o terceiro trimestre de 2018, o rendimento médio de quem trabalhava em home office era de 1.814 reais, valor abaixo dos 2.835 reais recebidos pelos demais profissionais, segundo levantamento do economista Bruno Imaizumi, da LCA Consultores, com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No mesmo período de 2022, a curva se inverteu: os que atuam remotamente passaram a ter ganhos mensais de 3.010 reais, em média, ante 2.744 reais dos que estão no modelo presencial. Em comparação com o terceiro trimestre de 2020, primeiro ano da pandemia, e de 2021, as altas no rendimento médio foram de 29% e 4%, respectivamente.
Uma das hipóteses para a mudança é a adoção em maior escala do home office em áreas como tecnologia, atividades financeiras e comunicação, que exigem mais qualificação e, em geral, pagam melhores salários.
De acordo com o levantamento, o número de profissionais remotos subiu de 4 milhões no primeiro semestre de 2020 para 6 milhões no mesmo período de 2022 — no terceiro trimestre deste ano, são 6,5 milhões, o que indica estabilidade. A proporção desses trabalhadores em relação ao total de ocupados atualmente é de 6,7%.