Seguindo a tendência de diversidade que tem tomado conta das empresas, a Vivo, uma das grandes empregadoras do país, abre seu programa de trainee com foco em inclusão. Para isso, eliminou uma das barreiras que mais prejudicam as minorias: a proficiência no inglês. A língua será ensinada pela empresa aos selecionados. Além disso, 30% das 30 vagas serão dedicadas a profissionais negros.
Totalmente digital, o processo seletivo já está aberto e os candidatos podem concorrer neste site. Estão aptos pessoas que tenham se formado em qualquer cursos universitário nos últimos dois anos ou que estejam com a formatura prevista até dezembro de 2020. Os salários são de 6.800 reais e os dez trainees mais bem avaliados no programa poderão fazer um curso subsidiado pela Vivo na Universitas (Universidade Corporativa Telefônica) na Espanha.
Para o RH da empresa, o objetivo é atrair profissionais que tenham alinhamento com os valores da companhia e que possam se tornar líderes no futuro. Niva Ribeiro, VP de pessoas da Vivo, explica sobre o projeto na entrevista a seguir.
O programa de trainee será inclusivo e, por isso, houve a eliminação da exigência do inglês. Como foi tomar essa decisão?
Optamos pela não exigência de inglês para sermos mais inclusivos. Acreditamos ser mais importante o candidato estar alinhado ao fit cultural e valores da companhia do que a questões técnicas como conhecimento de uma língua estrangeira. Ao longo do programa, ajudaremos o candidato a desenvolver as habilidades técnicas.
Haverá outros cuidados durante a seleção para ampliar a diversidade?
A proposta é atrair candidatos com pluralidade de perfis. Dessa forma, buscamos maior diversidade de gênero, raça, curso de formação e universidade. Temos diferentes parceiros de recrutamento, voltados para temas de diversidade, que estarão conosco nesse processo seletivo para nos ajudar a ampliar o alcance das oportunidades para esses públicos.
Como será o processo seletivo online?
O processo seletivo, 100% digital, será feito em algumas etapas, fomentando o aprendizado de metodologias ágeis ao longo de toda a seleção, com conteúdos e dinâmicas. A primeira parte acontecerá por meio de testes online para avaliar se os candidatos têm afinidade com o fit cultural da empresa. Os selecionados seguirão para as próximas fases, que envolvem dinâmicas de grupos, cases virtuais e entrevistas.
Como foi para o RH desenvolver esse processo?
Na Vivo, já vivemos a digitalização do processo de atração e seleção de talentos desde o início de 2019, quando passamos a utilizar diversas startups como Gupy e OvermediaCast, do recrutamento até admissão. Também construímos uma jornada de atração que prioriza a melhor experiência digital dos candidatos e gestores para que etapas presenciais não sejam necessárias. Além da experiência digital, a diversidade é uma das premissas do trabalho de atração e seleção de talentos na Vivo.
Quais as expectativas da Vivo com os novos trainees?
Queremos formar futuros líderes. Por isso, vamos desenvolver os candidatos para atuar com foco nas áreas de negócios da companhia e com cultura e transformação, fortalecendo clusters de marketing, comercial, produtos, estratégia, inovação, dados e inteligência artificial.