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CEOs novatos costumam cair nestas armadilhas

É comum que os chefões de primeira viagem negligenciem tarefas externas como ações de mídia, com o governo e outras demandas importantes

Por Por Michael D. Watkins e Eugene A. Woods
Atualizado em 15 dez 2020, 10h13 - Publicado em 28 set 2019, 06h00
Colegas de trabalho estão sentados a uma mesa conversando e analisando projetos
Aprendizado orientado à resolução de problemas forma profissionais mais preparados para articular estratégias e ter uma liderança mais efetiva (vgajic/Getty Images)
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Tornar-se o CEO de uma grande organização pela primeira vez é uma transição de liderança desafiadora.

Enquanto o caminho para o topo geralmente prepara um CEO novato para tarefas internas importantes (como formar e liderar equipes  executivas, conduzir a execução e elaborar a visão e a estratégia da companhia), os líderes costumam ter menos experiência em gerenciar ações de mídia, engajar-se em fóruns da indústria, relacionar-se com o governo e trabalhar com outras demandas externas importantes.

As ações acontecem de forma isolada e o desejo de equilibrar os dois mundos é esmagador. Enquanto tomam as rédeas, os novos CEOs correm o risco de cair em algumas armadilhas clássicas, enfraquecendo sua eficácia e até mesmo colocando sua organização em perigo.

É comum que os chefões de primeira viagem focados na área operacional se concentrem no que os levou a ocupar o cargo máximo — administrar os negócios. Ainda mais se eles herdarem problemas operacionais significativos que consomem seu tempo nos primeiros meses e, mesmo depois de solucionar as questões, continuarem a deixar as demandas externas em segundo plano.

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Essa atitude pode rapidamente se voltar contra a empresa. Imagine, por exemplo, se a organização enfrentar uma crise de produto e o CEO não tiver construído confiança com a mídia e o governo? Será mais difícil superar um desafio desse tipo.

Agora, um executivo que tenha cultivado relacionamentos autênticos com as comunidades fora de seu escritório terá construído um capital emocional — e poderá ganhar tempo e paciência para atenuar as dúvidas e as críticas que chegarão quando a organização estiver na linha de fogo. Em momentos de crise, o tempo é o ingrediente que pode fazer a diferença no sucesso ou no fracasso de um CEO.

No entanto, é preciso ter equilíbrio. No extremo oposto, há executivos que ficam presos ao turbilhão de atividades externas e não gastam tempo suficiente para liderar os negócios.

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Pode ser apropriado se concentrar em ações externas, mas somente se isso agregar valor à organização e se houver uma equipe forte para executar as operações internas. Mas um CEO nunca deve subestimar a importância de dar atenção às questões internas.

Não há substituto quando se trata de articular visão e estratégia ou de comunicar mudanças.

Para os que acabaram de chegar a esse cargo, o conselho é descobrir como gerenciar as crescentes demandas externas e fazer escolhas conscientes sobre como gastar o tempo e a energia — recursos que nem sempre são renováveis.

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• Michael D. Watkins é professor de Liderança e Mudança Organizacional no IMD Business School; Eugene A. Woods é CEO da Atrium Health

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