials quanto entre os Z. E esse é um comportamento local, já que globalmente os jovens se preocupam mais com os efeitos das mudanças climáticas. Mas isso não significa que não exista engajamento ambiental por aqui. A pesquisa diz que mais de 80% dos jovens do Brasil continuarão mudando comportamentos em busca de mais sustentabilidade.
O temor de ficar sem trabalho pode ser explicado porque os jovens brasileiros foram os que mais tiveram redução de renda e carga horária, de acordo com o estudo. O impacto da crise é forte e, talvez por temor de ficar sem trabalhar, houve um crescimento da vontade de ficar no mesmo trabalho por mais de cinco anos, tanto na Geração Z quanto entre os millennials.