Hospital Sírio-Libanês passou a fazer “processos ocultos” de recrutamento – o candidato permanece incógnito até o finalzinho da seleção.
Assim, todas as informações relacionadas ao profissional ficam anônimas: desde o encaminhamento do currículo até as entrevistas. O recrutador não tem acesso ao nome, gênero ou idade do talento em potencial, muito menos foto. As entrevistas são feitas com voz distorcida e um avatar no lugar da imagem do candidato. A revelação de sua identidade acontece apenas na fase final, quando só resta um pequeno grupo na disputa.
Segundo Pida Lamin, diretora de pessoas e cultura do hospital, o objetivo é eliminar possíveis vieses inconscientes no recrutamento. “Claro que, isolado, esse processo não garante inclusão. Mas vejo como um grande aliado do RH e dos gestores nesse desafio de ter mais diversidade nas organizações.”
De agosto de 2022 a março de 2023, mais de 90 pessoas participaram desse tipo de seleção. E os resultados confirmaram que o método consegue promover uma equipe mais diversa: dos contratados, 90% são mulheres; 51%, pessoas negras; 30%, LGBTQIA+; e 10% têm mais de 50 anos.
A novidade começou na área de responsabilidade social, como piloto. Hoje, cinco diretorias do hospital já utilizam o processo.