Muito se tem falado sobre a importância de um RH estratégico para os negócios. Mas o que isso quer dizer na prática? A McKinsey traz um business case que explica bem o que é ser um gestor de pessoas estratégico.
De acordo com a consultoria, uma empresa de saúde americana estava com sérios problemas de retenção de seus enfermeiros. Com a rotatividade alta, o serviço oferecido aos pacientes estava piorando e isso começava a afetar as receitas da companhia.
Em vez de simplesmente tentar estancar o problema contratando mais pessoas a toque de caixa, o RH da empresa fez um mapeamento profundo da performance, tempo de casa, salário e remuneração dos enfermeiros. E perceberam que o gargalo estava nos salários e benefícios oferecidos.
Era preciso criar um pacote mais atraente para os entrantes e que aumentasse de acordo com as metas atingidas e o tempo de casa. Isso impactaria e mais investimento da companhia no curto prazo, mas, de acordo com a McKinsey, o aporte se pagou rápido. Com a mudança, o engajamento dos enfermeiros cresceu e a produtividade aumentou em 100 milhões de dólares.
Pilares da atuação estratégica do RH
É por isso que cada vez mais companhias precisam de gestores de pessoas que consigam conduzir os processos abaixo, considerados pelo Garter, consultoria americana de tendências de gestão, como os mais importantes.
Liderar o capital humano
Sempre que houver mudanças significativas no mercado ou na sociedade que impactem a empresa, o líder de RH deve estar preparado para fornecer uma estratégia de como o capital humano deve ser gerenciado e estar pronto para sempre ajustar o time às necessidades da companhia.
Criar a estratégia de talentos
Muito mais do que elaborar ações tradicionais de recrutamento e seleção, o RH precisa projetar uma estratégia de pessoas que esteja baseada em como a organização, realmente, funciona. Apenas dessa forma é possível identificar e selecionar os profissionais certos, para as funções corretas, no melhor momento. De acordo com o levantamento da Gartner, os CEOS confiam, cada vez mais, no líder de RH para encontrar, gerenciar e desenvolver funcionários que conseguirão atingir os objetivos estratégicos da companhia. Isso se torna mais importante quando se sabe que 75% das organizações estão susceptíveis a enfrentar uma escassez de capacidade interna dentro de cinco anos, de acordo com o Gartner
Conduzir a transformação organizacional
A demanda da Liderança de Equipe em um ambiente de constante transformação só tende a crescer. Segundo o Gartner, 73% dos CEOs esperam que a área implemente mudança cada vez mais rápido. Essas transformações podem ocorrer por conta de diversas razões, desde tecnológicas até de mercado (como fusões e aquisições, e a chegada de um novo concorrente, por exemplo).
Dirigir a cultura e o propósito
Apesar de o CEO ser o principal responsável pela cultura organizacional, a pesquisa do Gartner mostra que a maioria vê o líder de RH como um parceiro fundamental nessa construção. Porém, menos de 1/3 dos presidentes acredita que a cultura da empresa os prepara para mudanças estratégicas e as tendências externas do mercado. O mais importante nesse processo é o entendimento de que valores e propósitos precisam estar alinhados à estratégia da companhia – e ser demonstrados todos os dias.
Atuar como conselheiro e coach
Aconselhar pessoas talvez seja uma das razões pelas quais muitos profissionais de recursos humanos escolhem atuar nessa área. Mas essa habilidade não pode ser deixada de lado enquanto se cresce na carreira. Ao contrário. Torna-se cada vez mais importante.
O impacto do coronavírus no RH
Na crise do novo coronavírus – com as incertezas da economia, as preocupações com a saúde física e mental, e o trabalho à distância – desenvolver o pensamento estratégico é ainda mais importante. Segundo a consultoria Deloitte, o RH estratégico tem papel essencial no enfrentamento desta crise, ainda mais nos momentos de recuperação e sustentação.
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