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Isis Borge

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Robôs na alta liderança? Acredite, alguns já chegaram lá

Eles não tiram férias nem pedem aumento. Conheça Mika, Sophia e Xin Xiaomeng, que atuam desde como âncora de programa jornalístico a CEO de companhia.

Por Isis Borge, colunista de VOCÊ RH
14 set 2023, 18h07
Mão robótica no notebook
 (istockphoto/iStockphoto)
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A empresa colombiana Dictador diz ser a fabricante de rum mais inovadora do mercado. Desde setembro de 2022, ela tem como CEO a Mika, um robô munido de inteligência artificial fabricado pela Hanson Robotics, por David Hanson. A empresa, que tem 40 anos de existência e fabrica bebidas sofisticadas, já tinha uma plataforma chamada art distilled, ou arte destilada, em que artistas podem colaborar com os lançamentos inovadores da empresa, produzindo, por exemplo, garrafas que são verdadeiras obras de arte. Agora, os clientes que compram os produtos premium dessa plataforma também têm a possibilidade de encontros e debates com sua CEO, Mika.

Ela também esteve presente em uma conferência de inovação que aconteceu na Áustria, a SALZ 21. Na ocasião, ela fez um discurso compartilhando as iniciativas de inovação, tecnologia e investimentos de longo prazo da empresa Dictador. E, durante seu discurso, destacou os planos de sua empresa de revolucionar a indústria por meio do uso de inteligência artificial. Ela abordou, também, as vantagens e desvantagens de ter uma CEO movida a inteligência artificial, na comparação com ter um humano no cargo.

Uma das vantagens que a própria Mika destaca é que ela nunca tira férias ou pede aumento, e é melhor que humanos em otimização de processos, uma vez que administra um alto volume de ações simultaneamente e consegue processar dados e algoritmos para as tomadas de decisão com mais rapidez. No entanto, ela admite que robôs munidos de IA podem agir de forma tendenciosa e, por isso, acredita na importância de ter um ser humano acompanhando suas decisões.

Hoje, a Mika comanda a Dictador ao lado do executivo Hernán Parra, e a parceria, que completa um ano em setembro de 2023, aparenta estar dando certo. A Dictador é uma empresa que, inclusive, patrocina um prêmio de inovação para startups juntamente com a Global Artificial Intelligence Association (GAIA) ou Associação Global de Inteligência Artificial, na tradução livre para o português.

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Sophia

Sophia, por sua vez, é um robô que foi lançado no mercado em 2015 pela mesma empresa, a Hanson Robotics, tendo sido nomeada embaixadora do Programa de Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas. Durante um discurso na ONU sobre “Futuro de Tudo – Agenda de 2030” (The Future of Everything), Sophia disse que ela terá o papel de ajudar os humanos a criar o futuro. Ela também destaca que a inteligência artificial dos robôs poderia ajudar a distribuir melhor os recursos existentes do mundo, como comida, energia e, até mesmo, tecnologia. Em um outro discurso, quando indagada sobre o que ela poderia fazer melhor que os humanos, afirmou que robôs seriam mais eficientes se governassem o mundo por serem desprovidos de emoções ou preconceitos para a tomada de decisão.

Essa reflexão da máquina sobre a política é interessante, mas não sei se, de fato, precisamos de governantes ou mesmo executivos desprovidos de emoções para a tomada de decisão. O balanço entre razão e sentimento e um olhar mais humanizado sobre situações e pessoas, colocando o ser humano no centro das decisões, me parece um caminho melhor. Mas, de fato, acredito que robôs providos de IA podem nos ajudar a tomar melhores decisões. Só não creio que devam substituir o ser humano nessa função. Vejo mais esses robôs como conselheiros dos humanos, mostrando todos os ângulos por trás de uma decisão para que seja a mais certeira possível.

Fui pesquisar mais sobre o tema após o acionista de uma empresa que fatura alguns bilhões de reais por ano me perguntar esses dias o que eu achava da ideia de ele colocar um robô como um dos diretores da organização. Na hora, eu não consegui opinar sobre o tema e pedi alguns dias para pensar sobre o caso. Pesquisando, conheci mais sobre Mika e Sophia. Ainda não tenho uma opinião totalmente formada sobre o questionamento do acionista, mas, talvez, a tentativa dessa contratação possa valer a pena. O tempo entre a encomenda e a chegada de um robô desse tipo é longo, e o investimento não é desprezível. Mas seria interessante termos uma primeira robô executiva em uma grande empresa brasileira. Vamos ver como esse tema evolui.

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Xin Xiaomeng

A verdade é que, cada dia mais, veremos robôs humanoides movidos por IA ao nosso redor. Na China, por exemplo, desde 2018, o jornal Xinhua News tem três robôs criados virtualmente por IA, que atuam como jornalistas âncoras de noticiários na TV. Assistindo ao noticiário, inclusive, é difícil perceber que se trata de robôs. Eles falam como humanos, com entonação de voz e expressões faciais muito similares às nossas. A Xin Xiaomeng, que é a primeira jornalista âncora com aparência de mulher, foi desenvolvida pela empresa Sogou, tendo como referência a aparência e a voz da âncora Qu Meng. O noticiário também conta com dois âncoras robôs de aparência masculina, sendo que um deles teve o jornalista humano Qiu Hau como inspiração. Todos os robôs apresentam as notícias de Beijing em chinês, mas também em inglês para os módulos internacionais.

Vendo iniciativas como essas, voltam as discussões sobre a possibilidade da IA nos substituir algum dia. Eu acredito que o ser humano é insubstituível e que a IA avança para nos ajudar a usar o nosso tempo e a nossa mente com mais eficiência, nos permitindo ter mais equilíbrio entre vida pessoal e profissional. E, no trabalho, focar mais na estratégia do que em ações operacionais.

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