A consultoria de recrutamento Talenses, em parceria com a Fundação Dom Cabral, ouviu mais de 1.000 profissionais de todo o Brasil para entender como as pessoas estão se saindo no home office durante a crise do coronavírus. A maior parte dos respondentes ocupa cargos de gerência, mas pessoas de todos os níveis hierárquicos foram consultadas – dos assistentes aos CEOs.
O estudo mostra que 70% dos profissionais consideram sua produtividade muito alta no home office e 74% confessam que o número de atividades está maior durante a pandemia. Entre as explicações para o excesso de tarefas estão as demandas do setor em que atuam (75%), a diminuição da estrutura (33%), a sensação de que é preciso trabalhar mais para demonstrar aos chefes que estão sendo produtivos (28%) e a necessidade de gastar mais tempo para realizar as atividades (23%).
As mães sofre mais
Para as mulheres que têm filhos, a questão é mais complexa. Embora a maioria (65%) também se considere mais produtiva no home office, 50% das que cuidam de uma criança com até 12 anos não conseguem se dedicar a projetos pessoais por conta de atividades relacionadas aos filhos ou aos cuidados com a casa. Entre os homens, o índice é de 28%.
Poder de escolha
Antes da pandemia, 52% das empregadoras dos entrevistados não possuía política de home office, por isso, a adaptação foi de mão dupla: dos empregados e das organizações. Depois de meses vivenciando essa experiência, a maior parte das pessoas gostaria de continuar remotamente duas ou três vezes por semana — e 91% gostariam de poder continuar em home office quando as companhias retomarem o trabalho presencial.