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Quem são e o que fazem os sabotadores silenciosos no trabalho

Será que é possível rever ou corrigir este tipo de postura? Confira o que diz Vicky Bloch

Por Vicky Bloch*, para a VOCÊ RH
Atualizado em 15 dez 2020, 10h01 - Publicado em 8 jan 2020, 06h00
Autossabotar-se é um mecanismo de defesa da mente, que cria circunstâncias para evitar mudanças que podem trazer algum tipo de incômodo (Foto/Thinkstock)
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Há décadas o RH discute a importância de identificar e eliminar os “sabotadores internos” ou “sabotadores silenciosos”. Esses indivíduos carregam consigo uma mistura inconsciente de medo, insegurança e resistência ao novo, e por isso fazem de tudo para manter seus velhos hábitos e conceitos. Eles não conseguem — e talvez nem queiram — entender os motivos e os benefícios da mudança e também têm muita dificuldade em ver algo positivo para si próprios nesses processos.

Em geral, a maior parte de nós tem receio do novo, e isso é plenamente compreensível. Afinal, há sempre uma dúvida sobre o que vem pela frente quando saímos de uma zona de conforto. A diferença, no caso dos sabotadores, é que eles têm mais dificuldade em aceitar os fatos, sentem-se prejudicados e querem manter o status quo sob qualquer hipótese.

Especialistas em gestão de pessoas sabem muito bem que, nessas situações, a produtividade e o comprometimento desses profissionais são muito baixos. Além disso, enquanto alguns deles se escondem para não ser percebidos, outros fazem questão de espalhar pelo ambiente suas angústias, pessimismo e energia carregada.

A orientação direta de muitos especialistas é: livre-se rapidamente deles. Mas será que não é possível rever ou corrigir esse tipo de postura? Qual é o papel do RH e da gestão nesse contexto? Será que as empresas também não têm sua parcela de responsabilidade ao não conduzir corretamente determinadas mudanças?

Esse tema é tratado num artigo de Inés Temple, presidente da LHH DMB para o México e o Peru. Ela afirma que, muitas vezes, dada a necessidade de transformar rapidamente as organizações, o foco da gestão se detém sobre os processos e cifras, e não sobre as pessoas que precisam entregar os resultados. Na pressa, os colaboradores são tratados de forma administrativa e numérica, e as lideranças tendem a ter pouca empatia com seus sentimentos e emoções.

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Eis que surge o desafio com o qual nem todos estão dispostos a lidar: para reduzir o número de sabotadores, as organizações precisam ter interesse genuíno nas pessoas. E não há nenhum milagre para que isso aconteça. Basta nos atentarmos aos princípios básicos da verdadeira liderança: o respeito pelos indivíduos, a transparência na comunicação, a abertura de canais para que as conversas sejam estabelecidas, o investimento em treinamento e desenvolvimento para as equipes adquirirem novas habilidades e competências para lidar com o que vem pela frente.

Por mais inseguro que seja, quando um profissional se sente reconhecido, recompensado e valorizado por suas entregas, quando ele é desafiado de forma factível e enxerga oportunidades de crescimento, é grande a chance de que ele passe a olhar para o futuro em vez de se apegar ao passado.

Agora, não adianta a organização esperar esse comprometimento se ela não dá o apoio necessário a seus colaboradores. Eliminar os sabotadores silenciosos, nesse caso, não resolverá o problema — amanhã, aqueles que inicialmente se engajaram, mas não foram devidamente respeitados, poderão se transformar nos próximos sabotadores.

Quem são e o que fazem os sabotadores silenciosos no trabalho
Foto: Leandro Fonseca ()
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