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64% dos trabalhadores não recebem benefício de saúde mental no Brasil

Pesquisa do Zenklub divulgada com exclusividade por VOCÊ RH ainda revela que a maior parte dos brasileiros está ansiosa, sobrecarregada e exausta

Por Elisa Tozzi
Atualizado em 9 set 2021, 08h36 - Publicado em 9 set 2021, 08h00
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  • Embora as discussões sobre saúde mental tenham aumentado nas empresas no último ano, impulsionadas fortemente pela pandemia de covid-19, ainda é preciso fazer muito para cuidar do bem-estar psicológico dos funcionários. É isso o que revela uma pesquisa feita pelo Zenklub, plataforma de saúde mental, em parceria com o DataFolha que ouviu 1.197 trabalhadores de todo o Brasil. Segundo o levantamento, 64% dos brasileiros não recebem nenhum tipo de benefício de saúde mental de suas empregadoras – mas 86% acreditam que essa prática ajudaria os funcionários a lidar com os impactos da pandemia.

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    Para o médico Rui Brandão, cofundador e CEO do Zenklub, a tendência é que a preocupação das companhias com a saúde mental se torne uma questão que vai influenciar os trabalhadores na escolha por uma vaga ou na permanência no emprego. “É urgente que líderes, gestores e profissionais de recursos humanos entendam a necessidade e criem ações. Quando acolhemos as pessoas em toda a sua complexidade, todos ganham”, diz Rui.

    Uma das explicações para a maioria dos brasileiros ainda não receberem benefícios de saúde mental tem a ver com o fato de que esta ainda é uma discussão recente no mercado. “O tema não era abordado nas empresas até pouco tempo atrás. Havia um tabu: o ‘bom colaborador’ era aquele com mais habilidades técnicas e que não deixava as emoções aparecerem no ambiente profissional, ou seja, o que mais se parecia com uma máquina. Porém, as companhias começaram a notar casos de ansiedade, depressão e burnout no ambiente corporativo, entre outros problemas da mesma natureza”, explica Rui.

    Epidemia de doenças mentais

    A pesquisa do Zenklub traz índices preocupantes sobre o bem-estar emocional dos brasileiros: 66% dos entrevistados estão ansiosos, 61% se sentiram sobrecarregados nos últimos 12 meses de pandemia, 61% também estão exaustos ou muito cansados e 54% enfrentam insônia ou problemas para dormir. Esses dados indicam que muita gente está chegando – ou já chegou – ao limite.

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    “É muito sério quando a pessoa atinge o estágio de esgotamento mental. Suas tentativas de resolução já não deram certo, pois os sintomas físicos e psicológicos já estão interferindo em todas as áreas da vida. Por mais que exista cobrança de desempenho, a produtividade no trabalho começa a cair”, explica Daniele Nazari, psicóloga do Zenklub.

    Os sintomas são variados (veja quadro abaixo), mas normalmente seguem um padrão. “Na vida pessoal, a pessoa deixa de cuidar de si mesma, não se preocupa com a aparência e, às vezes, nem com a higiene pessoal, devido ao esgotamento que já sente. Nos relacionamentos afetivos, familiares e amorosos acontece pouca interação e a pessoa pode até expressar uma linguagem mais agressiva, por não ter mais paciência”, diz Daniele.

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    Além disso, o problema é que quem está enfrentando uma doença mental nem sempre percebe que está nessa situação – por isso é tão importante que colegas e líderes treinem o olhar para ajudar aqueles que ficarem doentes. “Geralmente, quem percebe os sinais de esgotamento são as pessoas ao redor, por notarem que o indivíduo não está com suas características normais. A pessoa, mesmo adoecendo, tenta lutar contra o esgotamento devido à autocobrança e à sobrecarga de atividades que fizeram-na chegar a este estágio”, explica Daniele.

     

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    Quais são os sintomas do esgotamento mental?

    A psicóloga Daniele Nazari, do Zenklub, explica quais são os sinais que podem indicar que uma pessoa está no limite. Confira

    FÍSICOS
    – Dor de cabeça constante
    – Dores no corpo
    – Alergias na pele
    – Problemas gastrointestinais
    – Falta de ar
    – Distúrbios do sono
    – Perda de libido
    – Falta de energia

    PSICOLÓGICOS
    – Ansiedade
    – Depressão
    – Mudanças bruscas de humor
    – Insegurança
    – Medo de perder o trabalho
    – Sensação de não ser bom o bastante
    – Lapsos de memória
    – Baixa autoestima

     

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