Com a autogestão em alta e a necessidade de cada um se apoderar da própria carreira, cuidar do plano de desenvolvimento individual, o famoso PDI, se torna muito importante. Thaylan Toth, CEO da Mindsight,consultoria de recursos humanos, ensina como fazer isso
1. Tenha visão do todo
É importante começar a preparar o seu PDI focando nos objetivos finais que você quer alcançar, mas também é fundamental não esquecer da missão da empresa em que você trabalha e seus objetivos de negócio para o ano – isso ajudará a se orientar melhor considerando o propósito da marca e por que ela está no mercado.
Os objetivos que você definir para o semestre ou ano não precisam necessariamente ter uma relação direta com o seu cargo. Podem ser habilidades que você deseja desenvolver para melhorar como um profissional de maneira geral.
2. Encontre seus pontos fortes e pontos fracos
Um PDI requer reflexão e autoconsciência. Ao decidir o que você quer alcançar e entender em quais áreas deve focar, o próximo passo é entender como tem usado suas habilidades para esse fim, se elas precisam ser melhoradas e o que precisa fazer para se desenvolver nesses aspectos.
Para essa dica, é possível aplicar uma estrutura que muitas empresas usam para orientar sua estratégia: a análise SWOT. Esse processo é a abreviação de Strenght (pontos fortes), Weaknesses (pontos fracos), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças ou obstáculos). A partir dessa estrutura, compreender tanto as capacidades internas (pontos fortes e fracos) quanto o ambiente externo (ameaças e oportunidades) fica muito mais fácil.
3. Crie hábitos que sustentem seu crescimento
Para alcançar seu objetivo, é importante adotar práticas de apoio que o ajudarão a tornar determinadas habilidades mais necessárias e comuns no seu dia a dia. À medida em que essas tarefas repetitivas se transformam em hábitos concretos e corriqueiros, elas se tornarão mais fáceis de realizar e serão incorporadas mais facilmente em outros momentos profissionais.
Um exemplo é alguém que gostaria de desenvolver habilidade de argumentação. Um bom hábito de apoio pode ser treinar sozinho a articulação de argumentos favoráveis e contrários sobre assuntos diversos.
4. Defina restrições
Todas as pessoas têm momentos de distrações no ambiente de trabalho, que podem ser saudáveis e até ajudar na execução das tarefas posteriormente, mas também podem prejudicar a produtividade e o desenvolvimento profissional.
Um exemplo é o uso constante de redes sociais. Se esse é um fator que afeta o seu trabalho e impede de concluir obrigações diárias, é interessante colocar restrições na forma como você as tem utilizado, como desligar notificações ou deixar o celular longe em momentos que precisará de foco e concentração.
5. Esteja aberto a feedbacks
Em uma pesquisa realizada em 2020 pela Mindsight com profissionais de RH foi possível identificar que para 70% dos participantes, a principal dificuldade na hora de dar o feedback é a falta de preparo dos gestores para conversas difíceis.
Por isso, saiba que conversas de feedback não são um momento difícil apenas para você – o seu gestor também encontra desafios nesse momento. A recomendação para ambas as partes é estar preparado. Nem sempre vamos obter os resultados que desejamos e esperamos. Por isso, é importante entender que o feedback não é algo pessoal, e sim uma forma de ajudar a melhorar e desenvolver certos pontos e habilidades que ainda precisam de mais atenção. Aproveite esse momento para expor as suas dúvidas, possíveis dificuldades e insatisfações, e entender o que você pode fazer de diferente.